Alguns pontos sobre a entrevista de Fábio Carille no Bola da Vez.

O atual técnico campeão Brasileiro com o Corinthians foi convidado para o programa Bola da Vez, que foi ao ar na noite de ontem (dia 26). O treinador já tinha participado desse programa no começo do ano, desacreditado e muito pressionado devido à uma temporada passada muito conturbada, com a equipe não conseguindo conquistar seus objetivos que eram os títulos e a vaga para a Libertadores.

O primeiro ponto interessante da entrevista 

Carille comentou sobre o quão importante foi a vitória sobre o Palmeiras, na primeira fase do Paulista. Pois ali marcava o quarto jogo da equipe no Paulistão, um começo de trabalho. E uma derrota para o rival, dentro de casa, mesmo com o time sendo prejudicado, poderia gerar certo desconforto. No entanto, ocorreu justamento o oposto, foi uma das vitórias mais emblemáticas da temporada e o time teve uma grande injeção de confiança e moral. Sobretudo pelas circunstância, de estar vencendo um dos adversários mais poderosos do Brasil, arquirrival, com um a menos e de forma injusta – pois o Gabriel não deveria ter sido expulso.

Inclusive, no gol de Jô, o Maycon soube a marcação, pressiona, desarma o Guerra e deixa o Jô na cara do gol para marcar. Sobre esse lance, o Carille confessou que pediu para o Maycon não subir a marcação, mas o volante não o escutou – ainda bem, e roubou a bola que deu origem ao gol corintiano. Fica claro que o empate era um resultado muito bem quisto pelo treinador devido a situação do time com um a menos naquele momento.

Compreensão do Jadson e Maycon 

Ambos tiveram uma queda brutal de rendimento no segundo turno, e perderam suas posições. No entanto, o treinador ressaltou que tanto o Jadson quanto o Maycon em nenhum momento reclamaram ou deixaram de treinar com intensidade. Os últimos jogos em que o camisa 10 entrou comprovam isso, pois na reta final do campeonato, o meia ainda foi muito importante nos jogos contra Avaí e Fluminense, na qual a equipe precisava propor o jogo e o treinador recorreu ao camisa 10. Já o camisa 8, embora tenha perdido a posição para o Camacho, o volante continuou sendo utilizado e jogou todas as partidas no Brasileirão até aqui.

Jogadores ressaltaram o comportamento do treinador 

Jô, Kazim, Pablo e Pedro Henrique deram depoimentos comentando sobre o comportamento extramente calmo, ponderado e equilibrado do treinador.

Pablo inclusive comentou sobre a partida contra o Cruzeiro na qual a equipe havia feito um péssimo primeiro tempo. O zagueiro pensou que o time levaria uma bronca gigantesca no intervalo, mas não aconteceu. O treinador orientou o time que fez um grande segundo tempo. Ou seja, isso da margem para quebrar um pouco dos paradigmas em relação aos treinadores que precisam ser lenha dura com os jogadores. Não necessariamente, com o campeão não funcionou dessa forma. Com o campeão funcionou na base do trabalho, um time organizado, aplicado e com os jogadores acreditando na competência de seu treinador.

Portanto um dos pontos positivos do Carille essa temporada foi a sua ótima relação com o grupo. O técnico soube gerir muito bem o elenco e sempre teve o grupo em suas mãos.

Técnico que busca se atualizar 

Mesmo com o título conquistado e um trabalho excepcional no seu primeiro ano de trabalho, o treinador não se mostrou acomodado e ressaltou que busca sempre se atualizar e pensar em novas ideias. Relatou que procura manter contato com o Felipe, que atualmente está no Porto, líder do campeonato português. E Renato Augusto, que já atuou no Bayer Leverkusen. Esses foram os jogadores que ele citou e mostrou  que ainda se preocupa muito em se aprimorar.