Henrique estreia com gol pela nova equipe na 1ª divisão da Lituânia
De antemão, é preciso dizer que Henrique Devens, de 20 anos, nascido em Aracruz no Espírito Santo, hoje é mais um dos milhares de jogadores brasileiros que estão buscando o seu espaço na Europa. Dessa forma, a equipe do Mercado do Futebol realizou uma entrevista com o jogador.
Atualmente, Henrique atua pelo DFK Daivana da primeira divisão do futebol da Lituânia. Na última quinta-feira (1), o atacante fez sua estreia e marcou o gol de empate, apesar de ter atuado por apenas 20 minutos. Antes disso, o atacante estava no FK Babrungas e ocupava o posto de artilheiro da segunda divisão do campeonato local com 14 gols e 4 assistências em 13 jogos. Além disso, a equipe chegou pela primeira vez nas quartas-de-final da Copa da Lituânia em sua história.
Da mesma forma, Henrique elencou as suas principais características enquanto atacante.
Sou rápido, forte, tenho muita potência, gosto de atuar na ponta esquerda e como meia -atacante, ou na pior das hipóteses como falso 9 até porque eu me movimento muito bem.
Diferenças entre o futebol brasileiro e o futebol praticado em outros países
A parte física e tática, sem dúvidas nenhuma. Por exemplo, o que o Jorge Jesus mostrou no Flamengo em termos de intensidade e ritmo, já é praticado aqui há tempos. Além disso, o futebol praticado até mesmo em países como os Estados Unidos é mais intenso, pois tem aquele corre-corre, uma hora para atacar e outra para defender ( o atleta passou um período como estudante-atleta). Por outro lado, eu vejo no Brasil um jogo muito mais técnico e mais cadenciado. Aqui na Lituânia, não senti dificuldades na adaptação e percebo algumas semelhanças com o futebol praticado nos Estados Unidos.
Como explicar a saída cada vez mais precoce dos atletas?
A questão financeira tem o seu peso, mas não é um ponto crucial no início de carreira. Nem no Brasil, nem aqui, e em nenhum outro lugar. Mas eu vejo fora do país um número de oportunidades muito maior e talvez exista até uma concorrência menor se comparado ao Brasil. Contudo, destacaria a falta de infraestrutura nas ligas inferiores do nosso país, é triste. Além disso, os jogadores de série C e D ficam naquele ciclo entre as duas divisões e os estaduais, ou seja, nem sempre tem um calendário para atuar o ano inteiro. Às vezes, você joga 6 ou 7 meses e fica parado no restante do ano. Por fim, percebo que os europeus valorizam mais nos que somos brasileiros e não vejo o mesmo prestígio dentro do nosso