Mauricio de Carvalho Antônio nascido no dia 6 de fevereiro de 1992 em São Paulo. Revelado na base do São Paulo Futebol Clube. Passou por Audax (SP) e Portimonense (Portugal). Atualmente está no Urawa Reds (Japão). Conhecido e reconhecido pela segurança na defesa e bom posicionamento
Um esporte além do futebol? R: Futevôlei.
Música nacional ou internacional? R: Nacional.
Um local para viajar? R: Europa.
Um momento marcante? R: Meus dois gols no Mundial 2017.
Maior orgulho? R: Ser pai.
Maior arrependimento? R: Não ter treinado mais na base.
Um filme? R: A procura da felicidade.
Uma música? R: Pra ser Feliz – Daniel.
Comida favorita? R: Arroz, feijão e linguiça.
Doce ou salgado? R: Doce.
Foto: Urawa Reds (Japão).
1- Fostes revelado pelo São Paulo FC, mas nunca teve a oportunidade de atuar no profissional da equipe. Por quais motivos acha que não conseguiu tal feito? Seria um sonho para você retornar algum dia ao time paulista? Como analisas o atual momento do tricolor (saída de Cuca e chegada de Fernando Diniz)? O que nos poderia falar sobre a sua formação na equipe?
R: Fiz toda a minha base no São Paulo e tenho grandes recordações daquela época. Tivemos um time campeão com Lucas (Tottenham), Casemiro (Real Madrid) e alguns outros. Quando eles subiram para o profissional, pediram para esperar mais um pouco, algo normal para zagueiro, mas eu queria a minha chance também no time de cima. Apareceram algumas propostas de outras equipes e achei melhor arriscar. Sobre voltar, qual jogador não gostaria de jogar em uma equipe grande como o São Paulo? Se tivesse um convite e fosse bom para todos os envolvidos, jogaria facilmente. Sei que o time vive um momento diferente, de reconstrução, mas só tenho boas lembranças do clube, no qual aprendi muito como atleta e pessoa.
2- Tens passagens por Osasco Audax, Penapolense, Pelotas-RS e Juventus. Como avalia o seu início de carreira nessas equipes? Para você houve algum destaque que poderia mencionar para nós? Como analisas a torcida e a estrutura de cada equipe? Como foi para você atuar fora de São Paulo? Repetiria a ação? Para ti, qual desses times tem maior condição de chegar à uma Série C de Brasileiro e por qual motivo?
R: Tudo o que passei na carreira foi alicerce para chegar onde estou hoje. Aprendi muito vivendo em alojamento, dividindo quarto com os companheiros. Se o jogador é interessado, ele absorve muito crescimento nessas situações. Hoje, depois de tanto tempo, os clubes mudaram muito e não consigo dizer qual time tem maior condição de estar na Serie C do Brasileiro. O próprio Audax, que estava na final do Paulista recentemente, agora já não vai bem e sofre para voltar a elite. É necessário ter uma gestão séria e interessada nesses clubes.
Foto: Urawa Reds (Japão).
3- Em Portugal, chegou a atuar pelo Portimonense, Porto B e Marítimo. Buscas o passaporte português, já passou em sua mente atuar na seleção do país? O passaporte europeu lhe facilitaria um retorno nos próximos anos ao Velho Continente? Como avalias as suas passagens por essas equipes? Como foi ter a chance de estar no time B de um dos grandes de Portugal? Teve melhor momento no Portimonense ou no Marítimo em seu pensamento?
R: O meu passaporte está em tramitação, é algo que sairá em breve. Com ele em mãos, acho que jogar na Europa facilita para qualquer um, pois não ocupa vaga de estrangeiro e não torna uma decisão muita maior na hora de contratar. Porém, não estou pensando nisso no momento. Tenho contrato com o Urawa, minha família está muito bem adaptada e jogo em um clube que sempre luta por grandes competições. Sobre atuar pela seleção portuguesa, não fecharia nenhuma porta. Claro que existe o desejo de voltar a jogar pelo Brasil. Fui campeão sul-americano sub-17 ao lado do Neymar, Coutinho, Casemiro, Alisson. Sou da mesma geração. Então existe esse desejo também. Minha passagem em Portugal foi excelente, cheguei ao Portimonense e ajudei o time no caminho para o acesso. Depois fui para o Porto e fui campeão da Segunda Liga, algo inédito em Portugal e que aconteceu apenas uma vez na Europa, com o Real Madrid Castilla. Depois de treinar com a equipe principal dos dragões, senti que estava pronto para jogar a Liga NOS. O Porto não me deu essa certeza e o Marítimo fez uma proposta. Acreditei no meu potencial e acertei na mosca. Montamos um grande time e chegamos à Liga Europa, algo inédito no clube. Fui eleito o melhor zagueiro do Campeonato Português e as portas se abriram. Portugal foi marcante na minha vida.
4- Atualmente está no Urawa Reds (Japão). Fostes campeão da Suruga Bank e da Liga dos Campeões da Ásia, conte-nos como foram essas experiências? Chegou a marcar gols no Mundial (contra o WAC do Marrocos), como foi essa sensação para sua pessoa? Por quais motivos não foi utilizado contra o Al Jazira no jogo seguinte? Acreditas que se tivesse em campo o resultado poderia ser diferente? Quais são as suas perspectivas para o decorrer da temporada?
R: Em dois anos no Japão, já tenho três títulos. A Suruga eu ganhei logo nos meus primeiros meses. Depois veio o AFC Champions. Por fim, ainda venci a Copa do Imperador. Eu, quando entro em campo, entro sempre para vencer. Meu prazer é vencer títulos, então quando conquisto isso, não há sentimento melhor de dever cumprido. Depois de vencer a Champions, fomos ao Mundial com o desejo de fazer uma grande competição. Eu, na verdade, não joguei a primeira partida porque estava com um desconforto muscular. Fui poupado, mas acabamos surpreendidos. Já na segunda partida, eu estava liberado, atuei e marquei dois gols no jogo. Um deles, inclusive, um dos mais bonitos da competição, de fora da área. Eu terminei o mundial como artilheiro ao lado do Cristiano Ronaldo, ou seja, satisfação enorme em marcar o nome no campeonato junto com um cara como ele. Esse ano estamos focados em vencer novamente a Champions Asiática. Estamos nas semifinais e buscaremos fazer valer nosso nome, tradição e jogo para alcançar esse título. É sempre difícil, mas temos desejo de terminar o ano com um prêmio para os nossos incansáveis torcedores.
Foto: Urawa Reds (Japão).
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R: Espero que vocês sigam com esse trabalho sério, bonito e que os leitores possam, cada vez mais, acompanhar o material de qualidade que a equipe produz. Muito sucesso a todos e obrigado pelo espaço. Um grande abraço.