À DERIVA?

Com a situação critica que o Atlético vem passando nas competições, vários jornalistas colocaram em dúvida a atual gestão de futebol do time. Após a morte do experiente Eduardo Maluf, as coisas parecem ter degringolado de vez, o que deixou a torcida com um tom bastante pessimista. Após a eliminação diante do Botafogo, vários jornalistas postaram que o Atlético era um time sem comando e apático, palavras que fomentaram ainda mais a raiva que a torcida estava carregando. Muitos que acompanham o dia-dia atleticano, dizem que o Daniel é um ótimo gestor financeiro e concordo plenamente com essa afirmação, mas que do outro lado, o da gestão de pessoas, ele sim precisa de mais experiencia. Entrou André Figueiredo, que sempre teve seu cargo contestado nas categorias de base e após a morte de Maluf, foi confirmado na direção de futebol do clube.

Em entrevista realizada hoje, dia 28/7, o presidente atleticano se mostrou bastante incomodado com as criticas de torcida/imprensa e veio a público se justificar. O atual mandatário do Galo exerce atualmente um cargo administrativo na Prefeitura de Belo Horizonte, presidida por Alexandre Kalil, ex presidente do Atlético, que também gerou contestações por parte dos reclamantes. Daniel estava claramente muito irritado e chegou até a indagar a seguinte frase: ” Não é por causa da minha função (na PBH) que estamos em 14º lugar. A desclassificação não veio por causa disso.”

Na minha opinião, algumas criticas são claras e objetivas, principalmente as de interrupção de trabalho dos treinadores. Seria um imediatismo de Nepomuceno? Bom, eu acho que sim. Tirou-se Levir do cargo, questão que foi justificada por ele na coletiva de hoje. Trouxe Aguirre, que também não teve seu futuro longo no comando tático da equipe, veio o bicampeão Marcelo Oliveira, também foi cortado da equipe. Chegou Roger, que não fazia um trabalho ruim, apenas pecava por não ganhar em casa, resultado… foi demitido e um detalhe sobre isso, os treinadores com perfis totalmente diferentes. Se você contrata, tem que ter peito pra manter, esse é um dos fatos negativos da gestão de Nepomuceno.

Na visão de muitos, o mandatário alvinegro já foi intitulado como uma “Máquina de moer treinadores.” Além disso, a montagem de um elenco totalmente desequilibrado, que foi taxado por muitos o melhor do Brasil, também foi prejudicial e fator determinante das críticas.

A entrevista de hoje foi muito reveladora e também mostrou que a diretoria estava ali, para blindar o grupo e esclarecer alguns pontos obscuros da gestão. Em partes foi muito benéfico ao Atlético, pois demostra a confiança do grupo na gestão e que eles estão atentos, como na questão do Atlético estar precisando de um atacante velocista.

O Atlético sobre a tutela de Kalil foi colocado no patamar de onde saiu alguns anos atrás, deixando de ser coadjuvante, para ser um protagonista. Espero que essa diretoria saiba o quanto essas cores significam para nós torcedores. De minha parte, podem esperar muito apoio e uma plena confiança de que vamos sair dessa situação incomoda.

AVANTE, GALO!

Por: Matheus de Oliveira