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Entrevista com o atacante Matheus Peixoto, do Red Bull Bragantino

Matheus Vieira Campos Peixoto, nascido em 16 de novembro de 1995. O centroavante soma passagens por clubes como o Audax, Bahia, Sport e atualmente defende o Red Bull Bragantino

 

1- Como foi seu inicio no futebol lá no Audax e consequentemente sua ida para o futebol baiano?

R: Cheguei no Audax para jogar no Sub-20, tinha acabado de sair das categorias de base do Cruzeiro e recebi o convite de ir para lá. Foi meu primeiro ano como Sub-20, joguei um Campeonato Carioca pela categoria e logo depois subi para o profissional. Foi muito importante para mim, pois foi um tempo de amadurecimento muito rápido, no qual tive que jogar no profissional e foi muito importante. Logo depois recebi o convite de ir para o Bahia, mas para voltar pro Sub-20. Lá eu pude me destacar na reta final de 2015 e consequentemente subir para o profissional em 2016. Depois acumulei alguns empréstimos, onde me destaquei e retornei para o Bahia pro ano de 2017 para o Campeonato Baiano, Copa do Nordeste e Série A. Foi muito importante pra mim todo esse amadurecimento no futebol baiano.

 

2- Suas características são de um centroavente clássico, o famoso 9. Dentro dessa função quem são suas referências na posição?

R: Minha grande referência foi o Adriano Imperador que já parou de jogar. Mas, desde pequeno, desde que comecei a jogar futebol sempre me inspirei nele. É um cara que sou muito fã pelas características dele. Tem algumas coisas que eu procuro me espelhar no que ele foi em termos força, potência no chute e inteligência. É um cara que eu gostava muito, então eu sempre levo ele como uma referência pra mim.

 

3- Em 2017, você se destacou no clube quando ainda era só Bragantino. Qual a importância daquela temporada em especial para sua carreira?

R: Cheguei no Bragantino do meio pro final da temporada, no segundo semestre de 2017, já estava na reta final da Série C e o momento não era tão bom o time tava brigando para não cair. Cheguei, joguei os últimos jogos, fiz gol e a gente acabou salvando o Bragantino da queda. Em 2018 tudo mudou, a gente fez um belo Paulistão, o elenco todo foi reformulado, o Marcelo Veiga montou o time e a gente acabou tendo um ano fantástico. Fomos bem no Paulistão, classificamos, fizemos grandes jogos, fizemos uma campanha muito boa onde eu pude ser o vice artilheiro da competição. Logo depois, teve a Copa do Brasil junto com a reta final do Paulistão e também fomos bem, pude fazer gols. Depois na Série C, também fizemos uma grande campanha classificando antecipadamente. Fomos pras quartas de final contra o Náutico e conseguimos o acesso para Série B. Então foi um ano fantástico pra mim, onde pude fazer bastante gols e graças a Deus todos os objetivos do ano foram cumpridos.

 

4- Após esse bom ano no Bragantino, surgiu a oportunidade ir para o Sport e disputar a Série A. Como você avalia sua passagem no futebol pernambucano e consequentemente jogar a primeira divisão do futebol brasileiro?

R: Nesse ano de 2018, eu recebi muitas propostas para sair do Bragantino desde o final do Paulistão, e eu continuei lá para jogar a Série C. Logo após a competição, eu ainda recebi algumas propostas e acabei indo para o Sport. Um clube de muita tradição, um camisa muito forte no nordeste e no Brasil. Então eu tomei a decisão de ir pra lá por ser Série A. O clube não estava vivendo um momento muito bom, estava na parte de baixo da tabela, mas eu acreditava que a gente poderia sair dessa situação. Cheguei lá e não tive tantas oportunidades como esperava, entrei em alguns jogos e fui jogar de titular nos últimos dois jogos. Mas eu creio que tinha mais para mostrar, não tive tantas oportunidades como gostaria, mas creio que fiz grandes amigos. Foi um clube onde gostei demais de jogar, uma torcida apaixonada, uma cidade muito boa, então foi uma adaptação muito fácil. O grupo era muito bom, jogadores fantásticos, então eu creio que foi uma boa passagem individualmente pra mim. Apesar de ter sido o ano do rebaixamento, eu creio que foi um aprendizado bom, eu pude tirar coisas boas para mim por ter sido meu segundo Campeonato Brasileiro da Série A, já tinha ido pra alguns jogos com o Bahia em 2017 e nesse ano pude jogar com o Sport. Então foi um ano de aprendizado pra mim.

 

5- Com essa fusão entre Red Bull e Bragantino, o que mais lhe agradou no projeto apresentado?

R: Quando acabou o Brasileiro de 2018 com o Sport, eu retornei para Bragança e joguei o Paulistão. Logo depois veio a fusão entre Red Bull e o Bragantino. Todos sabiam que ia ser uma nova potência no futebol brasileiro pelo investimento da Red Bull. Então quando eu fiquei sabendo que iria participar desse projeto fiquei muito feliz. Thiago Scuro me ligou e falou que eu iria fazer parte do grupo, que eles contavam comigo. Não tinha como recusar essa proposta, pois é um grande clube. O Red Bull antes dessa fusão era muito bem falado no futebol, por serem corretos em tudo extracampo, dentro de campo são os jogadores que jogam, então eles procuram sempre deixar o atleta totalmente focado em jogar futebol. Então quando soube que faria parte do projeto, fiquei muito feliz e contente. Eu creio que deu muito certo, não é à toa que nós fomos campeões, conseguimos o acesso à Série A antecipadamente. Nesse ano, estamos fazendo uma boa campanha no Paulistão, classificamos antecipadamente e agora teve essa parada por conta da pandemia. O que mais me agradou foi isso, porque o clube da total suporte pros jogadores e a gente só fica preocupado em jogar futebol, então acho que isso é a principal força do Red Bull Bragantino, os jogadores só pensam em jogar futebol.

 

6- A Série B como todos sabem, foi importante para alavancar e dar mais notoriedade a esse projeto. Como foi fazer parte dessa conquista, e o quanto ela foi importante para a sua carreira?