Conheça mais sobre Daniel Curi, candidato à Presidência do Santos
Nós, do Mercado do Futebol, faremos entrevista com os pré-candidatos à presidência do Santos. O intuito é conhecer um pouco mais de cada candidato, seus planos e anseios para chegar ao cargo de mandatário santista. Neste sentido, nosso entrevistado é Daniel Nascimento Curi, um santista forjado no período pós-Pelé, que viveu as ‘vacas magras’ de jejuns de títulos, não se abateu, em uma família onde “ou se torce para o Santos, ou se torce para o Santos”. Daniel é sócio do clube há 42 anos e já foi Conselheiro por quatro mandatos, além de presidir a Comissão de Inquérito e Sindicância de 2015 a 2017, além de ter ocupado a 1º Secretário da Mesa do Conselho de 2018 à agosto de 2020. Advogado especialista em gerir crises financeiras em empresas e associações, Curi já auxiliou marcas importantes que passaram por crises de credibilidade e finanças como a que o Santos apresenta neste momento
MF –Daniel, você é especialista em gerir crises financeiras e foi conselheiro por vários mandatos. O que te faz acreditar que você está preparado para comandar um clube do tamanho do Santos, e com quem você conta para lhe dar respaldo e suporte para gerir a instituição Santos Futebol Clube?
R: Primeiro e principalmente porque não é meu nome que vai gerir o clube sozinho. Fui procurado por grandes alvinegros, amigos de vida profissional, de arquibancada e de clube, que desenharam um projeto para reconstrução do clube e que identificaram em mim como a pessoa ideal para estar à frente, muito devido a meu histórico no Santos e principalmente meu histórico profissional, como gerenciador de dívidas e especialista em reconstrução financeira de empresas. Sou independente. Não participo dessas associações que viram partidos dentro do clube. Prova disso é que esse grupo tem santistas identificados com todas essas alas do clube e muitos amigos novos e fanáticos que jamais participaram da vida política do clube. Segundo o projeto, eu possuo respeito de todos e serei capaz de presidir o Santos nessa crise administrativa sem precedentes na história do clube, agravada pelo Covid-19. Grandes Peixeiros com décadas de Santos, se juntaram e me escolheram como alguém para personificar esse projeto. Sou grato a confiança dessas pessoas e com apoio deles e de todos os santistas, tendo total convicção que vamos recolocar o Santos no palco principal do futebol mundial. Temos um projeto de reconstrução bem fundamentado que vamos apresentar aos associados nos próximos dias. Será uma gestão profissional, com pessoas de mercado identificadas com o clube e compromissadas com o Santos. A situação do clube mostra que o Futebol não pode mais ser gerido por amadores. Precisa de gestão austera, profícua, qualificada e competente. É hora de servir ao Santos e não se servir dele. Se você é santista e tem esse sentimento será bem-vindo ao nosso projeto. Nosso projeto é lastreado pelo Capital Humano. Será a qualidade do pessoal envolvido em nossas ideias para o clube que garantirão o Santos que todos queremos. Quanto a nomes, temos vário qualificados e com expertise comprovada. Citar um ou outro é desprestigiar o restante. Nossa administração não será movida pelo “eu”, mas sim pelo “nós”. Ninguém faz nada sozinho.
MF – O atual momento do clube é delicado na questão financeira, principalmente pela pandemia do novo coronavírus, fato este que deve ir até parte do próximo ano. Que ações você acha possível fazer, para que o clube sofra menos, na questão financeira, já que não tem a presença do público em campo, e tem que viver das rendas de TV, os patrocinadores e o programa Sócio Rei?
R: Posso dizer que tenho muita experiência em renegociação de dívidas. Apontar as prioridades em um cenário de crise financeira. Saber o que deve ser pago em primeiro lugar, o que pode ser discutido e renegociado por exemplo. Os funcionários/colaboradores serão sempre prioridades na gestão de uma crise. Na atual situação do clube esse conhecimento pode ser um diferencial importante e vital para o Santos voltar a ser o Santos, e não um clube que deve por todo o mundo e não da satisfação a ninguém, como é hoje. Quanto as receitas, vamos ser criativos e criar novos canais de receitas para o clube. Um deles é o repaginamento do nosso sistema de franquias. Será amplo e vai valorizar muito os parceiros do Santos nesse projeto.
MF – A presença do público feminino nas arquibancadas é algo que sempre se tem muita reclamação, seja pelo risco de violência, ou pela estrutura que o clube oferece, principalmente vendo como os rivais da capital dão condições em suas arenas. Qual será sua ação que possa aumentar o número de mulheres nos jogos do Santos, dando segurança e conforto? Ainda sobre as mulheres, na sua gestão, elas terão espaço para participar na política do Clube?