Jorge de Moura Xavier nasceu no dia 5 de janeiro de 1991 na cidade de Goiânia. Fostes revelado no Vila Nova e tem passagens por Atlético Goianiense e Seongnam IC (Coréia do Sul). Atualmente está no Al-Qadisiyah (Arábia Saudita). Conhecido e reconhecido pelo passe e jogo clássico
1- Fostes revelado no Vila Nova, alternando a base e o profissional (por três anos). Quais foram os principais ensinamentos daquela época? O Tigre era o clube a qual torcia na infância? A equipe apresenta condições de revelar muitos jogadores de alto nível? Qual foi o seu principal momento no time?
R: No Vila Nova foi onde comecei, subi no profissional muito cedo aos 17 anos, foram três temporadas de muito aprendizado, onde aprendi a crescer como profissional e como ser humano. Não tive oportunidade de jogar no time principal, eu devo muito ao Tigre, tinha amigos que torciam o clube, apesar de não torcer para eles na infância. Acabei colocando a agremiação na justiça, mesmo não querendo sair desse jeito do Vila, cada um segue sua vida.
2- Atuou pelo Grêmio Anápolis e a posteriori pelo Atlético Goianiense. Poderia contar um pouco sobre a sua passagem pelo clube do interior goiano? Já sobre o Dragão, após seis anos de equipe, consideras a sua segunda casa? Diga-nos sobre a estrutura e a torcida do time? O fato de ter saído do rival para a equipe lhe atrapalhou no início ou isso foi indiferente? Como foi ser destaque na Série A mesmo com o rebaixamento? Comente sobre o título de Campeão Brasileiro da Série B em 2016?
R: O Grêmio Anápolis foi uma passagem rápida, sendo somente três meses, clube na época de terceira divisão goiana, onde fui muito bem e aprendi bastante. Minha ida para o Atlético Goianiense é uma história bacana que iniciei em 2013, meus primeiros seis meses não foram bons, onde tinha um contrato por temporada. Chegou outro treinador e gosto da minha atuação no jogo-treino, assim tive uma mudança de perspectiva na Série B começando bem e renovando por três anos. O ano de 2014 fui campeão estadual e quase subimos para a primeira divisão, sendo o destaque do time, o camisa 10 tendo maior responsabilidade. No tempo seguinte fui emprestado e voltei para o time começar a ganhar na segunda divisão e assim não caindo de divisão. Em 2016, não começamos bem no Goiano e a desconfiança apareceu, principalmente para mim, pois era um dos mais novos, voltamos e ganhamos quatro seguidas, da segunda rodada em diante estivéssemos no G-4 da Série B. Eu sou um cara respeitado no ACG, sou bem querido pela torcida, comissão e diretoria ao conquistar um título inédito, isso me deixou muito feliz. No ano de 2017 veio a primeira divisão, me senti honrado de jogar a Série A jogando a favor e contra grandes jogadores, fui artilheiro, mesmo sendo rebaixado fizemos um segundo turno muito positivo. O Atlético Goianiense me ofereceu as condições necessárias para trabalhar e eles me ensinaram muito.
3- Nunca atuou em times brasileiros fora de Goiás. Sentiu falta de ter passado por equipes de outros lugares do país? Se tivesse a oportunidade (proposta) de um clube, qual escolheria e por qual motivo?
R: Desde pequeno almejo jogar em times grandes, acabei recebendo propostas deles, mas não consegui acertar. Se eu tiver a oportunidade, tenho o sonho de jogar no Santos, penso nisso desde a época de infância.
4- Teve uma passagem rápida pelo Seongnam IC (Coreia do Sul). Como foi a sua adaptação a esta equipe, além cultura do país? Mesmo fazendo gols por lá, por qual motivo não conseguistes a sequência almejada? O que poderia ser retirado do futebol sul-coreano e ser implantado no futebol brasileiro?
