A arte da resiliência
Resiliência: “fís propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica.
fig. Habilidade de se adaptar com facilidade às intempéries, às alterações ou aos infortúnios.”
No futebol, resiliência pode ser traduzida como capacidade de sofrimento, ou seja, o modo como você suporta pressões incríveis e, quando parece que baixará a guarda, dá um golpe e mostra ainda mais força. É o popular “enverga mas não quebra”.
É assim que podemos traduzir a vitoriosa campanha do Volta Redonda na série D do campeonato brasileiro. Uma equipe que sabe o que quer e quando parece que está chegando em seu limite, mostra tranquilidade e maturidade para lidar com qualquer situação.
A coroação um trabalho muito bem desenvolvido pelo clube, que tem uma belíssima estrutura (de dar inveja a muitos clubes de divisões superiores) e um projeto claro desde o fim do ano passado.
![](http://diariodovale.com.br/wp-content/uploads/2016/02/felipe.jpg)
Tudo começa com a contratação de Felipe Surian em Dezembro de 2015. Com um acesso da série D para C pelo Tupi (em 2013) na bagagem, o jovem técnico chega à Cidade do Aço credenciado e sob boa expectativa. Após boa pré-temporada e com o elenco que foi base para esse acesso montado, faz um ótimo campeonato carioca, onde já conseguimos perceber a cara do time: uma equipe batalhadora e organizada. Fez frente aos grandes, com vitórias contra Flamengo e Fluminense.
E se engana quem acha que esse Voltaço é feito só de transpiração: tem qualidade individual de sobra, bem acima da média da quarta divisão.