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Figueirense Futebol Clube 99 anos de uma torcida apaixonada

Há 99 anos atrás, no dia 12 de junho de 1921 ocorreu a reunião que criou o Figueirense Futebol Clube. Uma ideia que surgiu de um grupo de amigos (Balbino Felisbino da Silva, Domingos Joaquim Veloso e João Savas Siridakis, também conhecido como Janga) o qual se encontrava para discutir sobre futebol e começou a se ver para a criação de um clube. O primeiro destes encontros foi em maio de 1921, em plena praça XV de Novembro discutiam sobre qual seria o nome, as cores, a localidade da sede e nomes para a diretoria.

No início de junho, Janga propôs que o clube se chamasse Figueirense, devido à maioria dos encontros se realizarem nos arredores da Figueira da praça XV de novembro. Também foi definida a data de dia 12 de junho para fundar o clube. Ulisses Carlos Tolentino ofereceu a casa para a reunião, e Balbino Felisbino da Silva se encarregou de conseguir o livro da ata, enquanto Jorge Ramos, Domingos Veloso e Janga se encarregaram de convidar os demais participantes para a reunião das 19h.

Em uma reunião realizada dia 11 de junho na esquina da Rua Pedro Ivo com a Conselheiro Mafra, na barbearia Jorge Ramos, João dos Passos Xavier se juntou ao grupo, este, tinha a intenção de se juntar à diretoria desde quando soube da intenção de se criar um novo clube de futebol na cidade, ainda mais com as pessoas que já lideravam o movimento, e já chegou recebendo o convite de ser o primeiro presidente da instituição, dando uma resposta afirmativa. Com tudo pronto, no dia seguinte, às 19h daquele domingo de outono, seria formado o Figueirense Foot Ball Club.

Essa foi, de maneira resumida, a história de fundação do clube que veio a ser o maior campeão estadual, clube catarinense com maior número de participações na Série A do Campeonato Brasileiro, finalista da Copa do Brasil e muito mais feitos. Um clube do povo para povo, uma união de torcida e time, elemento o qual estava se perdendo no clube mas parece que vem sendo recuperado.

Torcida esta que já se provou, não é mais a mesma torcida que já se acostumou com glórias, sucesso, títulos, ficar na elite, com o título sobre o maior rival em 99, com o “A de alvinegro, A de Série A”, com Scarpelli lotado sendo eleito pela revista placar o caldeirão do Brasil ou ver seus jogadores comemorando vitórias sobre seu maior rival com “a dança do créu”. É uma torcida que vem sendo judiada e quando precisa comparece, como houve em 2019 contra Bragantino, a qual o time era lanterna, perdia de 3 a 0 para o líder em casa e a torcida cantou efusivamente, seja no jogo direto contra o Criciúma onde tomou empate no fim, seja contra o Fluminense na Copa do Brasil de 2020 tentando derrubar o “fantasma de 2007”, uma torcida que estará na arquibancada apoiando seu time, sejam 3.000 fiéis ou 15.000 simpatizantes. E nada melhor para falar disso tudo, do que própria torcida, contando suas histórias com o clube, funcionários que vivem de perto e por isso que traremos relatos e entrevistas com torcedores e funcionários do clube:

Funcionários:

Vinícius Assing –> “Estagiário” do clube

1- Primeiramente você poderia contar sua história com o clube?

R: Nasci em 1997 e em 2000 fui no meu primeiro jogo, meu pai me levou e começou a me levar direto depois disso. Desde 2005 eu sou sócio até hoje. Muitos anos na arquibancada, inclusive por muitos anos, eu tive uma não torcida organizada, mas uma espécie. Um grupo que se encontrava no Setor C. ”Mobilização do Setor C” se chamava, nos encontrávamos em cima da saída três e até hoje existe, o pessoal ainda fica lá, mas nasceu em 2011 no Orkut foi o movimento que durou muitos anos até hoje ainda existe, mas com força muitos anos. A ideia era puxar o grito da torcida do Setor B para o Setor C, né. Ficava bem na divisa, você acompanhava Gaviões e dava mais volume ao Setor C, a gente bandeirão, camisa, uniforme, enfim vários encontros e foi bem bacana e o Figueira, sempre foi uma grande paixão assim na minha vida, sempre foi muito presente na minha vida muito, muito. Em 2015 eu criei o Gigante Alvinegro que era uma página, existe até hoje, mas tá três anos desativado, eu criei o gigante alvinegro, um perfil informativo, interativo pra informar entreter a torcida, né. Lá fiz muita coisa como vídeo, foto. Notícia, crítica, apoio, carta aberta para o presidente, enfim muita coisa e sempre foi maior sonho trabalhar no clube e após dois anos de página, eu consegui então, estou até hoje lá, tenho de dois anos e meio para três anos no clube com muito orgulho de tá lá dentro.

