O impacto da pandemia na elite do futebol feminino no Brasil
Em tempos de pandemia, muito se fala sobre corte de gastos nas gestões dos grandes clubes do Brasil. Mas, quanto ao futebol feminino, como clubes que já contam com condições inferiores, em relação às equipes masculinas, têm sobrevivido?
Após receber uma série de denúncias relacionadas aos clubes presentes na Série A2 do Campeonato Brasileiro Feminino, o GloboEsporte.com investigou as situações de todos os 16 clubes da elite do futebol feminino no Brasil, a Série A1.
Inicialmente, vale ressaltar que a CBF repassou R$ 120 mil para cada um dos clubes da primeira divisão do campeonato. Além disso, em um panorama otimista, a Federação Paulista de Futebol, na qual possui oito clubes filiados, está monitorando e auxiliando os clubes durante a paralisação. Até o momento em questão, a federação não recebeu nenhuma denúncia de irregularidades no repasse do dinheiro.
Sudeste
Dez dos 16 clubes do campeonato estão na região sudeste do país, sendo Audax, Corinthians, Ferroviária, São Paulo, São José, Santos, Palmeiras e Ponte Preta do estado de São Paulo.
O Audax teve problemas quanto ao repasse do dinheiro, mas logo foram resolvidos após a própria CBF pressionar a diretoria do clube. Entretanto, Ferroviária (atual campeã brasileira), Palmeiras, Ponte Preta e São Paulo seguem mantendo o pagamento integral do salário das atletas até o momento.
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Já no Santos, houve corte de 70% dos salários daqueles que recebem mais de R$ 6 mil, o que atinge uma pequena parcela da equipe feminina. No Corinthians, houve redução de 25% no salário em carteira. A equipe feminina tem o salário dividido em 60% de carteira de trabalho e 40% de direito de imagem. Contudo, os direitos de imagem estão atrasados desde abril.