Caminhos para a vitória no dérbi histórico

Caminhos para a vitória num dérbi histórico

Atlético e Real disputam o último dérbi de liga no Vicente Calderón. Quais são as chaves para a vitória nesse jogaço?

O dérbi de Madrid virou o dérbi do mundo. Com 2 finais de Champions nos últimos 3 anos (em 2014/15 o sorteio botou os clubes frente a frente logo nas quartas), podemos falar tranquilamente que esse é o maior jogo do planeta, embora a mídia tente nos enfiar pela guela Barcelona x Real (por motivos publicitários óbvios).

A pausa para a data Fifa veio no momento ideal para o Atleti, que está buscando sua identidade nessa temporada com Diego Simeone querendo um time que propõe mais o jogo. Prova disso são os números: a equipe marcou 25 gols em 11 jogos, apenas 5 atrás do Real. A defesa, embora ainda seja super sólida e confiável, sofre um pouco com essa nova cara colchonera: chega a ser espantoso não ver a equipe com a melhor defesa (sofreu 8 gols contra 7 do Villarreal), mas esse posto deve ser recuperado em breve.

Mesmo com essa nova veia ofensiva da equipe rojiblanca, prepare-se para ver um jogo nos moldes que tanto nos acostumamos e amamos: um Atlético de Madrid reativo e fatal, explorando as falhas do adversário em busca do resultado.

Como todo dérbi recente, o resultado será definido por detalhes. Quais são esses detalhes que podem decidir a partida? Separamos alguns pontos importantes, os caminhos para a vitória nesse jogo!


>> Ausência de Casemiro

Esse ponto, na opinião de quem escreve esse texto, coloca o Atlético como favorito nessa partida.

O Real sofreu para achar um primeiro volante após a saída de Xabi Alonso. Para se ter uma ideia, após a saída do jogador basco para o Bayern de Munique, ocorreram 11 dérbis: 5 vitórias colchoneras, 5 empates e 1 vitória merengue (numa partida em que Ancelotti colocou Sérgio Ramos de primeiro volante e o camisa 4 do Real foi o melhor do jogo).

A explicação para esses dados é simples: sem um primeiro volante uma equipe cede mais espaços, e o Atleti transforma cada espaço num latifúndio.

Resta saber como será a atuação de Kovacic e a maneira que Simeone vai explorar isso (provavelmente colocando um jogador do trio GGC nesse espaço).


>> Jogo pelas laterais

O jogo de ambas equipes baseiam-se em estocadas verticais e criação das jogadas pelos flancos, daí já vemos a importância fulcral da atuação dos laterais e pontas.

Juanfran pelo lado do Atlético e Marcelo pelo lado do Real fazem um duelo mais ofensivo, sendo esse lado do campo de onde saem a maioria dos gols (vale lembrar os gols da final da última Champions: uma falta boba feita por Juanfran e a avenida que o brasileiro deixou para o cruzamento no gol de empate). Aqui o apoio de um meio campo, seja Saúl ou Koke, cruciais para a segurança dos comandados de Simeone.