ENTREVISTA COM EMERSON SHEIK

Uma história de cinema! Poderíamos resumir assim a historia de nosso entrevistado de hoje. Um inicio frustrado, uma segunda chance, um crescimento gradativo e depois vários sonhos realizados.

Emerson, um jovem humilde que via esperança de um futuro melhor através do futebol, na época morador de Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro. A mãe do jovem o ajudou na busca de uma chance, pois bem o São Paulo deu essa chance e o jovem trazia as lutas da vida para o campo. E era muito elogiado por todos.

Sheik Bambi

Visto com um grande potencial, logo foi vendido para o futebol japonês, onde atuou por 3 clubes, entre os anos de 2000 a 2005, quando foi vendido ao Al Sadd- Qatar. No Catar jogou entre 2005 a 2009. Foi ai que surgiu a possibilidade de o jogador voltar ao Brasil, e sem ao menos pensar o jogador procurou seu clube de coração, o Flamengo. Fez parte do elenco campeão brasileiro de 2009!

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Mas… Recebeu uma grande proposta do Al Ain (Emirados Árabes Unidos). No ano de 2010 o jogador retornou ao Brasil, mas pra defender um rival do Flamengo, o Fluminense. E mais uma vez a estrela de Sheik brilhou e foi peça fundamental no título Brasileiro de 2010.

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O jogador teve um pequeno desentendimento com a diretoria tricolor e mudou de ares, indo para o Corinthians. E não é que mais uma vez o jogador seria campeão Brasileiro? E mais uma vez sendo destaque, alguns anos se passaram e Emerson foi campeão da libertadores, mundial, jogou pela seleção do Qatar, venceu na vida .

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E aí Emerson, falta mais alguma coisa pra sua história se tornar um filme?

Essa entrevista contou com a participação dos colunistas: Guilherme Alimari, Jean Lucas, Larisse Fontana, Luiz Felipe Ugliano, Maikon Gonçalves, Manoel Silva e Tadeu Oliveira. Também não podemos deixar de agradecer ao Marcelo Flaeschen -assessor de impressa do Clube de Regatas do Flamengo- que fez essa ponte entre entrevistadores e entrevistado.

• Pra começar, como é sua relação com Mano Menezes?

”Todo mundo sabe o que penso a respeito dele, não é novidade. Ele segue o caminho dele, e eu, o meu.”

• Você já foi campeão brasileiro pela dupla Fla-Flu. Já ganhou vários títulos e sempre sendo um jogador decisivo. O título da Libertadores pelo Corinthians, seria o mais importante de sua carreira? Sendo que você fez os dois gols e, até então o alvinegro não havia sido campeão da Libertadores. Poderia contar um pouco mais sobre aquele jogo final? 

”O título foi marcante porque fiz os gols no último jogo, então as lembranças são as melhores possíveis. Tenho um carinho muito grande pelo Corinthians, mas também não esqueço dos outros clubes. No Flamengo conquistei meu primeiro título de expressão no Brasil, e o Estadual também. Tenho muitas histórias para contar, e a maioria delas são positivas, porque sou um atleta vencedor. E aquela Libertadores encabeça a lista, com certeza.”

• Você é conhecido por ser autêntico nas entrevistas, não tem resposta padrão/jogador. O politicamente correto está deixando o futebol chato demais?

”Olha, acho que a gente tem que falar o que pensa mesmo. Não condeno nem julgo ninguém, porque isso também está ligado à personalidade de cada um. Eu sou assim, sempre fui, e nunca corri mais, ou menos, por conta de entrevista. Provocação, entrevista, tudo isso faz parte, mas o importante mesmo é vencer, conquistar títulos. E isso eu gosto demais.”

• Um episódio muito repercutido foi no Botafogo, ao dizer que a CBF é uma vergonha. Você se arrepende desse fato? Como você ve a situação do futebol brasileiro hoje em dia, com o presidente da CBF preso?

Sheik Botafogo

”Isso já passou, talvez eu fizesse diferente. No calor do jogo a gente às vezes fala um pouco além da conta, no momento errado. O futebol brasileiro precisa melhorar em alguns aspectos e todos sabem quais são, mas todo mundo precisa se mexer. Só olhar não adianta.”

• Durante 4 anos atuou no Al-Sadd, do Catar (entre a primeira e a segunda passagem foi emprestado ao Rennes, da França) fez 49 jogos e 28 gols, se naturalizou catariano e atuou por 3 partidas na seleção, poderia nos falar sobre a sua passagem pelo futebol do Oriente Médio e o modo de organização dos clubes daquela região?