Entrevista com o zagueiro Bruno Perrone, do Nástic Tarragona, da Espanha

Bruno Caldini Perone, nasceu no dia 6 de julho de 1987, na cidade de São Paulo. Passou pela base do São Paulo FC e possui passagens por Figueirense, ABC e Queens Park Rangers (Inglaterra). Conhecido e reconhecido pela segurança passada para a defesa, atualmente está no Gimnástic Tarragona, da Espanha.

 

1- Nasceu no dia 6 de julho de 1987, na cidade de São Paulo. Sendo revelado profissionalmente pelo Noroeste de Bauru e depois atuou no Corinthians-PR (atual JMalucelli). Quais foram os principais ensinamentos adquiridos durante este tempo? Poderia falar sobre o atual momento do Noroeste? E sobre o JMalucelli, o fato de mudar de nome e de investidor, dificulta o fortalecimento da equipe no cenário nacional? 

R: Eu comecei nas categorias de base do SPFC (jogando junto com David Luiz) onde estive por quase 4 anos, os principais ensinamentos adquiridos no Noroeste e no J.Malucelli foram aprender a lidar com dificuldades, algumas vezes tínhamos que comer comida estragada, tinha dias que não tinha jantar e essas coisas me fizeram mais forte, no quesito superação, aprender a não desistir nos momentos difíceis e com essas experiências e aprendizados hoje eu vejo que me fizeram muito bem. Eu sou muito agradecido por todos os clubes que eu joguei independente dos acontecimentos, e sei que o Noroeste está passando por um momento muito complicado, mas que com o apoio da cidade eles podem voltar a primeira divisão do paulistão. O J.Malucelli tem uma empresa muito grande e isso ajuda muito o clube/empresa em todas as áreas.

 

2- Entre 2009 a 2011, atuou por Figueirense, Mirassol e Tombense. Defina a estrutura e passagem em cada equipe? Fale sobre a sua relação com a torcida do Figueirense?  

R: O Figueirense é um clube muito bem estruturado, com um CT muito bom um bonito estádio, um verdadeiro clube de série A. Minha estreia com a camisa do Figueirense foi em um clássico contra o Avai na ressacada, onde eu joguei muito bem e ganhamos de 3×0 depois disso minha relação com a torcida era muito boa, até que um dia eu joguei com uma chuteira azul e depois disso os torcedores começaram a pegar no meu pé (faz parte do futebol brasileiro, isso não aconteceria na Europa). O Mirassol é um clube bem organizado onde se cumpre tudo o que está no contrato (isso é muito difícil para um clube pequeno do interior) não tem um CT próprio, contudo é um dos melhores clubes do interior de São Paulo.

 

3- Em duas temporadas, obteve passagens internacionais pela Espanha (Xerez) e Inglaterra (QPR principal e reserva). Como é atuar em equipes de menor porte nesses países? Há um grande investimento por partes dessas equipes? E sobre o time B, muito usual nos clubes europeus, deveria ser restaurado nos clubes brasileiros? 

R: Atuar na Europa é gratificante e faz você crescer como jogador e como pessoa mesmo que seja por clubes considerados “pequenos”, porque você aprende muito sobre a parte tática e aprende também uma outra forma de ver e jogar o futebol. Na Europa sempre tem um investimento maior em relação aos clubes “pequenos” do Brasil. Na Inglaterra é muito comum ter o “time B”, isso ajuda muito os jogadores que não estão jogando com frequência no time titular e jogadores que estão voltando de lesão, eu acho muito interessante.

Foto: QPR.

 

4- Entre 2013 a 2015, passou por Linense, Icasa, ABC e Grêmio Novorizontino. Quais são as semelhanças e diferenças do futebol nordestino e paulista? Para você, é melhor vestir a camisa de um clube do Nordeste disputando uma Série B ou disputar o Campeonato Paulista pela visibilidade?