Freddy Rincón faleceu na madrugada desta quinta-feira (14), aos 55 anos. O ex-meia sofreu um traumatismo cranioencefálico grave após se envolver em um acidente de carro durante a madrugada de segunda-feira (11), na cidade de Cali, na Colômbia e não resistiu aos ferimentos.
Nascido na cidade de Buenaventura, na Colômbia, Rincón iniciou sua carreira profissional no Atlético Buenaventura em 1985 jogando como meia e rapidamente chamou a atenção dos grandes clubes do país.
Conhecido pelo seu porte físico avantajado e sua grande qualidade no passe, em 1986 se transferiu para o Tolima.
Em 1988, foi para o Independiente Santa Fé, uma das maiores equipes da Colômbia.
Após vencer a Copa da Colômbia pelo Santa Fé, se transferiu para o América de Cali em 1989, onde despontou de vez, ajudando a equipe a ser campeã colombiana em 1990 e 1992.
O seu grande momento no América de Cali o tornou titular absoluto da seleção de seu país na Copa do Mundo de 1990 e na Copa América de 1993. Além disso o meia foi um dos responsáveis por levar a Colômbia a três Copas do Mundo seguidas (90, 94 e 98), algo histórico até então.
Rincón fez história ao marcar o gol que classificou a Colômbia para as oitavas de final da Copa do Mundo de 1990. O gol foi marcado contra a Alemanha.
Em 1993, Rincón foi um dos destaques de um resultado histórico da Colômbia. Pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 94, 'Los Cafeteros' aplicaram 5 a 0 sobre a Argentina em pleno Monumental de Núñez, com dois gols do meia.
Seu sucesso no América de Cali chamou a atenção de times do exterior e o Palmeiras com o auxílio da Parmalat o contratou em 1994. O colombiano conquistou o Campeonato Paulista daquele ano pela equipe alviverde.
Após a Copa do Mundo de 1994, Rincón iniciou a sua jornada no futebol europeu, primeiramente no Napoli, da Itália. Em uma temporada pelo clube italiano, disputou 28 jogos e marcou 7 gols.
Após a sua temporada com o Napoli, o colombiano foi comprado pelo Real Madrid em 1995. Porém, o jogador não se adaptou a equipe espanhola e se despediu do clube com apenas 21 partidas e nenhum gol marcado.
Após a passagem sem sucesso no Real Madrid, Rincón retornou ao Palmeiras em 1996, onde atuou por mais 17 jogos e marcou 7 gols.
Em 1997, Rincón foi contratado pelo Corinthians, o principal clube de sua carreira. Foi no Timão que o jogador foi recuado de meia para volante e se tornou um dos atletas mais dominantes do futebol brasileiro.
No Corinthians, Rincón marcou para sempre o seu nome na história do clube, conquistando os Campeonatos Brasileiros de 1998 e 1999, o Campeonato Paulista de 1999 e o Mundial de Clubes de 2000, no qual foi o capitão.
Após a histórica passagem no Corinthians, Rincón se transferiu para o Santos em 2000. Foram 20 jogos e três gols pelo alvinegro praiano.
Após a curta passagem pelo Santos, Rincón foi para o Cruzeiro em 2001. Pelo time de Minas, o ex-jogador atuou em 16 jogos e marcou um gol. Ao fim da sua passagem pelo clube celeste, o volante decidiu se aposentar.
Após três anos sem jogar, em 2004 Rincón aceitou um convite para uma nova passagem no Corinthians. Ao não conseguir repetir o sucesso da primeira passagem, o jogador optou por encerrar de vez a carreira naquele ano.
Após se aposentar, Rincón treinou clubes como Iraty-PR, ão Bento, São José-SP, Corinthians sub-20 e Flamengo-SP, além de uma passagem como auxiliar de Vanderlei Luxemburgo no Atlético-MG, antes de encerrar sua avantura à beira do campo.
Rincón deixa um filho e a lembrança de todos as glórias que viveu no Corinthians e na seleção colombiana. Clubes como Corinthians e Santos lamentaram a morte do jogador em suas redes sociais.