“Eu tive sorte na vida de chegar no Ceará, me estabilizar e ter sequência na carreira”, define Leandro Carvalho em entrevista ao MF

O futebol brasileiro a cada ano perde a chance de revelar grandes atletas por causa da falta de condições financeiras e de estrutura de algumas agremiações, mesmo com todas as dificuldades inerentes, Leandro Carvalho é grato pelas portas abertas no Papão. Em conversa ao MF, ele definiu da seguinte maneira seu início: “Sou paraense, todo mundo sabe, mas o futebol no estado passa por uma crise muito grande. Temos bons jogadores, mas falta investimento e valorização. Isso faz com que muito jogador da base acabe desistindo de se tornar profissional. Sou torcedor do Paysandu, respeito o clube e espero que ele volte aos bons tempos de glória onde nunca deveria ter saído”.

Aos 25 anos, o atacante foi revelado no Papão, onde marcou 8 gols em 55 jogos (em três passagens). Ele relata a sua trajetória na base: “Sobre os ensinamentos sou grato ao Carlos Alberto e além dele outros membros como Nadio, Paulinho, Vadinho, Lindomar e o Zacarias, cozinheiro. O maior conhecimento foi sobre essas pessoas que sempre me ajudaram e nunca me deixaram desistir, eles foram preponderantes por ter prorrogado minha carreira. Hoje, o “Mancha” (Carlos) não está mais no clube por situações divergentes, que ele não aprovava”.

   

Na sequência do profissional, Leandro preferiu ser emprestado para a Penapolense para que assim pudesse evoluir: “Eu sempre procurei minha melhora, por isso escolhi jogar no futebol paulista, mas sempre lembrei do Paysandu e posso citar outros nomes: O presidente Serra que me ajudou sobre a questão de valorização e cobrança em campo. O massagista do clube, o André (filho do Mancha), eles me ajudaram com dinheiro, passagem e comida em casa, sendo pessoas maravilhosas. O treinador Ailton do sub-20, que até hoje está no clube, eu posso está esquecendo o nome de alguns, pois foram muitos da base que contribuíram para meu crescimento”.