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Flamengo e a glória eterna da Libertadores 2019

Nessa segunda-feira, 23 de novembro, o Flamengo comemora um ano da conquista da Copa Libertadores da América. A conquista do rubro-negro, naquela tarde de sábado, em Lima, no Peru, foi mágica. O time comandado por Jorge Jesus perdia o jogo para o River Plate por 1 a 0, até aos 43 minutos do segundo tempo e de forma incrível, conseguiu a virada em apenas 2 minutos, com dois gols de Gabriel Barbosa, o Gabigol.  

Relembra a campanha que deu ao Flamengo, o segundo título da competição: 

O Flamengo caiu no grupo D, junto com o Penarol (URU), cabeça da chave do grupo, LDU (EQU) e San José (BOL). 

A estreia foi no dia 5 de março, diante do San José (BOL), na altitude de 3.735m da cidade de Ururu, e o time, ainda comandado por Abel Braga, venceu por 1 a 0, com gol de Gabigol. O segundo jogo, foi no Maracanã e o Flamengo bateu a LDU por 3 a 1, com gols de Éverton Ribeiro, Gabigol e Uribe. Na terceira rodada, em casa, o Flamengo foi derrotado pelo Penarol por 1 a 0, jogo em que Gabigol foi expulso por falta dura no jogador do Penarol. Na rodada seguinte, o rubro-negro se recuperou e chegou aos 9 pontos ao golear o San José, por 6 a 1, no Maracanã, com gols de Diego, Éverton Ribeiro (duas vezes), Arrascaeta, Vitinho e um gol contra do time da Bolívia.   

A classificação para as oitavas ficou ameaçada após o Flamengo ser derrotado para a LDU, em Quito, pelo placar de 2 a 1 e chegar para o último jogo, contra o Peñarol, fora de casa, ameaçado de não avançar para a próxima fase. Num jogo tenso, o Flamengo empilhou oportunidades perdidas e na metade do segundo tempo, teve o lateral direito, Pará, expulso. Nesse momento, todo rubro-negro teve medo de mais uma vez, ver o time não conseguir se classificar para as oitavas de final da Libertadores. Mesmo com um homem a menos, o time segurou a pressão do time uruguaio e segurou o empate em 0 a 0, que fez o time, graças ao saldo de gols, se classificar como primeiro do grupo, com 10 pontos ganhos. LDU e Peñarol, também somaram 10 pontos, mas o time uruguaio foi eliminado pelo saldo de gols.

Oitavas-de-final: 

Nas oitavas de final, o Flamengo já estava sendo comandado pelo recém chegado treinador, Jorge Jesus, que substituiu Abel Braga. O adversário do rubro-negro foi o Emelec (EQU) e o primeiro jogo, foi fora de casa, e numa noite muito ruim, o Flamengo foi derrotado por 2 a 0 e ainda viu o seu camisa 10, Diego Ribas, sair com uma fratura no tornozelo esquerdo, após entrada dura de Dixon Arroyo.  

No jogo da volta, no Maracanã, vimos uma sinergia entre torcida e time, que poucas vezes aconteceu. Imediatamente após a derrota em Quito, criou-se o movimento da torcida e dos jogadores, de que o Flamengo iria virar o resultado do primeiro jogo. No dia da partida, a torcida recepcionou o ônibus do time com uma grande festa, pelos arredores do Maracanã e a confiança na virada era enorme, não se pensava em eliminação naquele dia. 

 
Foto: Franklin Jacome/Getty Images.
 

O jogo:  

O Flamengo iniciou a partida a todo vapor e logo aos 10 minutos, Gabigol abriu o placar, de pênalti, que foi sofrido por Rafinha. O segundo gol também marcado pelo camisa 9 rubro-negro, que aconteceu aos 19 minutos do primeiro tempo. O que todos esperavam a partir dali, era que o Flamengo chegasse ao terceiro gol e selasse a classificação de forma tranquila, porém, o time não conseguiu chegar ao terceiro gol e teve que ver a classificação ser definida nos pênaltis. Nas penalidades, o Flamengo bateu o Emelec por 4 a 2, com gols de Arrascaeta, Bruno Henrique, Renê e Rafinha, e passou para as quartas de final, onde iria enfrentar o Internacional. 

Quartas-de-final: 

Nas quartas de final, o Flamengo enfrentou o Internacional, e a partir dessa fase, o time comandado por Jorge Jesus passou a apresentar um futebol bonito e eficiente. O primeiro jogo do confronto foi no Maracanã e depois de um primeiro tempo em que as equipes se estudaram muito, veio a segunda etapa e o Flamengo decidiu o jogo em 4 minutos. Bruno Henrique abriu o placar aos 30 minutos e ampliou aos 34, colocando o time com uma boa vantagem para o segundo jogo, em Porto Alegre. 