R: Minha passagem foi muito boa no Seongnam, fui desconfiando e as pressas para minha primeira passagem fora do Brasil. Mas, eu fui é um cultura totalmente diferente, todavia o futebol me adaptei mais rápido, pois é próximo do meu estilo de jogo com rapidez e toque de bola. Tive que me adaptar a língua, frio, questão tática e somente voltei antes do fim de contrato (um ano), por causa da comida, emagreci em setes meses pedindo o meu retorno. Isso foi a questão de não ter adaptado totalmente, eu tinha um tradutor, tendo uma sequência interessante, sendo camisa 10 no clube que está na Liga dos Campeões da Ásia.
5- Acertou sua ida nesta temporada ao Al-Qadisiyah (Arábia Saudita). Como foram as negociações para acerto com o novo clube? O fato do técnico ser brasileiro (no caso Paulo Bonamigo) facilita na sua escolha e também já o coloca na frente pela disputa dos titulares? Achas que com os novos reforços, o clube consegue deixar de ser mero coadjuvante no campeonato?
R: Minha ida ao Al-Qadisiyah envolveu muitas pessoas, como eu, Atlético Goianiense, empresário e os sauditas. A comissão era brasileira, jogadores brasileiros, uma cidade muito boa, além do financeiro que era importante para minha família. O jogador sabe que a carreira é muito rápido, cheguei e não consegui a jogar com Paulo Bonamigo, pois foi demitido. Mas, iria ter sucesso com ele, pois é um ser que trata bem as pessoas, pessoalmente simples. Isso foi primordial para vir a agremiação, tentei me adaptar ao clima que era parecida com Goiânia, sobre a comida estou me adaptando, a língua um pouco difícil, mas tem tradutor. Fiz quatro gols e três assistências em seis jogos, o país tem cultura totalmente diferente, mas espero fazer grandes partidas e oferecer o meu melhor, estou feliz de estar aqui e quero cumprir meu contrato de empréstimo até 31 de dezembro. Na minha mente quero continuar, pois sou respeitado e adaptado com os jogadores.
6- Passou por diversas equipes, qual o melhor momento da sua carreira até aqui? Quem sempre foi sua inspiração no futebol? A carreira como jogador de futebol nem sempre é algo fácil, quais foram as maiores dificuldades que você enfrentou ao decidir seguir essa profissão?
R: Sem dúvidas no momento, o maior foi no Atlético Goianiense, onde fui campeão estadual e da Série B ficando entre os melhores do estado e destaque no Brasileiro. Todos pensam que é fácil, tendo uma vida boa com dinheiro e viagem, mas não veem o lado ruim como deixar a família com muita concentração e pré-temporada. A saudade vem, mas escolhi essa profissão e tenho que passar por isso, então sou um cara que tenho metas e buscar uma condição positiva e representar a seleção brasileira. Fico muito feliz de ter nascido no Brasil, a carreira tem momentos bons e ruins, passando por ser o pior atleta e ser vaiado, sou profissional, reservado e me cuido muito, sendo grato a Deus por ter me concedido nisso. Principalmente de ter vivido numa área bem difícil (malandragem), onde tinha poucas escolhas. Vejo as crianças se espelhando em mim, onde nasci num bairro simples, mesmo não passando fome, isso me motiva em ajudar minha mãe e meu pai.
7- Qual o seu conselho para a nova geração de meios-campistas no nosso país? Ao mesmo tempo fale sobre os treinamentos e o esforço que é ser jogador de futebol atualmente.
R: Assim, conselho não tenho muito o que falar. Mas, dentro de campo, gosto de chegar muito dentro da área, faço primordial para fazer os gols. Deixo os jogadores na cara do gol, então essas são as minhas palavras aos novos meio-campistas, tentar dois toques ou um no máximo. Tive dificuldade na carreira, também na vida da família, em tudo seja profissional, pois não é fácil ser jogador, pois tem treino, pré-temporada. Porém, é algo prazeroso, por causa que sou alguém na vida por causa do esporte.
Imagem: Al-Qadisiyah (Arábia Saudita).
8- Uma mensagem para os colunistas e leitores do site mercadodofutebol.com?
R: Fala galera do Mercado do Futebol, estamos juntos, acompanho vocês no Instagram. São maneiras as suas postagens, tudo sobre futebol e transferências. Obrigado pelo carinho, é nós.