Nítido e claro é que o Atleticano está mal acostumado com os últimos anos de triunfo. Nunca, nenhum dos mais otimistas torcedores, imaginaria uma equipe pós-Ronaldinho que contasse com Robinho, Fred, entre outros nomes disputados e valorizados do atual cenário do futebol.
A cobrança é esperada e necessária. Mas, por outro lado, a elitização do futebol afastou dos estádios aqueles que mais empurravam o time – aqueles que esqueciam a corneta em casa e apostavam na garganta para fazerem a diferença no estádio.
Depois do retorno ao caminho das vitórias, o Atleticano precisa entender que é preciso que os jogadores sintam sua presença – nos estádios com apoio incondicional, e nos demais lugares com a cobrança que uma camisa com o peso do Atlético requer. “Eu quero é raça”, um bordão que acompanha a torcida desde os tempos de Dadá. E que nunca pode deixar de ser atual.
Não podemos também, deixar virar passado o maior patrimônio que tem o maior de Minas: a torcida apaixonada, que independente do momento estará presente para apoiar o time independente do momento.
Atleticano, cobre. Mas, acima de tudo, empurre o time com a força da sua garganta. Seu bolso serve para contribuir com o sócio-torcedor, não com o resultado dentro de campo.
Celso Lamounier