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Entrevista com o meio-campista Alan Patrick, do Shakhtar Donetsk

Alan Patrick Lourenço nasceu no dia 13 de maio de 1991 na cidade de Catanduva-SP. Fostes revelado no Santos Futebol Clube, sendo um dos meninos da vila que conquistaram a Libertadores em 2011. Passou também por Internacional, Flamengo e Palmeiras. Atualmente está no Shakhtar Donestk. Conhecido e reconhecido pela qualidade no passe e visão tática

 

1- Você teve seu início no Santos Futebol Clube. Quais foram os principais ensinamentos da época de base na equipe? Atualmente a agremiação utiliza a base como na hora de sua revelação, o que tem de diferente para que consigam ter tantos atletas talentosos ao seu dispor? Você disputou o Sul-Americano e o Mundial sub-20 em 2011, quais são as lembranças destes campeonatos? Ainda mantém contato com jogadores como Neymar, Paulo Henrique Ganso, André e Wesley?

R: O período na base do Santos foi muito importante. Treinamos muito fundamentos e aprimoramos a técnica, além de visão de jogo. O trabalho realizado pelo clube é muito bom. Não é à toa que tantos jogadores revelados pelo Santos estão nos principais campeonatos pelo mundo sem falar na quantidade de atletas que integram o atual elenco, finalista da Libertadores. Tive a felicidade de integrar o grupo que conquistou essas duas competições. Foi muito importante para que eu me firmasse e voltasse com mais moral e confiança para o Santos e me abriu muitas portas. Minhas lembranças são do trabalho e da convivência com aqueles jogadores. De vez em quando tenho contato com o Neymar e com o Wesley.

 
Foto: Shakhtar Donetsk.
 

2- Você passou por Internacional, Palmeiras e Flamengo, três das equipes que almejam grandes conquistas na temporada. Chega a acompanhar o futebol brasileiro com maior afinco ou o fuso horário da Ucrânia dificulta tal situação? No Palmeiras e no Flamengo você chegou na época de transição de elenco, o que pode comentar sobre estrutura, torcida e gestão destas equipes?

R: Eu gosto de futebol e procuro acompanhar os principais campeonatos, com especial atenção aos clubes em que joguei e onde fiz amigos. Sempre estou na torcida por eles. Palmeiras e Flamengo são grandes clubes com uma estrutura extraordinária e torcida fanática. Foi uma grande satisfação ter vestido essas duas camisas de peso do futebol brasileiro e mundial.

 

3- No Shakhtar Donetsk você está, entre idas e vindas, na sua sétima temporada. O fato de ter sempre muitos brasileiros no elenco facilita na adaptação dos atletas? Possuindo conquistas como o sexteto do Campeonato Nacional, o que falta ainda para a equipe alcançar em nível ucraniano ou mesmo até continental? Na última da Champions League, como foi tentar vencer a concorrência de Internazionale e Real Madrid?

R: Com certeza. O Shakhtar talvez seja o “clube mais brasileiro fora do Brasil”. Formamos uma grande família, o que facilita muito a adaptação de quem chega e serve como motivação para quem já está. Repare que a maioria dos brasileiros que vem pra cá costuma ficar por muito tempo. O clube tem um conceito excelente no futebol internacional. Fazemos sempre grandes campanhas, e a nossa chegada à fase final da Liga Europa na temporada passada comprova isso. São dois gigantes do futebol mundial. Vencemos o Real duas vezes e empatamos os dois jogos com a Inter. Se tivéssemos pelo menos empatado um dos confrontos com o Borussia teríamos avançado às oitavas-de-final.

 
Foto: Shakhtar Donestk.
 

4- Você tem contrato até junho de 2022. A sua meta é ficar na Ucrânia ou tem vontade de conhecer outros continentes como o Asiático ou a América do Norte? Você está próximo de completar 150 partidas pelo Shakhtar. Como é ser estrangeiro e chegar em uma marca tão importante como essa em um clube tradicional da Europa?

R: Ainda temos um ano e meio pela frente e muita coisa pode acontecer no decorrer de 2021. Vamos aguardar um pouco mais para tomar uma decisão. Me sinto bem no Shakhtar, um grande orgulho. Como disse, é um clube muito respeitado em todo o mundo. Alcançar esse número de jogos, e somando diversos títulos, é motivo de muita satisfação.