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Entrevista com o zagueiro Douglas Grolli, do Bahia

Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia.

Douglas Ricardo Grolli, mais conhecido como Douglas Grolli ou simplesmente como Grolli, nasceu em São Miguel do Oeste-SC no dia 05/10/1989. Foi revelado pela Chapecoense e tem passagens por clubes como Grêmio, Cruzeiro e Ponte Preta. Atualmente está no Bahia.

 

1- Como surgiu seu interesse pelo futebol e quando você percebeu que esse era o rumo que iria seguir?

Douglas Grolli: Meu pai é um doente por futebol, e sempre me incentivou muito. Aí peguei o gosto e sempre praticava o esporte com amigos e até mesmo com ele. Todos os domingos ele levava eu e meu irmão para jogarmos na comunidade no interior onde ele sempre jogava. Mas tudo sempre de forma bem despretensiosa, mas aos poucos o sonho foi ficando mais forte e apesar de estar com uma idade “avançada” eu quis tentar ser jogador profissional e realizar o meu sonho e o dele de ter um filho jogador.

 

2- Iniciou sua carreira na Chapecoense, como foi sua chegada ao clube? Como você define sua estadia nas divisões da base, na jornada até se tornar profissional?

Douglas Grolli: Cheguei na Chapecoense no meu segundo ano de juniores, iria fazer 19 anos e é meio tarde para começar a ser um atleta. Mas consegui com muito empenho a evoluir e aos poucos fui buscando meu espaço no clube. Era outro clube na época. Nem divisão o clube tinha e as condições do clube e de estrutura eram mínimas. Mas sempre foi um clube organizado e aos poucos foi crescendo rapidamente e eu pude acompanhar boa parte desse crescimento.

 

3- Você é um zagueiro que tem facilidade para jogador com as duas pernas e é forte no jogo aéreo. Geralmente quando um jogador inicia no futebol, muitas vezes não começa na posição que acaba exercendo profissionalmente. Você sempre atuou como zagueiro ou já foi atacante por exemplo?

Douglas Grolli: Eu sempre joguei do meio para trás, nos amadores às vezes eu jogava de volante. Mas sempre fiquei revezando entre Volante e zagueiro.

 

4- Durante sua carreira, você foi contratado em definitivo por Grêmio e Cruzeiro, aonde não obteve muitas oportunidades e acabou sendo constantemente emprestado. O que você pensa sobre essas passagens e qual você considera a razão de não conseguido tanto espaço?

Douglas Grolli: Foram experiências fantásticas que eu tive. Dois grandes times onde a concorrência é gigante! Quando cheguei no Grêmio eu tinha me destacado muito na chape no estadual e série C mas ainda tinha pouca experiência, aí essa mudança de realidade acabou pesando um pouco. E no Cruzeiro eu tive uma concorrência muito grande, só zagueiros de alta qualidade e consagrados aí não consegui ter uma sequência de jogos para mostrar meu valor.

 

5- Durante os empréstimos você atuou em clubes como Londrina, São Caetano e voltou ao clube onde tudo começou: a Chapecoense. O que você pode relatar sobre essas experiências?

Douglas Grolli: Foram clubes de realidades diferentes e onde eu acabei aprendendo muito também, cada clube que passei eu evolui, sempre procurei aprender muito com cada experiência que tive. Mas foi nesses clubes que fiquei um pouco em baixa no mercado. Não consegui ter boas sequências! Aí tive a oportunidade de voltar para a chape e foi nessa volta para casa que conseguir dar a volta por cima e dai em diante me firmar como um zagueiro de série A.

 

6- Durante sua passagem pela Ponte Preta em 2016, você atiçou seu lado zagueiro-artilheiro, marcando gols em momentos importantes. Como você avalia sua passagem pelo clube no geral?

Douglas Grolli: Foi uma passagem marcante, me identifiquei muito com o clube e pude fazer um grande ano. Foi o ano que a Ponte Preta fez sua melhor campanha da história na série A. Foi o ano que fiz mais gols na minha carreira, guardo com muito carinho cada momento que passei lá.