Baú do Galo – O maior roubo do futebol brasileiro

Créditos: Eurico Dantas / Agência O Globo

Qualquer atleticano que nasceu após o ano de 1981, cresceu odiando o Flamengo e José Roberto Wright (odeio falar esse nome). O absurdo ocorrido na Copa Libertadores em 1981, que decidia qual time se classificaria para as fases finais, chega a beirar o ridículo e até hoje é destacado como o “Maior Roubo da História do Futebol Brasileiro”.

Antes de falar sobre o jogo de 1981, devemos voltar um ano antes, em 1980, final do Campeonato Brasileiro entre Flamengo e Atlético. A decisão foi polêmica. O arbitro José Assis Aragão, expulsou o atacante Reinaldo, por ter reclamando de um impedimento mal marcado, que realmente não estava impedido. No momento da expulsão o jogo estava empatado em 2 a 2, resultado que daria o titulo para o Galo, pois havia vencido o primeiro jogo por 1 a 0, com a expulsão do craque do time, o Flamengo cresceu e conseguiu marcar mais um gol, dando a vitória e o titulo para o Flamengo.

Agora vamos para 1981, o jogo era pela Copa Libertadores da América, primeira fase, no grupo 3 que contava com Atlético Mineiro, Flamengo, Olímpia e Cerro Porteño. O Galo e Flamengo terminaram empatados, cada um com 8 pontos e por isso foi preciso fazer um novo jogo em campo neutro para definir o classificado para as semifinais.

Os dois times decidiram realizar a partida no estádio Serra Dourada, em Goiânia. As polêmicas começaram antes do jogo, com o arbitro Jose Roberto Wright viajar e se hospedar junto com o time do Flamengo.

Logo no inicio da partida, dava pra perceber que queria derrubar o Atlético no apito. Aos 10 minutos do primeiro tempo, o atacante Reinaldo (Sim, o mesmo que foi expulso no ano anterior na final do Campeonato Brasileiro), fez uma falta em Zico e imediatamente o arbitro mostrou o cartão vermelho para o atacante. Reinaldo ficou sem entender e tentava argumentar com Wright, mas de nada adiantou, mas essa foi o começo das expulsões, não demorou muito para que Éder fosse expulso em uma nova falta. Com 9 jogadores em campo, seria difícil vencer a equipe do Flamengo, o técnico alvinegro Carlos Alberto Silva armou o time na defensiva, mas mesmo com jogadores em maior número, o time carioca não conseguiu marcar.

Ainda no primeiro tempo, com dois jogadores a mais, José Roberto Wright resolveu agir de novo, aos 34 minutos do primeiro tempo, ele expulsou mais dois do Galo, Palhinha e Chicão. Começou a confusão, dirigentes revoltados invadiram o campo, Wright ainda expulso todo o banco de reservas do Atlético, comissão técnica e a diretoria. Indignados com aquilo, jogadores do Atlético começaram a simular contusões em campo, como não havia jogadores no banco de reservas para substituir, o jogo foi encerrado.

Sem o favorecimento de José Roberto Wright, o Flamengo nunca teria sido campeão da Libertadores daquele ano, na primeira fase, só venceram o Cerro Porteño, que era o time mais fraco da competição. Esse episódio trágico de roubo no futebol influenciaram gerações de atleticanos a odiar o Flamengo e principalmente José Roberto Wright.

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Blog AntiFlamenguista
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Blog Frederico Jota
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galomineiro.com.br
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Jornal Extra

Declarações após a partida

Reinaldo (Atlético-MG): “Eu não estou entendendo o Zé Roberto até agora, um juiz completamente intranquilo dentro de uma partida, ele está fazendo uma palhaçada num jogo desse que poderia ser decidido tranquilamente.”

Éder (Atlético-MG): “Covardia com todo esse público que compareceu aqui pra prestigiar. É um circo, tá tudo armado. Uma palhaçada, um bando de palhaços armaram isso daqui.”

Junior (Flamengo): “Foi correta a atitude, principalmente por ele ter repreendido o time do Atlético Mineiro, desde do começo em questão das faltas.”

José Roberto Wright (Flamengo): “O publico veio em massa para ver um antifutebol, para ver uma vergonha. Lamentável essa equipe não veio pra jogar futebol.”

Imagens do jogo