Francisco Manoel Marino Clavero nasceu no dia 29 de janeiro de 1993 na cidade de Bauru-SP. Atleta revelado no Palmeiras e com passagens por São Bento e Joinville. Atualmente está no Hamrun Spartans, de Malta. Conhecido e reconhecido pela rapidez e habilidade
1- Antes de ir para a base do Palmeiras teve passagens pela Patrocinense, Santo André e Desportivo Brasil. Como foi as experiências nestes clubes? Poderia nos falar um pouco do modelo de gestão do Desportivo Brasil e se achas que está rendendo frutos? A posteriori teve uma passagem pelo profissional no clube do ABC Paulista, poderia contar sobre este momento?
R: A passagem que tive nesses clubes foi fundamental para meu desenvolvimento profissional. Santo André na base, Patrocinense profissional, Desportivo Brasil Profissional/Copa São Paulo 2012. O Desportivo Brasil, sem dúvidas está entre os grandes do futebol brasileiro em formação de atletas, onde existe pessoas sérias e uma grande estrutura para o desenvolvimento dos atletas. Minha segunda passagem pelo Santo André já foi pelo profissional, onde fui emprestado pelo Palmeiras. Naquele ano, disputei a Série D do Brasileiro e Série A2 do Paulista em 2014 onde tive uma ótima passagem pelo clube do ABC onde pude voltar valorizado para o Palmeiras.
2- Chegando ao Palmeiras teve destaque na Copa São Paulo de Futebol Júnior, despertando o interesse da comissão técnica profissional. Queremos saber como foi ter participado da competição em 2013? O fato do clube não ter sido campeão ainda neste campeonato atrapalha no desenvolvimento de desempenho do elenco? Achas que o fato do alviverde não ter revelado um atleta de nohall durante alguns anos deixava a responsabilidade maior para vocês? Comente agora sobre a base palestrina, acreditas que os garotos terão maiores oportunidades em 2018?
R: Foi ótimo ter disputado uma Copa São Paulo pelo Palmeiras, onde quase conseguimos o título. Lembro que na época lamentamos muito a eliminação na semifinal pois tínhamos uma ótima equipe e vimos o tão sonhado título de perto. O conjunto da equipe me ajudou a ser um dos destaques do time naquela época, acredito que sim, pois naquela época a última revelação que o Palmeiras tinha era Vagner Love, e a pressão era grande também pelo Palmeiras nunca ter ganhado uma Copa São Paulo, então as coisas se juntavam. Hoje sem dúvidas a base do Palmeiras está entre as 3 melhores do Brasil, em termos de estrutura e bons profissionais desenvolvendo um ótimo trabalho. Depois a grande revelação Gabriel Jesus, o Palmeiras vem fazendo um ótimo trabalho com a categoria de base e vem dando oportunidade para os garotos.
3- Em 2014 conseguiu participar de duas partidas com a camisa do Palmeiras, isso era um sonho de infância? Eras torcedor do alviverde? Conte sobre sua estreia contra o Goiás pelo Brasileiro por 2 a 0? O treinador interino na época era Alberto Valentim, achas que ele seria um nome interessante para ser técnico do clube em um futuro próximo?
R: Sim, consegui realizar meu sonho de estrear com a camisa do Palmeiras no profissional, pois era um sonho de infância e por ser torcedor do clube. Me lembro como se fosse hoje, não seria relacionado para aquela partida, estávamos no treino dois dias antes da partida no rachão e ali o Alberto Valentim me chamou e disse que se o Marquinhos Gabriel não fosse relacionado, eu iria para o jogo. No final do treino, tive a notícia que o Marquinhos não seria relacionado por algum desconforto e ali então recebi a notícia que iria para a concentração com o grupo, passou um filme em minha cabeça sobre tudo que já tinha passado e onde estava naquele momento, uma sensação inexplicável para um garoto. Trabalhei com o Alberto, e todos sabem da capacidade e da performance de trabalho dele, tenho certeza que em breve estará novamente em um grande clube ou até mesmo no comando do Palmeiras.
