Ah, Oswaldo…

Desde a saída de Levir Culpi, em 2015 e a de Roger, no começo de 2017, o Atlético não ganhava um clássico de forma tão categórica como foi domingo. Diego Aguirre chegou e não conseguiu ganhar o dérbi, Marcelo Oliveira repetiu o feito, saiu sem ter nenhuma vitória contra o ex-clube, que o fez ter projeção nacional. Micale foi outro que não ganhou, mas existe a ressalva de que ele nem chegou a disputar o clássico, mas logicamente não ganharia, por ser bem fraco, enfim. Chegou Roger Machado e de cara ele perdeu seu clássico de estréia, pela primeira rodada da Copa da Primeira Liga, em Janeiro. Na ocasião, o Cruzeiro venceu por 1×0, Gol de Arrascaeta. Veio o dérbi da fase de classificatória do Mineiro, outra derrota de Roger. Na época, o time celeste venceu por 2×1.

Chegou a final do Mineiro, que não apresentava um clássico desde 2014. No jogo de volta, após empatar a ida por 0x0, Roger ganhou seu primeiro dérbi e foi campeão estadual, tirando o Atlético de um jejum de 7 confrontos seguidos sem vitórias contra o rival. O triunfo foi contundente e o Galo venceu por 2×1. Pouco tempo depois, veio a décima primeira rodada do Brasileirão e Roger obteve outra vitória no clássico mineiro, acho que a melhor atuação de todos os dérbis que ele disputou. Foi um 3×1, que poderia ter sido mais, já que a equipe jogou um futebol muito vistoso.

Veio Oswaldo e no primeiro clássico Mineiro de sua longa carreira, outro 3×1 pro Atlético, com um roteiro jamais imaginado pelo torcedor atleticano. Depois de jogar um primeiro tempo bem fraco, O Galo voltou bem no segundo tempo, mostrando que a conversa de vestiário foi bem contundente. A virada começou com um gol improvável, de cabeça, do pequenino Otero. Depois disso, veio a qualidade e a supremacia de Robinho, que virou com lindos gols, parecendo replay. Todos os tentos do atacante surgiram de dribles e cortes pela esquerda, que são características do rei das pedaladas. Na saída de campo, Fred, um dos pilares do time alvinegro, chegou a soltar a seguinte frase: “Velho de Guerra, Oswaldo sabe como se dirigir aos seus comandados.”

De fato, desde a saída de Micale e a chegada de Oswaldo, o futebol do Atlético cresceu de maneira categórica. Peças antes esquecidas no banco, hoje se tornaram fundamentais no crescimento do Galo no campeonato Brasileiro. Robinho acho que é o grande exemplo. de terceiro reserva,à peça fundamental e decisiva. Fred largou seu jejum de 12 jogos e marcou durante duas rodadas seguidas, veio uma vitória no Horto, que não ocorria desde o de Agosto.

É cedo para fazer qualquer prognóstico de Oswaldo, pois ele não tem nem um mês de clube, mas que as mudanças são perceptíveis e a recuperação foi impressionante, isso sim dá para se comentar. Quando se cogitou o nome do treinador, que não fez bons trabalhos anteriores e sempre acabara demitido, toda a torcida, inclusive eu, não gostou e preteriu a contratação de Oliveira, mas já estou tendo a língua queimada. Que as mudanças sejam ainda maiores e o Oswaldo consiga dar um rumo em sua carreira e ajude o Atlético a voltar a ser aquele time forte, que colocava medo em todos os adversários.

Se ele fica pra ano que vem, eu já não sei, mas que cada dia ganha minha admiração e confiança, pode ter certeza que sim.

 

AVANTE, GALO!
Por: Matheus Oliveira