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Presidente do Cruzeiro na Tríplice Coroa revela orçamento do clube e salários baixos de estrelas

Guilherme Alves

Presidente do Cruzeiro no ano da Tríplice Coroa, Alvimar Perrela revelou o orçamento modesto da Raposa em 2003. O clube mineiro, vale lembrar, foi o primeiro a conquistar a Tríplice Coroa, levantando os troféus do Mineiro, da Copa do Brasil e do Brasileirão.

No entanto, essas conquistas, de certa forma, foram uma surpresa. O ge relembra, exatos 20 anos após a vitória por 2 a 1 sobre Paysandu, no Mineirão, que aquele não era um dos times favoritos ao título.

O Cruzeiro daquele ano tinha Vanderlei Luxemburgo como figura central de um elenco que ainda estava em reformulação. No ano anterior, vale lembrar, o time celeste sequer tinha se classificado para o mata-mata decisivo do Brasileirão.

Salário baixo

O orçamento daquele ano passava longe de ser alto. Segundo Perrela, Vanderlei Luxemburgo e Alex recebiam, juntos, R$ 150 mil.

“Financeiramente, o futebol evoluiu de uma forma absurda. Nosso maior salário, na época, era para o Vanderlei Luxemburgo, R$ 90 mil. Entre os jogadores, o Alex ganhava R$ 60 mil, e o restante ficava abaixo disso.”, afirmou.

Naquele ano, Luxemburgo já era uma figura renomada no futebol brasileiro. Havia passado pela Seleção e acumulava, no currículo, três títulos do Brasileirão, além de taças regionais. Fazendo uma correção sobre o salário do técnico, seria como se ele recebesse R$ 340 mil atualmente.

Em relação a Alex, que também chegou ao Cruzeiro com um currículo de destaque, sendo importante em conquistas do Palmeiras no Brasileiro e na Libertadores, além de ter passagem pela Seleção e no futebol italiano, o salário nem se compararia aos do futebol atual.

Isso porque, os ganhos dele de 2003 equivaleria a R$ 227 mil, atualmente. Não estaria, por exemplo, entre os maiores vencimentos do atual elenco cruzeirense.

Premiação da CBF

Outra coisa que não se compararia com os dias atuais eram as premiações da CBF. Alvimar ressalta que a premiação da entidade do futebol brasileiro não foi o suficiente nem para pagar o “bicho” dos jogadores durante o ano.

Na época, a CBF pagou R$ 2 milhões ao Cruzeiro pelo Brasileirão. Fazendo a correção monetária para atualmente, esse valor ficaria em R$ 7,5 milhões. Para se ter uma ideia, a CBF pagou R$ 45 milhões ao Palmeiras pelo título do Brasileirão no ano passado.