CORINTHIANO NÃO SABE REVERENCIAR SEUS ÍDOLOS

Por quê muitos ídolos do Timão saíram pela porta do fundo do Parque São Jorge?

A paz que o Corinthians vivia se deu por encerrado após as recentes eliminações para o Audax na semifinal do Campeonato Paulista e pelo Nacional na oitavas-de-finais da Taça Libertadores da América. A melhor campanha da primeira fase do Paulistão e a 3º melhor campanha da fase de grupos da Libertadores não foram suficientes para a torcida reconhecer que o time está sendo refeito e está no caminho certo para que uma nova equipe venha a ter bons resultados depois do Corinthians sofrer um desmanche devido ao assédio do futebol Chinês após o término do Campeonato Brasileiro. Após o empate em 2 x 2 com o Nacional do Uruguai, boa parte da torcida pede a cabeça do Técnico Tite, esses mesmos torcedores que afirmaram e isentaram o técnico de qualquer eliminação antes de começar o campeonato devido às perdas de jogadores.

Esse problema da torcida corinthiana não vem de hoje, há décadas perdemos jogadores e ídolos pela fúria da fiel torcida por uma derrota ou alguma eliminação.

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Roberto Rivellino nasceu no Corinthians, estreou com apenas 17 anos no Alvinegro e por lá atuou em 474 partidas tendo marcados 141 gols. O “Reizinho do Parque” sempre honrou o manto alvinegro quando por lá esteve, mas viveu o pior momento esportivo do Corinthians em questão de títulos. Rivellino só conquistou um Torneio Rio-SP em 1966 e nada mais. A cobrança da torcida era gigantesca e após a final do campeonato Paulista de 1974 contra o Palmeiras na qual o Corinthians perdeu, Rivellino virou alvo da torcida e diretoria que o vendeu ao Fluminense. Rivellino saíra com dois sentimentos misturados: Raiva por ser expulso do seu time de coração e um amor que jamais saiu de seu peito. Rivellino foi tricampeão do Mundo pela seleção brasileira e após o título disse: “Eu trocaria esse título e qualquer outra glória por um título pelo Corinthians!”.

FUTEBOL - NETO - ESPORTES - ACERVO - Neto, jogador do Corinthians, durante partida contra São Paulo FC, Campeonato Paulista - Estádio do Morumbi - São Paulo - SP - Brasil - 30/05/1993 - Foto: Acervo/Gazeta Press

 

José Ferreira Neto, ou simplesmente Neto jamais foi um exemplo de jogador. Sempre foi polêmico e nunca negou isso, no Corinthians não foi diferente. Criou muitas confusões no Parque São Jorge, até cuspiu em juíz, mas jamais deixou de jogar com raça enquanto vestiu a camisa alvinegra, foi peça fundamental para o primeiro campeonato brasileiro conquistado pelo Corinthians em 1990. Nem por isso deixou de ser duramente criticado pela Fiel Torcida após a perda do campeonato paulista de 1993, Neto fora acusado de ser o responsável pela derrota e ele teve que ser vendido para o futebol colombiano. Neto disputou 227 partidas tendo anotado 80 gols.

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Edilson “Capetinha” virou ídolo corinthiano mesmo tendo jogado pelo arquirrival Palmeiras com suas belas jogadas e gols importantes como o da final do Brasileiro de 1998 contra o Cruzeiro no qual deu o segundo título brasileiro ao Corinthians, além de ter sido fundamental para o título brasileiro de 99 e o Mundial Interclubes de 2000.CORINTHIANS 2

Edilson foi agredido pela torcida ao chegar ao Parque São Jorge para treinar após a eliminação da Libertadores de 2000 na semifinal nos pênaltis. Mais um ídolo fora expulso do Corinthians sem razão e por uma emoção inexplicável.