A sinfonia não desafinou! O Palmeiras achou o tom!

Não existe maneira correta de compor uma sinfonia. Há sim os instrumentos chaves, essenciais para que a Orquestra ocorra, além de, obviamente o Maestro, que a conduz e a plena harmonia entre os integrantes. O futebol é assim. Por mais que o esquema tático esteja bem definido, e os jogadores, bem “afinados”, a sincronia do time como um todo deve ser perfeita para que o ato não seja prejudicado.

Não era o que ocorria com o Palmeiras. Nos últimos jogos, o time alviverde tinha deixado – e muito – a desejar. O time comandado por Roger Machado enfrentaria um rival que nunca tinha ganhado no Allianz Parque: São Paulo, até então invicto no Campeonato Brasileiro.

O primeiro tempo seguiu com um time apático, sem muita criatividade, e errando posicionamentos. Após uma falha incrível do zagueiro Edu Dracena, o Tricolor Paulista, com o gol de Marcos Guilherme, conseguiria um feito inédito: terminar o primeiro tempo vencendo a partida.

Entretanto, o Palmeiras achou o tom, e voltou para o segundo tempo com raça e ousadia. Aos 10 minutos do segundo tempo, William empatou para a equipe alviverde. A partir desse momento, a torcida que outrora havia se dividido em duas: uma que continuava cantando, e outra que se calava e reclamava, se tornou uma novamente e jogou junto a partida como um só espirito. Algo que deu resultado. Em apenas 15 minutos, com gol do William aos 21, e de Dudu aos 23, o Verdão se consagrou e virou a partida, mantendo a invencibilidade contra o São Paulo desde que fora estreada a Arena.

Em meio a um dos jogos mais emocionantes, além da atuação impecável no segundo tempo do William, vale ressaltar a emoção da comemoração do Dudu, no terceiro gol do Palmeiras. Muito criticado pela torcida, o camisa sete, “calou” muitos críticos após, com um peixinho, legitimar a vitória de sua equipe, e ir ao encontro dos torcedores localizados ao entorno do setor Gol Norte. A torcida explodiu, e em uníssono, transformou o Allianz Parque em um dos espetáculos mais bonitos. Era o grito de alívio de almas que puderam voltar a respirar – e acreditar – tranquilamente.

 

Foto: Cesar Greco

 

A vitória contra o São Paulo, além de amenizar a tensão dos corações Palestrinos, comprovou mais uma vez que, um dos principais instrumentos para se vencer uma partida é a raça. O time do primeiro e do segundo tempo, eram praticamente o mesmo. Todavia, o fator vestiário, citado pelo Felipe Melo posteriormente em entrevista, foi essencial. É preciso ter paciência, sem dúvidas. No entanto, mais do que isso: é preciso ter raça e fé.

O próximo adversário da equipe Palmeirense, será o Grêmio na quarta-feira (07/06).

É Palmeiras, nós “iremos achar o tom, um acorde com lindo som, e fazer com que fique bom outra vez o nosso cantar (…) o show, tem que continuar”.