Botafogo/PB 2×1 Náutico – Crônicas de um desastre anunciado

Ao final da série C de 2018, após ser eliminado pelo Bragantino nas quartas de final do nacional, o Náutico parecia fortalecido para 2019. Renovações importantes, manutenção do incontestável Márcio Goiano (naquele momento), reinauguração dos Aflitos.

A torcida alvirrubra estava em namoro com o time e extremamente esperançosa para um 2019 muito bom. Porém, mas ao final de 2018, começaram alguns pontos contestavéis. Renovações de: Luiz Carlos, Gabriel Araújo, Rafael Assis (nem tanto). E algumas infelicidades como as lesões de Rafael Oliveira; a má fase de Suélinton, Luiz Henrique e Robinho; o fato de não trazer outro zagueiro experiente e um meia de referência.

No começo da temporada desgastaram Wallace Pernambucano e Jorge Henrique desnecessariamente em jogos contra times de pouca expressão. Não testaram: Nahuel Cisneiros, Matheus Carvalho, Alan Patrick. Foram sucessivos erros que nos levaram à eliminação para o Santa Cruz na Copa do Brasil.

Logo após, chegamos à final do Campeonato Pernambucano. Robinho voltando de lesão, sem ritmo de jogo e é escalado num jogo de final. O resultado é que ficou sumido em campo. O Náutico ficou preso na marcação do Sport e perdeu (mesmo que com gol irregular) o primeiro jogo da final, em pleno Aflitos.

Chegamos à semifinal da Copa do Nordeste. O time completamente esfacelado, cheio de meninos da base, as principais contratações entregues ao DM. E um Botafogo/PB em boa fase e encaixado. Os garotos até foram guerreiros, jogaram um bom primeiro tempo, conseguiram o empate após sair perdendo. Mas, o time cansou e o Náutico não tinha opções viáveis no banco.

Márcio Goiano coleciona eliminações, defesa má posicionada, o time não encaixou, erros na montagem do elenco, mudanças que ninguém entende na escalação e em alterações durante o jogo. O Náutico não têm um time ruim, tem um time limitado, mas que poderia render mais com um técnico de melhor leitura de jogo.

A torcida alvirrubra conta com a direção, apoia muito, está extremamente satisfeita com a política de austeridade. Mas, muita coisa precisa ser revista. Inclusive o comando técnico da equipe. O senhor Márcio Goiano não consegue acertar o time, já teve tempo suficiente para isso e nada fez. Mantê-lo no cargo por todo esse tempo, é temerário e arrisca o acesso à série B. O episódio desta quinta-feira(09) foi apenas uma crônica de um desastre anunciado.