Quem tiver acompanhado apenas o primeiro tempo de Fortaleza x ASA no Castelão, irá se perguntar como os donos da casa conseguiram a virada. Seja lá o que o técnico Marquinhos Santos tiver conversado com seus jogadores no intervalo, surtiu efeito. Após um primeiro tempo apático, os donos da casa, que saíram atrás no placar, correra atrás do prejuízo, melhoraram de rendimento e viraram o jogo, retomando a liderança do Grupo A da Série C do Brasileirão. Neste domingo (3), vitória do Fortaleza sobre o ASA por 2 a 1.
Os gols se desenharam nas bolas áreas. De cabeça, João Paulo marcou o primeiro para o ASA. No começo do segundo tempo, Rosinei deixou tudo igual no Castelão. A virada veio dos pés de Pio, na sequência de boas chegadas do Fortaleza.O Leão do Pici chegou a 14 pontos e retomou a liderança na tabela. Os alagoanos seguem com 12 e caem para a terceira posição. Na próxima rodada, o ASA encara o Botafogo-PB no domingo (10), no Almeidão, a partir das 16 horas. O Fortaleza visita o Remo também no domingo (10), às 18h30.
O jogo
O duelo entre os líderes do Grupo A começou quente. Em dois minutos, Fortaleza e ASA chegaram bem ao ataque na Arena Castelão. Mas o fogo foi de palha. Pelo menos até os 24 minutos, quando o cruzamento de Alex Travassos encontrou João Paulo, livre, para cabecear para o fundo das redes de Ricardo Berna. A torcida dos donos da casa se irritou. Vaiou as saídas erradas de bola, cobrou movimentação, atitude… Mas no primeiro tempo, o placar não mudou. Por pouco, uma cabeçada de Anselmo não balançou as redes. Por pouco. A vantagem antes do intervalo era alagoana e a vaia da arquibancada era para o Fortaleza.
As vaias viraram aplausos cedo. Com apenas dois minutos, a bola cruzada na área por Willian Simões encontrou a cabeça de Rosinei e, em seguida, o gol de empate do Fortaleza. Os donos da casa melhoraram de rendimento e a torcida reconheceu. A virada veio com Pio, que aproveitou a falha da zaga alagoana e chutou na entrada da área para marcar o segundo do Tricolor. O domínio dos donos da casa foi flagrante na etapa final. O ASA não conseguia, nem de longe, ser tão incisivo quanto foi no primeiro tempo. Com a vitória, o Leão do Pici chegou aos 14 pontos e retomou a liderança do Grupo A. O ASA caiu para terceiro.
Ceara 1 x 0 Bahia – Castelão 02-07
Os mais de 17 mil pagantes gritavam e festejavam a plenos pulmões no fim do jogo. E o motivo foi mais uma vitória (desta vez, suada!) do Ceará na Série B do Campeonato Brasileiro. Contra o Bahia, o Vovô marcou aos três minutos do primeiro tempo, com Rafael Costa, e venceu pelo placar mínimo de 1 a 0, na Arena Castelão, pela 14ª rodada. A partida foi muito disputada durante os 90 minutos, mas na segunda etapa, o torcedor viu o Tricolor Baiano pressionar muito e quase chegar ao gol de empate. Contudo, as mudanças feitas por Sérgio Soares deu ânimo novo ao time, que segurou a pressão e chegou a ter chances de ampliar.
Com o resultado, o Alvinegro de Porangabuçu chega aos 27 pontos, permanecendo na 3ª posição, mas ficando a um ponto do líder Vasco da Gama – o Atlético-GO tem a mesma pontuação, mas uma vitória a menos. O Bahia, com a derrota, fica na 9ª posição, com 20 pontos.
Na próxima rodada, O Ceará enfrenta o Tupi, no Estádio Municipal de Juiz de Fora, na sexta-feira (8), a partir das 21h30. O Bahia já volta a campo na terça-feira (5), contra o Vila Nova, na Fonte Nova, também às 21h30.
Mal rolou a bola…
O primeiro tempo começou bem frenético para Ceará e Bahia. O Tricolor Baiano perdeu um gol em menos de um minuto. Em seguida, o Vovô aproveitou falta pela esquerda para Rafael Costa desencantar e abrir o placar, aos três minutos. Daí em diante, foi só emoção para quem foi à Arena Castelão. Mesmo desajustado, o time baiano levava perigo em jogadas sempre articuladas por Renato Cajá. Apesar de distribuir as jogadas, o meia parecia lento. E, com isso, a zaga alvinegra sempre se fechava mais rápido.
