Nas últimas semanas, nós do Mercado do Futebol fizemos uma entrevista com o ex-jogador André Cunha. O jogador se aposentou recentemente e contou para a gente como foram suas passagens pelo Palmeiras, Ponte Preta e muito mais e comentou como é ser considerado um ídolo no XV de Piracicaba
1- André, como foi sua estreia no profissional?
R: Minha estreia no profissional, foi no Penapolense, em 2000. Foi contra o Palmeirinha de Porto Ferreira. Nos empatamos em 2 a 2 e eu fiz um gol de cabeça. O goleiro era o Aranha, que foi do Santos e Ponte Preta.
2- Quando você percebeu que conseguiria fazer do futebol sua profissão?
R: Quando eu comecei, na verdade eu sempre tive um sonho, de ser um atleta de futebol. A partir de 2000, que foi quando eu virei profissional, vi que tinha condições e as coisas foram acontecendo naturalmente. Eu fui crescendo e evoluindo, tecnicamente e na parte física. E vi que tinha condições de jogar um futebol de alta performance.
3- Como foi estrear pela Ponte Preta, logo contra o São Paulo no Morumbi?
R: Uma emoção muito grande, foi meu primeiro jogo na primeira divisão de Campeonato Paulista. Um jogo inesquecível, o São Paulo já tinha Rogério Ceni, Lugano e Luís Fabiano. Eu fui bem e foi meu primeiro jogo como lateral, porque eu sempre fui meia.
4- E jogar pelo Palmeiras?
R: Eu realizei meu sonho. Eu tinha um sonho de criança de jogar por um time grande. Quando fui contratado pelo Palmeiras foi motivo de muita alegria. Jogar no antigo Palestra, com a casa cheia disputar uma Libertadores também. É uma coisa que ficou marcado, vai ficar na minha história também. Conseguir realizar isso me da um orgulho muito grande.
5- Alguma história curiosa na época de Palmeiras?
R: No jogo da Libertadores em Táchira, tinha apagado um dos refletores e já era 43 do segundo tempo, e o Marcos não queria que terminasse o jogo, e eu falei “Marcos, vamos né, falta três minutos, não vamos perder o jogo”, ai ele me disse com tom de brincadeira (eu acho) “o Tocha” (que era como ele me chamava) “eu já não enxergo no claro, imagina no escuro”. Na hora eu dei risada, mas continuamos o jogo e ganhamos de 2 a 1 do Deportivo.
6- Como foi a experiencia de rodar por alguns times do interior? É diferente?
R: Fui jogador de vários clubes do interior, a maioria em São Paulo. Eu saí de São Paulo apenas três vezes, quando fui jogar pelo Fortaleza, CRB e a Caldense-MG. Eu fiquei muito conhecido por conta disso, por ter jogado nesses clubes. Ter feito campanhas boas, de ter conquistado título, muitas vezes foi o acesso, o respeito que sempre tive aos clubes, meu caráter e profissionalismo. Jogar em um clube de interior é diferente sim. Você tem mais contato com as pessoas, a torcida, eu fico muito feliz por ter rodado nesses clubes.
R: Eu tive duas passagens, foi o clube que eu cheguei e nós fomos campeões em 2011. Depois de 16 anos, o clube voltava a elite do futebol. Nós tínhamos muita alegria de estar juntos, a gente sabia que íamos entrar em campo e vencer as partidas. Em 2012, na primeira divisão eu pude marcar o gol na estreia contra o Santos, uma coisa que ficou muito marcada na minha carreira.