Imperatriz é o primeiro time maranhense à aderir ao movimento antirracista

A Sociedade Imperatriz de Desportos foi o primeiro clube maranhense a aderir à campanha “Vidas Negras Importam”. Por meio das redes sociais a agremiação publicou uma imagem que diz: “Racismo é crime, não é piada!”. O apoio ao movimento internacional aparece na legenda com a TAG #VidasNegrasImportam ao lado da versão original em inglês #BlackLivesMatter.


Na legenda o clube estimula a denuncia de atos de racismo: “O racismo mata e destrói famílias. Racismo é crime, não é piada. Não seja conivente, denuncie. Nós nos importamos com todos, por isso somos Sociedade Imperatriz de Desportos ✊?”.


A adesão do Imperatriz à campanha antirracista segue a tendência dos grandes clubes brasileiros que têm se manifestado nos últimos dois dias pelas redes sociais. O movimento começou nos Estados Unidos, quando um homem negro, George Floyd, foi morto por um policial na semana passada em Minneápolis. A morte iniciou uma onda de protestos na cidade norte-americana, que tem se espalhado mundo a fora.


O racismo ultrapassa atos isolados


Dados do IBGE, divulgados no ano passado, revelam que cerca de 80% da população maranhense se declara preta ou parda. A mesma pesquisa revelou que a população branca maranhense tem rendimentos 36% mais altos que pretos e pardos.


A desigualdade também é vista no acesso à educação. No Maranhão, de acordo com o IBGE, apenas 28,2% dos jovens negros de 18 a 24 anos frequentam instituições de ensino. Em 2018 mais de 1,3 milhão de maranhenses entraram na extrema pobreza. Cerca de 1,1 milhão eram pretos ou pardos.

*Dados extraídos de reportagens do “O Imparcial” e do “O Estado”.

Imagem de capa: Reprodução/ Redes Sociais