A Libertadores se vai, mas o Amor fica!
Palmeiras goleia o River Plate mas está fora da Libertadores.
Lutamos até o fim, mas “perdemos” para nós mesmos. Não no jogo, mas nesta Libertadores. Acontece, é normal. Não se ganha sempre, até porque ganhar sempre é chato. A frustração é importante para a próxima alegria ser imensa, ser valorizada, ser exclusivamente comemorada. Poderíamos ter passado? Claro. Tínhamos chance, mas deixamos escapar. Não lamento o empate no primeiro jogo contra o River. Nem o gol que não saiu dos pés do Lucas, aos 49, contra o Nacional, no Allianz. Nem o gol de falta do Donatti, na sorte do desvio. Nem a falta de atenção na jogada ensaiada que originou o gol do Cervi. Nem o pênalti que resultou na virada. Nem a expulsão. Nem nada. Erros acontecem e isso não podemos mudar. Mas o que move a paixão do torcedor palmeirense é acreditar sempre, não importa o quão difícil seja. O Palmeiras já provou que é PALMEIRAS. Já provou que é gigante. Mas como todo gigante, ele caiu, mas caiu lutando, caiu brigando, caiu acreditando. A pancada foi forte, apesar da gente ter goleado. Mas para todo fim, um recomeço. Fim de uma competição, de um jogo, porque o Amor, ah, o Amor pelo Palmeiras, isso nunca acaba. Ressurgiremos ainda mais imponentes, ainda mais palmeirenses, POR NOSSO ALVIVERDE INTEIRO!

O JOGO
O Palmeiras entrou em campo sabendo que não dependia só de si, mesmo assim se impôs desde o início. Mesmo sem Dudu (no banco) e Gabriel Jesus (suspenso), a equipe não perdeu na parte ofensiva. Allione e Robinho fizeram uma boa dupla no meio, aliás, o camisa 27 iniciou a jogada do primeiro gol. Após tentar tabelar com Barrios, o meia caiu, mas continuou com a bola e mesmo no chão tocou para Egídio, que livre de marcação, chutou e a bola desviou no zagueiro e enganou o goleiro Pérez, aos 18 minutos. Ao longo da primeira etapa, o Verdão continuava melhor, mas pecava nas finalizações. E para piorar, o Rosario saiu na frente. A torcida sentiu e passou para os jogadores em campo. Porém, aos 48, Alecsandro, fazendo papel de meia achou Allione em velocidade, que entrou na área e bateu na saída do goleiro, a bola bateu na trave antes de morrer no fundo das redes. O Verdão foi para o intervalo com o 2 a 0 no placar, mas com o gosto amargo de saber da derrota do Nacional. Na volta do segundo tempo, a equipe alviverde não tinha o mesmo ímpeto, reflexo do que vinha das arquibancadas. Tentando mudar isso, o técnico Cuca chamou Erik e Cleiton Xavier. Após 240 dias, o camisa 10 enfim voltaria aos gramados. Os dois atletas entraram nas vagas de Lucas Barrios e Robinho, respectivamente. O Verdão melhorou, principalmente com a boa entrada de Cleiton, que parecia melhor fisicamente, participando mais do jogo, e aos 27, após passe de Egídio, o meia achou Alecsandro, que completou para o gol e o goleiro Perez deu rebote, na sobra, Allione empurrou para as redes, fazendo o segundo gol e terceiro da equipe. Naquela altura, o Rosario já havia feito o segundo e tirando completamente as esperanças de classificação. Mas o time continuou pra cima, jogando pelos mais de 30 mil torcedores presentes no Allianz Parque. E aos 34, Alecsandro é empurrado por Flores e árbitro marcou pênalti. O próprio camisa 29 foi para a cobrança e bateu firme, no canto direito, sem chances para Perez. Com o placar elástico, mas sem a vaga na próxima fase, o Verdão não fez mais nada até o apito final.
O Palmeiras agora foca suas atenções no campeonato paulista, já que volta à campo na próxima segunda-feira (18), às 21h (de Brasília), contra a equipe do São Bernardo, no Allianz Parque. Já o River visitará o Danubio no domingo (17), às 15h30, pelo campeonato uruguaio.

Ficha Técnica
PALMEIRAS 4 x 0 RIVER PLATE – URU
Local: Arena Allianz Parque, São Paulo – SP;
Data: 14 de Abril de 2016 (Quinta-Feira):
Horário: 21h45 (Horário de Brasília);
Trio de Arbitragem: Oscar Maldonado (Árbitro – BOL); Wilson Arellano e Jose Antelo (Assistentes – ambos da BOL);
Público: 30.416 torcedores
Renda: R$ 1.720.776,14
Cartões Amarelos: Alecsandro (Palmeiras); Federico Pintos (River Plate – URU);
Gols: Egídio aos 18, Allione aos 48 minutos do primeiro tempo, Allione aos 27 e Alecsandro aos 34 minutos do segundo tempo.
