“Eô, eô, Gabriel é um terror” entrevista com Gabriel, o Pitbull do Verdão.

Nascido em Campinas, Gabriel com 12 anos já jogava futebol de salão no Sesi da cidade. Dois anos depois foi chamado para as categorias do Paulínia Futebol Clube, onde ficou do Sub-15 até o Sub-20. Em 2011 o volante se transferiu para o Botafogo, onde ganhou destaque e lutou para conquistar seu espaço no time principal e com isso se consagrou campeão carioca, em 2013. No ano seguinte apesar da má fase do time, que acabou sendo rebaixado para a série B, Gabriel se sobressaiu terminando o campeonato brasileiro como líder no quesito desarmes.

Em dezembro de 2014, foi anunciado como novo reforço do Palmeiras e no ano seguinte foi eleito o melhor volante do Campeonato Paulista, junto do companheiro de equipe Arouca. O desempenho e dedicação de Gabriel em campo rendeu homenagens e o carinho da torcida do verdão, com a grito: “Eô, eô, Gabriel é um terror” e o apelido de Pitbull. Infelizmente o atleta machucou gravemente o joelho esquerdo durante uma partida contra o Atlético-PR e ficou fora do resto da temporada de 2015.Voltou aos gramados em março de 2016, porém dois meses depois teve uma grave lesão na coxa. Hoje recuperado, a torcida do Palmeiras pede e torce muito pela volta do “Pitbull”.

(FOTO: CESAR GRECO / FOTOARENA)
Foto: Cesar Greco/ FOTOARENA

Mercado do Futebol: O que foi fundamental para a sua rápida recuperação, que só era prevista para setembro?

Gabriel: Quando eu machuquei o joelho, foi a mesma coisa, consegui voltar antes do previsto. Primeiro, eu sou um cara que gosta muita do que faz, me dedico muito, seja nos treinamentos ou na fisioterapia. E o clube foi fundamental também, a estrutura é ótima e os profissionais muito capacitados. Atualmente, todos os atletas estão voltando antes do prazo. Tenho que agradecer muito ao departamento médico, aos fisioterapeutas e aos preparadores físicos do Palmeiras.

Mercado do Futebol: Você despertou o interesse do Palmeiras devido às grandes atuações com a camisa do Botafogo. Quando chegou, manteve o alto nível e o cogitaram até na seleção, posição que hoje, sabemos que ela está carente. Você acredita que, se não fossem as lesões, estaria presente na seleção canarinha?

Gabriel: Não sei. Realmente estava em uma fase muito boa em 2015, antes da lesão. Mas são coisas que acontecem no futebol. Ainda sou novo e seleção é algo que eu almejo sim. Hoje, no entanto, prefiro pensar em voltar a ser titular e deixar isso acontecer naturalmente.

Mercado do Futebol: Para você qual foi o momento mais marcante vestindo a camisa do Palmeiras?

Gabriel: O meu começo foi muito legal. A torcida criou uma identificação comigo desde o início, me apelidou de pitbull… creio que o começo, quando marquei dois gols, foi marcante. E, claro, mesmo estando machucado, comemorar o título da Copa do Brasil foi mágico e inesquecível.

Mercado do Futebol:  você sempre se dedicou ao máximo e fez ótimas partidas, a torcida pede sua volta nas redes sociais, tudo isso te motiva mais? O quanto foi importante as mensagens para sua recuperação?

Gabriel: Sempre falo da torcida do Palmeiras. Eles tiveram um papel importante nas minhas recuperações, tanto nas redes sociais quanto nas ruas. É um carinho muito legal, motiva muito a gente.

Gabriel atendendo os torcedores,em Chapecó. (FOTO: CESAR GRECO / FOTOARENA)
(Foto: Cesar Greco/ FOTOARENA)

Mercado do Futebol: O Palmeiras vem em uma campanha muito boa, porém nos últimos jogos não está conseguindo sair com vitória, o que você acha que está faltando para o Palmeiras conseguir sair vencedor? E na concentração, como o grupo trabalha eventuais momentos ruins?

Gabriel: Houve uma queda de rendimento, uma oscilação, que é normal em um campeonato tão equilibrado como o Brasileiro. Em Chapecó e contra o Vitória, já voltamos a jogar melhor, a ter mais atitude e as coisas só tendem a melhorar agora. E o ambiente interno é muito bom, é muito saudável. Sabemos a hora de brincar e a hora de cobrar um do outro