2- Você sempre foi um torcedor muito apaixonado, e hoje é um dos principais comunicadores do clube com a torcida, no qual administra as redes sociais do clube como é isso, ainda mais sendo que você teve a ideia do termo “Retomada Alvinegra”?

R: É como tu falou cara, sempre fui muito, muito apaixonado mesmo, demais assim, acho que não existe quem seja mais do que o outro, mas sempre fui um cara muito alvinegro de família alvinegra e que sempre me dediquei muito pelo Figueira. Como falei sempre foi um dos maiores sonhos da minha vida trabalhar lá, profissional era disparado o maior sonho da minha vida, então administrar as redes sociais do clube é uma honra, uma responsabilidade bastante grande, mas é muito massa. Quando você faz alguma coisa que em pessoal gosta, né e tu vê uma repercussão, é indescritível assim muito gratificante, mas é uma responsabilidade muito grande. Graças a Deus ainda não chegou a oportunidade de que eu tenha feito alguma besteira, publicado alguma asneira sem querer, nunca aconteceu alguma coisa que deu repercussão negativa nunca, nunca aconteceu. Pode acontecer, mas até agora não aconteceu. Então é uma honra muito grande, uma responsabilidade, mas acima de tudo uma honra muito grande. É uma coisa que eu amo fazer. Eu faço com muito amor mesmo e sobre a retomada cara, é uma história que eu bem longa assim. Todo mundo sabe como é que foi a história, até chegar o dia 20 de setembro um dia depois do Figueira empatar com o Brasil de Pelotas, lá em Pelotas, aquele jogo que o Popp foi expulso. Na sexta-feira, seis e meia sete horas estavam uns seis funcionários ali na administrativa conversando como ninguém sabia de nada e daí, de repente eu e o assessor fomos chamados numa sala com mais de 50 pessoas, na sala do conselho que ninguém viu em trânsito. Entramos tá todo mundo de terno numa mesa gigante e ali eles falaram que havia sido rompido consórcio com a Elephant, que era pra trocar a senha das redes sociais e que eles retomaram o clube. Na verdade, não falaram essa palavra, mas eles pegaram de novo controle do clube. E aí em menos de cinco minutos, eu criei a campanha da retomada, óbvio que nunca sozinho a gente não faz nunca sozinho, mas a ideia veio e aí o termo da retomada nasceu assim cinco minutos. Assim de bate pronto e cara, graças a Deus deu muito certo e é uma coisa que eu vou levar para o resto da minha vida. É um feito que marcou muito, algo grande assim, torcida abraçou e abraça até hoje, né. Aí depois disso, veio copo camisas, slogan, filme, vários vídeos que repercutiram muito, que foi eu que fiz também, então uma honra muito grande a “Retomada Alvinegra” Com certeza pra mim, ela não acabou ainda e com certeza é uma coisa que eu vou lembrar. Vou levar para o túmulo e vou falar com muito orgulho, Pros meus netos, filhos e amigos sempre.

3- Uma outra responsabilidade sua, é de apresentar o estádio Orlando Scarpelli aos sócios que são sorteados para o tour pelo estádio antes dos jogos, como é acompanhar eles e ver as diversas reações?

R: Sobre o tour, inicialmente nos meus primeiros um ano e meio, eu acompanhava Genilson, fotografava, fazia vídeos, enfim, aí com a saída do Genilson, no auge da crise da Elefante. Ficou uma tarefa pra mim, e aí uma tarefa que eu, apesar de ser uma pena perder um amigo, um ídolo que eu admiro muito como Genilson, foi uma tarefa que eu tenho muito orgulho de fazer. Eu faço com muito gosto muito gosto mesmo, já são. Um ano e meio aí fazendo é um uma grande honra. Milhares de torcedores já passaram ali eu fiz muitas amizades, e graças a Deus nunca teve uma reclamação, não que eu saiba e a minha missão ali é tornar marcante. O foco não sou eu, o foco é o clube, as instalações, a história, mas a gente faz de tudo pra tornar marcante, é uma honra muito grande poder fazer, e espero participar por muito tempo ainda.