Satisfeito com a vitória, Carpegiani pede paciência ao torcedor: “Tem que ter paciência sim”

O Flamengo venceu a Portuguesa -RJ, por 4 a 0, na tarde deste domingo (18), e garantiu a segunda colocação no grupo B da Taça Rio, com 12 pontos e irá enfrentar o Fluminense nas semifinais.

O treinador Paulo César Carpegiani, em entrevista coletiva após o jogo, falou sobre a vitória Rubro-Negra e foi enfático ao dizer que a torcida tem que ter sim, paciência com os jogadores:

– Nós já esperávamos um jogo bastante difícil. A Portuguesa não havia perdido para os grandes. Fez uma pontuação no primeiro turno que era para ter decidido com a gente, mas eles sofreram um gol no último minuto e acabamos decidindo com o Boavista. Nesta fase também teve pontuação muito boa, até melhor que a nossa. É uma boa equipe, mas conseguimos superar, conseguimos os gols nos momentos certos.

O treinador não quis comparar o jogo das semifinais com o jogo que o Flamengo foi goleado pelo Fluminense por 4 a 0, na segunda rodada da Taça Rio:

Fomos equipe bastante tranquila dentro de campo. Gostei, não tivemos a pressa. Nosso objetivo final era classificar. Aspiramos ainda jogar a decisão desse campeonato. É um confronto só, não temos a vantagem. Agora é uma outra situação. Esperamos na quarta-feira pegar o Fluminense e passar para a próxima fase. São duas equipes de tradição, é outra circunstância (mencionando o jogo que o Flu venceu por 4 a 0), e agora temos esse enfrentamento. Esperamos que na quarta-feira a gente seja muito feliz e consiga passar dessa próxima fase

Carpegiani lembrou que na derrota para o Fluminense, o time era totalmente diferente, que vai começar a pensar na partida a partir dessa segunda-feira (19), que não joga com a vantagem e que o objetivo é chegar na final da Taça Rio:

– É um time totalmente diferente e eu não gostaria nem de pensar nisso agora, a partir de amanhã que eu vou pensar. É um clássico, com uma rivalidade muito boa, uma das mais acentuadas do futebol brasileiro. Não teremos a vantagem, mas são 90 minutos que vão decidir. Temos a ambição de conseguir também o título desse segundo turno e só não vamos conseguir se não formos melhores que o adversário.

Carpegiani foi enfático quando falou sobre a paciência que a torcida precisa ter com o time e defendeu Henrique Dourado, que segundo análises, estaria sendo prejudicados pelo esquema tático da equipe:

-Não sou a pessoa mais apropriada para te dizer sobre isso, porque eu não comento futebol, estou dando uma resposta a vocês. Cabe aos analistas ver se ele está sendo prejudicado em função disso ou não. Eu confio no jogador, e assim como confio nele, confio em toda a minha equipe. Eu não tenho 11, eu tenho um grupo de 30 jogadores e vamos usar da melhor maneira. Eu acho que essa impaciência do torcedor em função do que era no ano passado, essa mesma equipe disputou três finais e ganhou o Campeonato Carioca, então há um certa impaciência, talvez por não ter passado de fase na Libertadores. O torcedor tem que ter paciência, tem que ter paciência sim, tanto com o Dourado como para todos.

Carpegiani diz estar convicto do seu trabalho e que maior prova de sua convicção é Geuvânio, que fez dois gols no jogo:

-A maior prova que eu estou confiante e convicto, é o Geuvânio. Geuvânio é um jogador que estava ai, a espera de uma definição. Eu gostei muito quando eu cheguei, estava esperando eu dar a oportunidade, foi paciente e está reconquistando o seu espaço. Então, isso é importante e hoje ele faz parte desse mesmo grupo dos trinta. Então eu acho que o Dourado merece essa consideração e a torcida tem que ter paciência sim com ele.

Sobre Jonas ou Cuéllar, Carpegiani falou assim:

-Acho que são dois grandes jogadores, o Jonas sentiu um pisão, não aguentou voltar pro segundo tempo, veio o Cuéllar. São jogadores com características diferentes. O Jonas é tipico aquele volante e o Cuéllar é o cara que toca mais, que sai e são jogadores que amanhã poderão atuar juntos, pois são jogadores com características diferentes. Então é questão da opção por um ou por outro é momentânea.