Tudo pode melhorar

Demorei a escrever esse texto tanto quanto para engolir a atuação da última quinta-feira (7). Estava esperançoso para uma boa partida, mas a ineficiência do ataque e as falhas na defesa me fizeram perder a linha até nos comentários. Não culpo ninguém. O conjunto foi muito mal em campo e a equipe necessita de reforços e mudanças no time titular.

Venho sendo até repetitivo nos textos quando falo sobre a pausa para a Copa do Mundo. Era muito importante aproveitar o máximo dos pontos nas partidas no Independência. Sabemos da dificuldade que é jogar fora de casa pelo Campeonato Brasileiro, mas não pontuar nas partidas longe de Belo Horizonte é quase inadmissível para esta competição. A derrota para o inquilino não complica, mas liga um alerta para a situação na tabela.

Resolvi, neste texto, não falar sobre a partida como um “pós-jogo”, mas sim, apontar algumas coisas para que uma melhora possa ser alcançada no rendimento da equipe. Se podemos ter um ponto positivo nos últimos jogos, este demonstra que aquele problema do desgaste físico para o segundo tempo foi superado e tornou-se uma situação passada e resolvida.

Luan: por que a insistência? 

Fiquei revoltado com o rendimento do ataque no primeiro tempo. Sobrecarregado, Aylon era responsável pela criação de jogadas, articulação e troca de passes no setor ofensivo. Luan e Judivan, respectivamente, foram pesos mortos. O primeiro, por sua vez, pode ser mais aproveitado, desde que seja deslocado para atuar como centroavante. O mesmo não enfrenta o Grêmio, amanhã, pois sentiu dores e foi poupado por Enderson Moreira.

Falando em substituto, o nome é unanime: Ademir. O camisa 19 vem demonstrando um ótimo futebol desde quando começou a entrar na equipe. Marcou seu primeiro gol contra o Atlético-PR e, contra o inquilino, teve ótima participação. Talvez Enderson Moreira esteja colocando-o aos poucos para que ele se adapte à equipe, mas, para mim, já passou da hora dele ser o titular.

Mudando de assunto, Judivan também não vem me agradando. Quando chegou, pensei que sua titularidade seria questão de tempo, mas eu estava enganado. Até fez algumas partidas boas, porém, quando teve uma sequência de jogos atuando na equipe titular, não rendeu. No seu lugar, é mais que óbvio que o Enderson vai optar pelo Rafael Moura. Permaneceu no América, mas tem que mostrar serviço e calar a boca.

“Serginho-dependência”

Claro que não vou comparar o Serginho ao Neymar com o assunto “dependência”, até porque nosso camisa 10 é muito mais craque que o atacante da seleção brasileira. O América precisa de mais um jogador para a função de armador para compor o elenco e, claro, ser mais uma opção neste setor. Quando Serginho vai mal, o time não consegue ter um bom rendimento ofensivo.

Serginho é o nosso artilheiro pelo Campeonato Brasileiro. Os adversários exercem uma marcação árdua ao nosso camisa 10. Para a jogada ter qualidade, a bola tem que passar por ele. No jogo contra o inquilino, acompanhado de perto pela marcação, ficou difícil disso acontecer. Cabe ao técnico Enderson Moreira estudar uma solução para esta situação.

O time ideal

Não iria expor minha opinião sobre a equipe titular, mas resolvi tocar neste assunto. Para a sequência do Campeonato Brasileiro, deixaria a equipe com Jori (João Ricardo); Norberto, Messias, Matheus Ferraz e Giovanni (Carlinhos); Christian, Donizete e Serginho; Aylon, Ademir e Rafael Moura (Luan).