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Seleção norueguesa ajuda Haaland a ‘fugir’ de perguntas sobre Real Madrid e Barcelona

O futuro da jovem estrela norueguesa, Erling Haaland é um mistério e um dos assuntos mais comentados em toda a Europa

No início da semana passada, a mensagem era clara sobre o futuro de Erling Haaland: o jogador não responderá a nenhuma solicitação da mídia durante essa data FIFA. 

A ideia da seleção da Noruega e seu treinador é protegê-lo enquanto o futuro do atacante do Borussia Dortmund no clube está nos holofotes de todos os meios de comunicação na Europa e em todo o mundo. 

Uma escolha assumida publicamente pelo treinador da seleção nacional Stale Solbakken há alguns dias.

“Acredito na abertura e na acessibilidade. Mas às vezes você tem que respeitar o fato de que uma pessoa está em uma situação extraordinária. E isso às vezes significa que você tem que proteger a pessoa, seja porque você quer, ou porque ela quer, ou porque alguém próximo a ela quer. (…) Acho que devemos ter um entendimento extremo de que ele poderia estar um pouco mais protegido nesse encontro. (…) Ele vai fazer escolhas extremamente importantes e está sob uma pressão que poucos de nós podemos suportar. (…) Temos talvez um dos três jogadores mais atraentes do mundo, que agora tem uma pressão enorme sobre ele, onde cada palavra e cada frase é escrutinada.”, afirmou o treinador Stale.

Atualmente, a cláusula de rescisão de Haaland está fixada em 75 milhões de euros para esta janela de transferências promete uma batalha feroz entre alguns clubes interessados, como Real Madrid, Manchester City, FC Barcelona e Paris SG.

Na sexta-feira, o atacante participou ativamente da vitória da seleção, em amistoso, contra a Eslováquia (2 a 0), ao abrir o placar. Seu 13º gol em 16 partidas pela equipe nacional da Noruega. Porém, sua comemoração, um dedo na boca, o outro na orelha, levantou inúmeros debates. 

Em seu país, não entendem sua escolha de permanecer em silêncio. Alguns editorialistas, como no jornal Addressa, comparam esse silêncio à saída midiática da famosa esquiadora norueguesa Thérèse Johaug, que se posicionou à frente da mídia em relação ao conflito na Ucrânia, apontando certa falta de coragem.

Em coletiva de imprensa nessa segunda-feira (28), Solbakken ainda teve que assumir. 

“Acho injusto tentarmos encontrar os erros que podemos com Erling. (…) Eu não posso dizer que a melhor coisa provavelmente teria sido se Erling se sentasse aqui e respondesse abertamente a todas as perguntas, mas ele tem uma lógica muito factual e a apresenta de uma maneira que eu não tenho dificuldade em aceitar. Agora é uma situação extrema para ele. Por isso, sinto muito pelas críticas, porque não acho justo ”, disse, sem medo de perder sua autoridade com o resto do grupo diante desse tratamento preferencial. 

“Eu, como líder, faço o que acho certo para o grupo. Nunca agradará completamente a todos., concluiu. 

Enfrentando a Armênia, nesta terça-feira (29), ainda em amistoso, Erling Haaland pode responder a essas novas críticas como sempre soube, no campo.