Do outro lado, Wescley era o homem que dava as assistências para as finalizações do autor do gol, Rafael Costa, e de Bill. Assim, sempre havia um momento de perigo no ataque das duas equipes. A diferença ficou mesmo para o fato de o Vovô conseguir se articular mais e melhor e também se recompor com mais facilidade ao recuperar a bola.
Pressão baiana
A volta para o segundo tempo mostrou um Ceará muito tímido nas suas jogadas e um Bahia bem ousado, marcando firme e finalizando com perigo. O Vovô, aos poucos, foi priorizando a marcação e recuou muito. Wescley e Felipe, que se mostraram bem velozes na primeira etapa, cansaram e já não rendiam o mesmo. Os donos da casa recuaram tanto que, aos 20 minutos, o técnico Sérgio Soares retirou Rafael Costa para colocar o volante Diego Felipe, recém-contratado. O resultado desse panorama é que o Tricolor Baiano cresceu de uma forma que acuou o adversário, coisa que não havia feito no primeiro tempo. Hernane chegou até a marcar um gol, mas o assistente anulou, alegando impedimento. O lance foi bem difícil de analisar.
Na reta final, Sérgio Soares mudou de ideia e resolveu recolocar o Vovô no jogo. Sacou Wescley, já sem condições de correr, e colocou Serginho em campo, que voltava de contusão. Porque, até então, o goleiro Éverson estava sendo o melhor em campo, com suas defesas salvadoras. E o arqueiro Jean havia se tornado um mero espectador da partida. A mudança surtiu efeito e o Ceará voltou a se organizar e ocupou mais espaços no setor de ataque, fazendo com que as investidas baianas perdessem perigo. A melhora rendeu ainda um contra-ataque quase mortal. Felipe recebeu cara a cara com o goleiro e perdeu o gol sacramentaria a vitória. Mesmo assim, o placar não mudou e Alvinegro se garantiu na 3ª posição do G-4.
Nova Russas WO x Alto Santo – Estadio Do Junco 03-07
O tempo vai passando e a Série B do Cearense segue repleta de indefinições. O inquérito que investiga os WOs da competição foi concluído, mas outro ocorreu neste fim de semana. Em jogo válido pela 21ª rodada, Nova Russas e Alto Santo deveriam ter se enfrentado domingo (3), no estádio do Junco. No entanto, a equipe mandante não compareceu ao jogo. Assim, o resultado favorável seria dado ao Gladiador do Sertão, que assumiria a segunda posição na tabela e, consequentemente, subiria para a primeira divisão, junto com Horizonte. No entanto, o Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Ceará (TJDF_CE) aguarda documentação da Federação Cearense de Futebol (FCF) para validar ou não o resultado.
– A Federação Cearense de Futebol (FCF) deve encaminhar na tarde de hoje a documentação dessa partida. E vamos encaminhar para a Procuradoria e, se necessário, vai oferecer a denúncia. Havendo a condenação, será atribuída a pontuação. Haverá o julgamento e será declarado o WO somente caso haja ausência da equipe – explicou Jamilson Veras, presidente do TJDF-CE.
O inquérito que investiga os outros WOs da competição já foi finalizado e o relatório encaminhado para a Procuradoria, que deve emitir resposta ainda nesta semana, informou Jamilson Veras.
A partida deveria ter sido realizada em 22 de maio. No entanto, o Junco, local do jogo, estava fechado. As duas equipes e comissão de arbitragem compareceram, mas a disputa não ocorreu. A FCF decretou o WO, mas o TJDF-CE reverteu a decisão em junho e determinou que o jogo fosse remarcado. Cumprindo determinação da justiça, a FCF remarcou para o último domingo (3), mas por ausência do Nova Russas, mais um WO entrou para a edição 2016 da competição.
Icasa 0 x 3 Altos-PI Estadio Romeirão 03-07
A turbulência pelo Icasa não parece cessar. Após derrota para o Altos, o treinador português Paulo Morgado entregou o cargo. A crise é tanta que o técnico português, na coletiva pós-jogo, afirmou que o Verdão do Cariri não tem receita para pagar sequer a conta de luz e nem mesmo para inscrever os jogadores antes das competições. No jogo, houve protesto da torcida, que quebrou o alambrado do estádio Romeirão, em Juazeiro do Norte, no domingo.
– Não fico. Já que não dá para treinar, porque todos os dias temos problemas para resolver e não vou resolver mais problemas. A torcida quer um Icasa diferente, forte e com mais dinheiro, mas não tem. Nem para pagar a luz de lá, não tem para inscrever jogadores, alguns não são inscritos. Debato isso desde o primeiro dia. E chegamos nesse ponto – comentou Morgado.
