Em documento vazado, Superliga Europeia critica UEFA e quer inserir novos clubes na competição

De acordo com informações apuradas pela rádio espanhola Cadena SER, a Superliga alterou seu estatuto e estaria atarefado em fazer uma competição por mérito esportivo, ou seja, que as equipes participantes conquistassem seu lugar em campo em vez de ter apenas vagas fixas aos clubes formadores. A notícia surge para acabar pelo menos uma das grandes polêmicas sobre a criação da nova competição defendida inicialmente por Arsenal, Manchester United, City, Chelsea, Tottenham, Liverpool, Barcelona, Real Madrid, Atlético de Madrid, Milan, Inter de Milão e Juventus.

“A Superliga Europeia será uma competição aberta a todos os clubes europeus em que não haverá membros permanentes ou lugares fixos”, informou a rádio. O Cadena SER conseguiu acesso aos documentos que os fundadores da Superliga buscam modificar o modelo da UEFA e fala-se de uma mudança nos estatutos da competição. Em um dos trechos, o documento defende que o “projeto anunciado por 12 clubes em abril foi manifestamente mal interpretado” e crítica duramente a UEFA.

“A atual Liga dos Campeões, dirigida e operada pela UEFA, autoproclamada reguladora das competições de futebol na Europa, não mudou em quase 30 anos e se tornou rígida e enfadonha”, revela o documento e em seguida anuncia a intenção da competição em eliminar o conceito de “membros permanentes” pelos quais defendiam em abril e asseguram que abrir vagas a novos clubes na Europa.

Foto: Pedro Salado/Quality Sport Images/Getty Images

“Não está estacionada, pelo contrário, continua viva e aberta ao diálogo com todos os agentes de futebol , por isso está a trabalhar com a sociedade que a possui. missão e aí estamos Juve, Madrid e Barça à medida que continuamos a ganhar todos os processos judiciais. Continue a avançar para alcançar a competição mais atraente do mundo”, frisou.

De olho no PSG?

“A UEFA tem laços estreitos com alguns proprietários de clubes que vêm de países terceiros que são patrocinadores de certas competições e clubes, bem como compradores dos direitos audiovisuais de torneios organizados pela UEFA, e que fazem parte do seu comité enquanto organizam. Associação Europeia de Clubes sem qualquer processo eleitoral transparente”, detalha numa clara referência ao PSG e Nasser Al-Khelaifi, que negaram integrar o grupo dos clubes fundadores.

10 pontos-chaves

Dentre os vários assuntos abordados, o documento cita seus 10 principais pilares para a Superliga renascer:

  • 1- A Superliga não é uma proposta que rompa a ordem estabelecida ou abandone as ligas nacionais.
  • 2- Elimina o conceito de “membros permanentes”.
  • 3- A Superliga é o reconhecimento de um sistema que está quebrado.
  • 4- As funções da UEFA criam conflitos estruturais.
  • 5- Fechar vínculos com certos proprietários de clubes em estados que não são sócios.
  • 6- Falta de partidos de alto nível.
  • 7- Controle financeiro inadequado.
  • 8- Falta de transparência nas questões contábeis e solidárias.
  • 9- A União Europeia está perdendo o controle do futebol.
  • 10- Clubes de grandes cidades localizadas em estados menores não podem competir no atual modelo da UEFA.