Entrevista com o atacante Bruno Moraes, o General do Arruda

Em 12 de Janeiro de 1989 nascia Bruno Eduardo Moraes, mais conhecido como “O General do Arruda”, pela torcida do Santa Cruz. Natural de Bragança Paulista, o General ficou marcado na história do Mais Querido por seus gols importantíssimos e suas comemorações, batendo continência para a torcida Coral. O atacante acumula passagens por Santo André/SP, Bragantino/SP, Portuguesa/SP, Ferroviário/SP, Dibba Al Fujairah. Confira a entrevista concedida pelo jogador ao Mercado do Futebol:

 

1) Revelado pelo Santo André/SP e sendo promovido ao profissional em 2008, conte-nos um pouco sobre o início da sua carreira no futebol.

A grande maioria dos atletas no Brasil tem um começo bem sofrido, comigo não foi diferente. Passei por dificuldades em clubes de baixa estrutura, com alojamentos que mais pareciam cadeias, às vezes faltava alimentação, café da manhã apenas pão com vento (risos), se tinha almoço, o jantar era a sobra e sempre alguém ficava sem comer! 

A distância dos familiares e amigos sempre foi muito grande, meus pais por não terem condições de comprar passagens, nas folgas sempre ficávamos meses sem ir para casa. Graças a Deus tenho um irmão, não de sangue, mas que a vida me deu, Felipe Matheus um anjo da guarda presente na minha vida que sempre me ajudou a superar todas essas dificuldades e com elas me fez crescer muito como homem. 

 

2) Em 2013 atuou pelo Taubaté/SP e foi artilheiro do time na ocasião, marcando seis gols em 9 jogos. O que foi mais importante na sua passagem pelo clube?

O Taubaté foi o recomeço. Clube que abriu as portas para mim novamente. Tinha operado o joelho e estava sem clube já fazia 6 meses, eles me deram o prato de comida mais gostoso da minha vida, que foi voltar a jogar futebol, achei que era o fim nesse período. Obrigado Taubaté pela oportunidade.

Depois de 3 meses, 8 jogos e 6 gols na série A-3 do paulista, a Portuguesa me fez uma proposta e fui jogar o campeonato brasileiro da série A, minha estreia contra o Santos na Vila Belmiro, graças a Deus fiz um lindo gol de voleio. O futebol muda muito rápido, sempre acredite!

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3) Falando sobre tua trajetória no Mais Querido, como foi o começo desse grande trabalho que fizeste e quais eram tuas perspectivas sobre o clube antes de atuar com a camisa tricolor?

O Santa Cruz foi uma bênção que Deus colocou no meu caminho. Estava voltando de outra lesão séria e o professor Martelotte, junto ao Santa me abriram as portas. Cheguei muito criticado, sem mesmo jogar, isso me deu mais força para mostrar meu valor. Dentro de campo todo jogo foi uma final.

 

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4) Tendo o Santa Cruz como o clube em que mais atuou em sua carreira, até o momento, cite alguns momentos em que marcaram tua história no tricolor.

Primeiro gol no Arruda contra o América- MG, o da vitória, na primeira oportunidade como titular, precisava passar confiança a todos.

Os gols contra Bahia na Fonte Nova e o gol do acesso contra o Mogi Mirim deram força na minha história no clube.

O gol na final da copa Nordeste no final do jogo foi um dos mais importantes.

E todos gols em clássicos sempre foram de suma importância. Especialmente contra o Sport na Sul-americana, pois estava há quatro jogos sem ser relacionado, voltava naquele jogo somente porque Allison não pôde ser convocado, recomecei depois daquele jogo e tive uma sequência de 4 gols seguidos.

Todos os gols e oportunidades foram realmente de valor especial, pois Grafite estava na minha frente, então sabia que cada oportunidade era de ouro.