PERES: “Eu quase fui preso porque respondo pelo Clube”

Quando o presidente José Carlos Peres venceu o pleito eleitoral santista, com certeza ele sabia que encontraria algumas dificuldades e desafios, mas após sua posse no cargo, viu que a situação seria bem mais difícil do que o esperado. Logo no início da sua gestão, teve próximo de ser preso, por conta de impostos retidos pela gestão anterior, de Modesto Roma Jr., assumindo uma dívida próximo de R$ 20 milhões. Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, Peres fala sobre a situação do clube. “Eu convido para ir ao Santos e abro relatórios e fluxo de caixa. Eu quase fui preso porque respondo pelo clube. R$ 20 milhões de impostos atrasados. Impostos retidos e não repassados. Pagamos tudo. Temos uma auditoria forense, dois meses de andamento e estão de cabelo arrepiado”. Peres também em entrevista ao canal “SantosPlay”, afirma que a diretoria anterior deu alguns calotes, como por exemplo os R$ 12 milhões devidos ao Hamburgo, pela compra do zagueiro Cléber Reis.

Segundo o mandatário santista, “pegamos um time que vem sendo destruído há 15 anos. A gente entrou para trabalhar e arrumar de uma vez. Farei 70 anos e a minha promessa é não deixar roubar. Santos é o RH da cidade. É uma teta gostosa com fila de emprego. Eu me assustei na primeira semana com os pedidos de emprego”. Peres pode tornar parte da instituição uma Sociedade Anônima (S.A.), podendo receber investimentos internacionais. Inicialmente, este projeto é de Nabil Khaznadar, candidato que também disputou a eleição santista em dezembro, porém terminou como o mesmo votado.

O projeto inicial de Nabil contempla preparar o clube para uma Sociedade Anônima, semelhante aos grandes clubes europeus, como o Bayer de Munique. O clube alemão vendeu 8,5% para a Allianz, Audi e Adidas. Ao final da negociação, 25% negociados proporcionaram uma receita financeira que posicionou o clube alemão dentre os mais fortes do  mundo. A intensão era no caso do Santos, de comercializar até 49% e profissionalizar a gestão.Nabil fez parte do processo de S.A. de marcas mundiais como a Ralph Lauren, Puma e Hugo Boss.