Entrevista com Roberto Rivellino, eterno ídolo do Fluminense e Corinthians

Roberto Rivellino, nasceu no dia 01 de janeiro de 1946, na cidade de São Paulo. É um ex-futebolista brasileiro, que atuava como meia e ponta-esquerda. Jogou meados da década de 1960 ao fim da década de 1970 pelo Corinthians e Fluminense. Também atuou como comentarista de televisão durante a década de 1990. Ídolo tanto do Corinthians quanto do Fluminense, o Timão fez um busto em 2014 no Parque São Jorge para homenageá-lo. Após ser recusado no arquirrival Palmeiras, começou sua carreira nas categorias de base do Corinthians, jogando no time profissional de 1965 a 1974, e então se transferiu para o Fluminense, onde também virou ídolo e jogou até 1978 e foi jogar na Arábia Saudita pelo Al-Hilal, onde encerrou sua carreira. Jogador extraclasse, de técnica apurada na perna esquerda que lhe permitia um futebol brilhante de lançamentos longos e passes precisos, potentes chutes de longa e meia distância, foi também exímio cobrador de faltas. Foi titular e um dos grandes destaques da Seleção Brasileira de Futebol tricampeã mundial na Copa do Mundo FIFA de 1970, no México. Atualmente é comentarista no programa Noite de Craques, dos canais Esporte Interativo.

 

1- Antes de ir para o Corinthians você foi dispensado pelo Palmeiras. Qual foi a sensação de ter sido dispensado pelo seu time do coração e logo em seguida ir para o rival Corinthians?

R: Foi horrível. Sabe aquele sonho de moleque? Você se torna palmeirense e a família italiana, meus pais e meu avô vieram da Itália, então era aquele negócio de ter que torcer teoricamente para o Palmeiras e eu gostava do Palmeiras. Eram outros valores e outra maneira de ver o futebol na minha época. Saiu essa oportunidade, fui treinar e fiquei muito revoltado com a maneira como foi feita a minha dispensa, não só eu, mas como tinham uns 8, 9, 10 garotos. Botaram a gente em um canto, parecia um bando de marginais, e de repente falaram “vocês estão fora se quiser se trocar se troca”. Portanto a maneira foi bastante agressiva, me marcou e eu fiquei muito decepcionado, não é com o Palmeiras a instituição, e sim no caso com a pessoa que era o responsável na época e por coincidência foi o Mário Travaglini, que depois foi ser meu treinador no Fluminense. Então ai de repente eu vou para o Corinthians e lá foi a minha segunda casa, me abriram as portas de uma maneira carinhosa.

 

2- E você não foi campeão pelo Corinthians…

R: Não fui, mas eu tenho um carinho, admiração, respeito e eu sou corinthiano até hoje. Essa oportunidade quem me deu foi o Corinthians. Hoje você está me entrevistando e minha vida profissional quem me deu essa oportunidade, que me abraçou foi o Corinthians, então foi a minha segunda casa e eu tenho um carinho muito grande.

Imagem: Corinthians

 

3- Você foi campeão da Copa do Mundo no México em 1970 pela Seleção Brasileira e jogou ao lado do Pelé. No seu livro você fala que ele foi grande inspiração para todo mundo, inclusive para você?

R: Ele que jogou do meu lado (risos). Para mim falando do atleta profissional Pelé, o jogador Pelé, foi o maior exemplo que eu tive na minha vida, o maior atleta do século, eu dificilmente vou ver outro jogador fazer o que Pelé fez, o que ele representou para o futebol brasileiro. Então era um cara que sempre queria mais, sempre queria as conquistas, a motivação dele era muito alta, sabe? Então era um cara que para mim me inspirou muito, foi o maior exemplo que eu tive na minha vida.

 

4- E para você aquele time campeão em 70 ainda é o melhor time da história do futebol?