A mágica sintonia entre Maurizio Sarri e Napoli
O atual técnico do clube italiano chegou sem muito alarde e contra a vontade do ídolo Diego Maradona, mas aos poucos vai colocando o Napoli no holofote da mídia mundial
Maurizio Sarri nascido em 10 de janeiro de 1959, ele tinha tudo para não se tornar um dos grandes técnicos do futebol mundial atualmente. O treinador nunca atuou no futebol profissional e passou mais de 20 anos em clubes regionais ou de divisões inferiores do futebol italiano. Chegou ao Empoli em 2012 e subiu para a primeira divisão no ano seguinte, seu primeiro trabalho visto de forma diferente. Por isso foi contratado pelo Napoli em 2015, o que gerou certa desconfiança pela falta de conhecimento da torcida perante o treinador.
O Napoli com seu presidente Aurelio de Laurentiis, vinha de uma sequência de altos investimentos nos anos anteriores e a partir da vinda de Maurizio o time passou a investir menos, montando um elenco com poucos atletas. As primeiras contratações da era Sarri foram Mirko Valdifiori e Elseid Hysaj (jogadores de confiança da época de Empoli), o segundo nome é titular do clube até hoje. Mesmo sem título como o antecessor o Rafael Benítez chegou a ser líder do Campeonato Italiano no 1º turno, o que não acontecia há duas décadas.
O time joga no 4-3-3 com Reina, Ghoulam, Koulibaly, Raul Albiol, Hysaj, Allan, Jorginho, Hamsik, Callejon, Insigne e Mertens. O elenco não possui um grande nome, mas tem atletas de qualidade que jogam de forma envolvente, posse de bola e no contra-ataque. O ataque é o mais positivo do futebol italiano mesmo não tendo um 9 titular, a defesa leva muitos gols, pois atua com um volante, os atacantes não recompõem tanto e o sistema defensivo não é tão forte. Mesmo assim em 100 jogos, tem 66 vitórias, 18 empates e 16 derrotas (mais de 70% de aproveitamento).

O “Homem das 33 táticas” é conhecido por montar a equipe analisando seu adversário e tem uma jogada ensaiada para todos os lances (desde escanteio até lateral). É conhecido também por ser fumante compulsivo, estressado (já discutiu com Insigne e foi punido em 600 mil reais por insulto ao técnico Roberto Mancini), um grande incentivador e além disso de não gostar que os jogadores não usem chuteiras coloridas, particularidades de um dos melhores técnicos do futebol italiano.