4- Após a chegada de Ricardo Gareca foi emprestado ao Joinville Esporte Clube. Poderia fazer uma inferência sobre a torcida e a estrutura do time? Comente sobre sua passagem pela equipe? Como viu o rápido declínio do clube da Série A para a Série C do Brasileiro? Achas que esse ano o time pode subir de divisão?
R: Naquela época o Joinville tinha batido na trave em dois anos seguidos e não conseguiu o acesso, acabei tendo propostas de dois clubes da Série b naquele ano, e acabei optando pelo Joinville por saber da estrutura e por brigar por subir em dois anos anteriores. Minha passagem não foi das melhores, acabei jogando bem pouco, mas foi ali que tive amadurecimento, ali que vi que as coisas eram diferentes e que já não era mais um menino e sim um jogador com responsabilidades, foi ótimo estar naquele forte grupo que tínhamos onde conquistamos o acesso e também o título. Depois daquilo o Joinville acabou sendo rebaixado em dois anos seguidos e foi muito triste ver que o que construímos em um ano muito bom acabou sendo destruído nos outros dois anos, torço muito para que o clube se reestruture e que consiga chegar na elite, pois é um grande clube com uma torcida muito fanática que vive e respira o clube.
5- Tens passagens por São Bento, Rio Claro-SP e São Paulo-RS. Qual foi o melhor momento para você em ambas as equipes? Quais as diferenças em termos de organização do futebol paulista para o futebol gaúcho (em termos de Interior)? O São Bento em 2015 já apresentava aspectos em termos de estruturas para esta grande ascensão (de sem divisão para a Série B do Brasileiro)?
R: No São Bento tive uma passagem discreta por ter me lesionado, mas é um clube que tenho muito carinho pelas pessoas que lá estão e pela gestão e desenvolvimento do clube, pode ter certeza que essa crescente já vem desde 2013 quando o clube começou a se estruturar, e sei que conseguirá ir mais longe é um clube que torço de coração. No Rio Claro comecei muito bem o Paulistão de 2016, mas infelizmente tive outra lesão que acabou me atrapalhando, quando me recuperei já estava no fim do campeonato e acabei não podendo ajudar a equipe. Já no São Paulo de Rio Grande tive maior sequência de jogo, porém não conseguimos a classificação para as finais, foi uma passagem positiva pelo clube do Sul.
6- Sua primeira experiência internacional foi no Sisaket, da Tailândia. Como foi a adaptação a nova cultura e ao estilo de jogo tailandês? Poderia nos dizer um aspecto positivo em se atuar no país? Atualmente está no Hamrun Spartans, de Malta, o país que agora atrai muitos brasileiros para jogar lá, quais são os motivos para que o país chame a atenção de tantos atletas, mesmo tendo um futebol pouco visto? Quais são as suas expectativas nesta temporada?
R: Minha adaptação foi bem rápida na Tailândia um lugar que criei uma grande afinidade me sentia em casa, um país muito bom de se viver e trabalhar, o estilo deles e como aqui no Brasil sabem tocar bem a bola e um jogo rápido. Os torcedores são bem receptivos, te vêem na rua e correm para te abraçar, para dar autógrafos e tirar foto, um país que sempre levarei comigo pelo carinho que criei. Tive a proposta do Hamrun Spartans por uma temporada onde o clube me ofereceu um projeto que acabei aceitando, sabia do futebol em Malta, mas quis aceitar a proposta e estar em atividade, além de melhorar os meus números. Um país que chama atenção pelo número de Brasileiros e por estar crescendo no futebol, pois é uma liga que dá vaga para a Champions e da Europa League.
7- Diga-nos um sonho que ainda não realizou no futebol, e achas que ainda tem condições de realizar até o fim de sua carreira?
R: O grande sonho é poder voltar a atuar em um grande do futebol Brasileiro e poder demostrar um bom trabalho, esse é o objetivo.
8- Chico, deixo essa última pergunta para você mandar um recado aos torcedores do Palmeiras e a todos os leitores do site Mercado do Futebol.
R: Quero agradecer a vocês pela oportunidade e deixar um grande abraço para todos que acompanham esse belo trabalho que vocês vêem desenvolvendo.