Em quatro jogos, o Icasa somou somente um ponto durante a Série D do Brasileiro e está na lanterna do Grupo A5. Depois do segundo gol do time piauiense no domingo no Romeirão, torcedores do Icasa derrubaram a grade de proteção das arquibancadas. O jogo ficou parado, e a Polícia retirou os invasores que quebraram o alambrado. Para Paulo Morgado, a torcida tem direito de protestar, porque quer um clube forte.
– A torcida está com razão de estar chateada e cobrar mesmo – completa Paulo.
O Icasa viaja até São Luís e pega o Maranhão, na Arena Castelão, dia 10 de junho, às 16h. Na primeira fase da Série D, os líderes de cada grupo avançam, assim como os 15 melhores segundos colocados na competição.
Parnahyba-PI 5 X 0 Guarani De Juazeiro
No primeiro minuto de jogo, Juninho obrigou Fábio a fazer boa defesa. Parecia ser o início de uma exibição capaz de manter o Guarani de Juazeiro vivo pela classificação. Ledo engano. O que se viu a seguir foi um domínio absurdo do Parnahyba, traduzido em quatro gols ainda no primeiro tempo. A goleada de 5 a 0 não elimina matematicamente o Leão do Mercado, mas tirar um saldo negativo de 12 gols em dois jogos (fora uma improvável combinação de resultados) não parece ser das tarefas mais fáceis.
A garotada, tão elogiada pelo técnico Jorge Luís, não deu conta do recado no estádio Pedro Alelaf. O Tubarão não teve nenhuma dificuldade em impor seu ritmo, a começar pelo pênalti sofrido por Augusto e convertido por Capela. O ex-rubronegro Augusto, aliás, parecia querer se vingar do ex-clube e comandou o time na etapa inicial. Além de marcar o segundo e o quarto gols, deu o passe para Fabiano anotar o terceiro gol dos piauienses.
O elogiado Juninho e o recém chegado Johnny deixaram o time no intervalo e deram lugar à improvisações (marca registrada do time desde o começo da Série D). Mesmo diminuindo o ritmo, o Parnahyba aumentou logo aos cinco minutos, com Idelvando. Ainda teve tempo de uma bola no travessão de um atônito Guarani de Juazeiro.
Dois jogos fora de casa e dois vexames. Os onze gols escancaram a falta de planejamento e preparação adequada da equipe para o Campeonato Brasileiro Série D. Com tantas mudanças no elenco em apenas quatro jogos, o clube paga o preço.
Itabaiana- SE 2 x 2 Uniclinic – 03-07
Como sempre, o Itabaiana demonstrou sua força nas partidas em casa. Nos minutos iniciais contra o Uniclinic abriu o placar com gol de Fabiano Tanque após confusão na área. E o início avassalador se estendeu por todo o primeiro tempo. Porém, na volta do intervalo, o time cochilou e levou a virada em duas bolas levantadas na área. Nessa hora, o técnico Leandro Campos promoveu mudanças e colocou o time para frente em busca do resultado positivo, que saiu no final do jogo, com um golaço de Diogo Orlando. O empate em 2 a 2 não foi bom, mas ainda deixa o Itabaiana em condições de brigar pela classificação. No final do jogo, o treinador do clube sergipano reclamou da desatenção, mas destacou as possibilidades de classificação.
– Na realidade, eu fico chateado com a forma que levamos os dois gols. Foi total desatenção, mas é assim mesmo, vamos lutar enquanto tivermos chances (de classificação). Vamos lutar até o final – destacou.
A desatenção nas bolas cruzadas foi o que fez o Itabaiana correr ainda mais em campo. Na volta do intervalo, em uma sequência de bolas alçadas na área, o Uniclinic chegou à virada do placar. Para o atacante Fabiano Tanque, autor do primeiro gol do jogo, esses erros não podiam acontecer.
– Treinamos muito os lances de bolas cruzadas na área e mesmo assim levamos gols dessa forma. Sabíamos que era o ponto forte deles e vacilamos quando não podíamos vacilar. Estávamos bem, jogando em casa, com o apoio de nossa torcida. Quem quer chegar (na classificação) não pode levar gols como esses. Não conseguimos segurar o resultado e precisamos correr atrás do placar. Nossa equipe esteve bem no quesito superação – disse Fabiano.
Após a virada o Uniclinic só pensou em defender, ainda mais quando o técnico Maurílio Silva tirou uma atacante e colocou mais um zagueiro, tornando o jogo em um verdadeiro ataque contra defesa. O Tricolor da Serra tanto tentou que em uma tabela com Fabiano Tanque, Diogo Orlando chutou forte, de canhota, indefensável para o goleiro Alex. Animado com o empate o time sergipano se lançou ainda mais ao ataque e investiu no chuveirinho. Paulinho Macaíba teve a melhor chance em um cabeceio, mas a bola foi para fora.