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Náutico comemora os 50 anos do Hexa Campeonato – a maior hegemonia do Estado

Domingo, 21 de Julho de 1968 com a presença de 31.061 pessoas, sendo 23.320 pagantes, o Náutico sagrou-se pela sexta vez consecutiva campeão pernambucano. O Hexa campeonato representa, até hoje, a maior hegemonia de um clube no Estado de Pernambuco.

Entre 1963 e 1968, só o Timbu comemorou o título em Pernambuco. Foram 140 jogos pelo certame estadual com incríveis 100 vitórias do alvirrubro da Rosa e Silva, 24 empates e apenas 16 derrotas. Sendo que, em 1964 e 1967 o título veio de forma invicta. O ataque das 4 letras: Nado, Bita, Nino e Lala foram arrasadores e dominavam Pernambuco ano após ano.

Os anos 60 foi iluminado para o Náutico, além do Hexa pernambucano, o clube chegou ao vice campeonato da Taça Brasil (hoje, equivalente à Copa do Brasil). Porém, um dos grandes feitos do Náutico, foi golear o Santos de Pelé por 5 a 3, com 4 gols de Bita, aconteceu na Taça Brasil de 1966, time até hoje, elogiado pelo rei do futebol. Lembrando que, esse vice campeonato da Taça Brasil em 67, conferiu ao Timbu a chance de ser o primeiro clube do Nordeste à disputar uma Copa Libertadores, no ano de 1968.

O Náutico entrou em campo em 21/07/1968, na final contra o Sport, com: Válter Serafim, Gena, Limeira, Fernando Matias e Toinho; Jardel (Ede) e Ivan Brondi; Ramos, Miruca(Rato), Nino e  Lala. Técnico: Duque , o time jogava no 4-2-4. Uma curiosidade desse jogo é que o árbitro Armindo Tavares, na verdade, era auxiliar e o árbitro Erilson Gouveia que tinha sido escalado, machucou-se. Armindo assumiu e ficou conhecido até hoje, como o árbitro do Hexa.

A final do Campeonato Pernambucano de 1968, aconteceu em 3 jogos. O primeiro jogo foi vencido pelo Náutico por 1 a 0, no segundo jogo o Sport venceu por 3 a 2, forçando um terceiro jogo. E, no tempo normal, foi 0 a 0, levando a decisão para a prorrogação. Aos 2 minutos, Ede fez grande jogada pela esquerda e cruzou para Ramos, na pequena área, escorar para o fundo das redes. Ao apito final, muita festa nos Aflitos.

Orgulho pessoal

Com muito orgulho, meu falecido pai, contava que assistiu à este jogo em cima de uma das árvores que existiam no Estádio dos Aflitos. Pois, não tinha mais espaço nas arquibancadas e muitos torcedores subiram nas árvores e dividiam espaço com morcegos.

Após o apito final a festa foi enorme no bairro dos Aflitos e ao amanhecer teve carreata, quase um carnaval fora de época. Contava ele, que chorou e se emocionou demais com tamanha festa.