No jogo da volta, logo no início do jogo, o Flamengo teve oportunidades com Gabigol de matar a classificação, mas o camisa 9 desperdiçou. O jogo ficou controlado pelo rubro-negro, mas o Internacional foi se impondo e conseguiu chegar ao gol aos 17 minutos do segundo tempo, com Rodrigo Lindoso e começou a pressionar o Flamengo em busca do segundo gol, que levaria a partida para os pênaltis. Aos 40 minutos, quando o Inter pressionava, Arrascaeta roubou a bola de Sarrafiore e deixou Bruno Henrique sozinho, para puxar o contra-ataque de dois contra um, e o camisa 27, com muita velocidade e tranquilidade, levou a bola até a entrada da área e com um toque, deixou Gabigol de frente pro gol de Marcelo Lomba, que já estava batido. O camisa 9 só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo do gol e sair para o abraço, levando a torcida rubro-negra, que lotou o seu espaço no Beira-Rio, a loucura, pois, ali, o Flamengo selava, depois de 35 anos, a passagem para as semifinais Libertadores, onde iria enfrentar o Grêmio.

Semifinal: 

Chega enfim as semifinais e o Flamengo enfrentaria mais um gigante da América, o Grêmio, que havia sido campeão em 2017 e chegado as semifinais em 2018. Ou seja, um time acostumado a chegar nessa fase da Libertadores. 

O primeiro jogo foi em Porto Alegre, na Arena do Grêmio e foi uma partida cheia de polêmicas, onde o Flamengo teve três gols anulados com o auxílio do VAR, sendo um de Éverton Ribeiro, onde o árbitro de vídeo deu falta de Gabigol em Geromel e dois do próprio Gabigol, por impedimento. O time rubro-negro jogou um primeiro tempo muito bom, porém, o gol que valeu, só saiu no segundo tempo, aos 24 minutos, com Bruno Henrique, de cabeça. Restou ao time gremista ir para o ataque em busca do empate que chegou com Pepê, aos 43 minutos, após Filipe Luís ter ficado caído no campo de ataque, reclamando de falta que o juiz Nestor Pitana não deu. O time do Grêmio aproveitou o espaço pelo Flamengo estar com um a menos na zaga e Everton cruzou para o atacante gremista empatar a partida. 

O jogo aconteceu no dia 2 de outubro e o Flamengo saiu de campo naquele dia com Arrascaeta machucado. O uruguaio, no dia 4 de outubro, dois dias após o jogo, teve que passar por procedimento cirúrgico para fazer o reparo do menisco do joelho esquerdo e do ligamento colateral medial. O jogo da volta aconteceria no dia 23 de outubro e as chances do camisa 14 voltar a tempo, eram remotas, porém, com um trabalho incrível do departamento médico do Flamengo, o jogador retornou exatamente no jogo da volta, 19 dias depois da cirurgia. 

No jogo da volta, o Flamengo não tomou conhecimento do Grêmio e atropelou o time de Renato Gaúcho por 5 a 0. O jogo no primeiro tempo foi até equilibrado, com o Flamengo chegando ao primeiro gol aos 42 minutos, com Bruno Henrique, após finalização de Gabigol e rebote de Paulo Victor. Na volta do segundo tempo, logo com um minuto de jogo, Gabigol ampliou após escanteio e fez o terceiro de pênalti aos 11 minutos. O quarto gol veio com Pablo Marí, de cabeça, aos 22 minutos, após escanteio cobrado por Arrascaeta. O Flamengo continuou amassando o Grêmio e o quinto gol foi de Rodrigo Caio, também de cabeça, após falta cobrada por Éverton Ribeiro, aos 26 minutos do segundo tempo.  

Diego Ribas, que havia sofrido fratura no tornozelo esquerdo no jogo de ida das oitavas de final, contra o Emelec, também retornou ao time e foi colocado em campo nos últimos minutos da partida e ainda quase fez o que seria o sexto gol do time rubro-negro.  

Com a vitória, o Flamengo se credenciou para a grande final contra o até então, o atual campeão da Libertadores, o River Plate. A princípio a grande final seria em Santiago, no Chile, porém, devido a uma crise política que gerou inúmeros protestos no país, a Conmebol, por segurança, transferiu a final para Lima, no Peru. 

 
Foto: Chris Brunskill/Fantasista/Getty Images.
 

A grande final: