Em noite de herói improvável, Giovanni Augusto sai do banco de reservas e deixa Corinthians mais próximo do título.
Corinthians e Atlético Paranaense se enfrentaram na Arena da Baixada, e fizeram um jogo de dois tempos distintos: um primeiro tempo bem agradável e um segundo tempo bem sem graça. A equipe da casa jogou melhor, diante de um Corinthians passivo, sobretudo, na segunda etapa, mas saiu derrotado, pois um dos jogadores mais desacreditados do elenco – por mais contraditório que pareça – decidiu para os visitantes e aumentou ainda mais a vantagem corintiana na liderança.
Sobre o jogo
Primeiro tempo: a primeira parte do jogo foi bem animada, com as duas equipes tendo chances reais para marcar. O Corinthians tinha mais dificuldades para construir suas jogadas e abusava das ligações diretas buscando a casquinha do Jô. Já o Atlético era mais organizado no campo de ataque, e explorava, sobretudo, os lados do campo, a equipe conseguia tramar boas inversões de jogo, e incomodava a defesa corintiana. Embora o time conseguisse tocar melhor no campo de ataque, as melhoras chances vieram em bolas paradas. A primeira em uma bomba de Felipe Gedoz, que explodiu na trave de Walter, em cobrança de falta. E a segunda, em um pênalti defendido por Walker, o goleiro defendeu a penalidade batida por Nikão e foi fundamental para garantir o zero a zero no primeiro tempo. Contudo, mesmo com o pênalti desperdiçado, a equipe saiu no lucro ao final da primeira etapa, pois Thiago Heleno deu entrada criminosa por trás em Romero, e recebeu apenas cartão amarelo, causando ira em grande parte dos jogadores.
Segundo tempo: a segunda parte do jogo teve uma atuação desastrosa do líder, o time tem muitos motivos para comemorar o resultado gigantesco (que deixou a equipe mais próxima do título), mas o desempenho, sobretudo, na segunda etapa, foi bem abaixo. O time se defendia, mas não conseguia explorar os contra-ataques e assustar o Atlético em algumas oportunidades como foi no primeiro tempo. Rodriguinho não conseguia dar sequência aos contra-ataques, fez uma partida horrendo. Clayson, também, não foi bem. E acabou sobrecarregando o Guilherme Arana em determinados momentos,por conta da má recomposição, na marcação. Fábio Carille, aos 18 minutos, chamou Giovanni Augusto para entrar no lugar do camisa 25. Certamente, o nome de Giovanni Augusto causou repudia em muitos torcedores, mas foi dos pés dele, o gol que deu a vitória ao Corinthians e uma mão na taça. A jogada do gol foi iniciada pelo Romero, que novamente, assim como no domingo, fez uma ótima partida. Foi efetivo no ataque – como raramente costuma ser -, inclusive, participando e iniciando a jogada do gol; Ele teve muito mérito na construção da jogada. E como sua principal marca, o jogador ajudou muito na marcação, sobretudo, porque o Atlético Paranaense abria muito o campo, explorava muitos seus alas e laterais. Portanto, o paraguaio foi muito importante nesse aspecto. Apenas o resultado foi brilhante para o líder, o time da casa foi melhor, mas sucumbiu diante de um gol tirado da cartola por Giovanni Augusto. O líder voltou a vencer, fora de casa, após 7 partidas, sendo que tinha perdido as últimas 3 ( Bahia, Botafogo e Ponte Preta).
Azar de Walter.
Aos 40 minutos de partida, o goleiro sentiu a mesma lesão que o tirou do começo dessa temporada, e teve de abandonar a partida mais cedo, caindo em lágrimas. E para piorar: o goleiro fará exames hoje, mas já é desfalque certo contra Avaí e Fluminense, partidas que o jogador atuaria no lugar de Cássio que está na seleção brasileira. Walter é um grande goleiro, teve grande parcela na vitória do Corinthians contra o Atlético Paranaense por conta de um pênalti defendido, mas vive sofrendo com lesões, na qual foi e ainda é uma barreira para o jogador conseguir decolar em sua carreira. Mesmo com os 3 pontos garantidos com grande responsabilidade do goleiro, não foi uma noite feliz para o jogador, que terá sua sequência novamente interrompida pela mesma lesão no adutor da coxa direita.