10 anos de uma façanha, A Batalha dos Aflitos! – Por uma Gremista
Era um sábado a tarde, dia 26 de novembro de 2005, o Grêmio foi a Recife enfrentar o Náutico, estava em jogo uma vaga na elite do futebol brasileiro e um possível título do Campeonato Brasileiro da Série B de 2005. O Grêmio precisava de um empate para subir pra Série A do Brasileirão, e de uma vitória para ser Campeão da Série B.
Nós, gremistas, sabíamos que aquele jogo seria tenso, diferente de todos os outros, era o “jogo da vida” para os dois times, sabíamos também que o Náutico tinha o fator casa, tinha seu estádio, sua torcida junto de si, torcendo para subirem à primeira divisão do Campeonato Brasileiro, mas sempre fomos confiantes, confiamos em nosso time.
Porém, o jogo foi MUITO mais difícil que o esperado, logo na chegada ao estádio do adversário, o tricolor já enfrentou dificuldades, enfrentou o cheiro forte de tinta no vestiário, e além disso os jogadores do imortal só conseguiram entrar em campo 5 minutos antes do jogo começar.
Quando o juiz apitou e a partida iniciou, os nervos vieram à tona. O primeiro tempo foi marcado por um pênalti dado ao Náutico, nós gremistas tivemos sorte, Bruno Carvalho chutou na trave, que alívio! Mas nem imaginávamos que o segundo tempo seria ainda pior.
A segunda etapa do jogo foi quase que um teste cardíaco, tudo estava normal até os 30 minutos, mas depois disso foi como se tudo conspirasse contra o Grêmio. O lateral tricolor, Escalona, foi expulso por colocar a mão na bola. Com um jogador a menos em campo, o Grêmio se defendia e queria segurar o empate. Mas 5 minutos depois, o árbitro Djalma Beltrami, marcou mais um pênalti para o time pernambucano, aliás, pênalti muito duvidoso.
Ali, nesse momento, o que vinha na cabeça era que levaríamos o gol e perderíamos a chance de subir para Série A. Foi um momento horrível, momento de choro e de pura aflição, tudo o que fazíamos era rezar, rezar muito e torcer por Galatto, o goleiro do Grêmio naquela época.