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Mesmo com cautela da diretoria, acerto de joia da base é dado como certo por empresário

Enfim, o contrato do meio campista Sandry, está próximo de sair. O meia de 16 anos, que é agenciado por Giuliano Bertolucci, está muito próximo de assinar seu primeiro contrato com o Santos, segundo seu próprio empresário, com uma multa rescisória de 50 milhões de euros (R$ 210 milhões aproximadamente) e um substancial aumento de salário.

Desde a chegada de Sampaoli, Sandry, que tem apenas 16 anos, foi promovido ao elenco profissional. O meio campista, que é um dos destaques da diretoria da base participou de vários treinamentos com o time principal, mas foi afastado, por conta da sua situação contratual que não se resolvia, com a diretoria. Atualmente, o jogador tem apenas contrato de formação com o Santos, que vai até novembro. Sua permanência é um pedido de Sampaoli, que aposta no seu desenvolvimento profissional. Sandry estreou contra o bragantino, ainda no Campeonato Paulista e foi também para o jogo contra o Altos/PI, pela Copa do Brasil e posteriormente, acabou treinando separadamente dos demais jogadores do elenco.

ENTENDA O CASO

Há pouco mais de um mês, Sandry quebrou o silêncio e falou sobre sua situação, em entrevista para o site Gazeta Esportiva. “Eu cheguei na terceira semana de preparação, três dias depois da Copinha. Reginaldo Lima (membro do departamento) me ligou e disse que eu treinaria apenas para compor, que seria um apoio. Mas o auxiliar de Sampaoli conversou comigo logo no primeiro treino e fui relacionado para meu primeiro jogo, depois de uma semana (contra a Ferroviária)”.

Depois, veio o afastamento do jogador, o que o deixou incomodado com a situação. “Fui afastado depois do jogo contra o Red Bull em Campinas. Quando cheguei no treino, o segurança disse que o Gabriel Andreata (gerente de futebol) queria conversar comigo. Ele avisou que eu estava afastado e voltaria para o sub-17. Na mesma semana, teria um jogo sub-20 e eu não fui jogar (orientação da família e empresários). Desde então, joguei duas vezes pelo sub-17 e fui para os largados. São dois meses treinando em separado”.

Segundo o pai de Sandry, o jogador chegou a se sentir humilhado com a situação. “Alguns dias, fui levar no CT e ele me ligou 10 minutos depois dizendo que não tinha ninguém. Ou o treino durou 20 minutos. É uma humilhação”. Sandry ainda seguiu treinando com os jogadores que não estavam sendo aproveitado pelo técnico Jorge Sampaoli. A pedido do técnico do sub-17, Márcio Griggio, Sandry solicitou aos empresários e ao pai, para poder atuar no Campeonato Brasileiro da categoria, para se manter em atividade. “Depois de um tempo, ele voltou a treinar no sub-17. Poderia dar migué, mas o Márcio Gríggio, deu parabéns pela entrega. Sandry pediu para jogar, a gente deixou e ele foi para campo. No jogo contra o Palmeiras, numa quinta-feira, levou pancada e jogou segundo tempo machucado. Eu disse que ele poderia atrapalhar ao invés de ajudar por causa da dor. Na sexta, fui para o hospital às 14h e saímos às 19h, até a aula ele perdeu na escola. E ele foi para o jogo contra o Vasco na segunda seguinte. Não teve tratamento no fim de semana pelo Santos, mas fizemos tratamento em casa por um pisão no pé. Sandry não aguentou jogar, saiu de campo e o time perdeu para o Vasco. No dia seguinte, ele foi novamente afastado”, fala Carlos.

A situação piorou após o segundo afastamento no ano, quando o pai de Sandry procurou a base do Santos para entender o novo afastamento. A conversa se tornou uma forte discussão com o gerente Marco Maturana, “Eu fui no clube e procurei saber o motivo, já que a notícia veio pelo massagista. Alegaram queda de produção, mas eu levei o notebook com o jogo gravado. O gerente disse que não viu o jogo e que soube pelos funcionários. Pedi para vermos o jogo, ele recusou. Disse que o Sandry precisa resolver os jogos. Perdi a razão porque vi maldade. Discutimos. Se ele falasse que afastaram por causa do contrato, tudo bem, é normal, mas mentir não dá”, disse o pai.

Diante de toda situação, a vontade de Sandry é de permanecer no Santos. Para o empresário do jogador e seu pai, a renovação deve acontecer nos próximos dias. “É o time que abriu as portas desde os anos. Quero jogar aqui, sempre foi meu sonho. Isso não era para estar assim”, afirma o jogador. Mesmo com a relação desgastada entre a base e o pai do jogador, o presidente José Carlos Peres pessoalmente trabalha a renovação do contrato, em contato direto com Giuliano Bertolucci, com poucos avanços nas negociações.