O Entrevistado do Mercado do Futebol nesta segunda-feira (23) é o volante do America-MG, Rafael Jataí.
Rafael Fagundes Mariano, nascido em Jataí-GO, foi revelado pelo Atlético-MG, e defendeu em 2010 o Atlético-MG, sob o comando do então técnico Vanderlei Luxemburgo, assumindo a camisa 5 do Galo. O jogador, que atuou no Tupi-MG em 2015 e 2016, deixou o clube de Juiz de Fora em julho para defender o Hapoel Kiryat Shmona, de Israel. Nesse ano de 2017 de volta ao Coelho, porém, as lesões o tiraram de combate durante boa parte do ano e o fez ficar de fora dessa boa campanha do América de retornar à elite do futebol brasileiro em 2018.
Rafael nos conta, em entrevista exclusiva, suas passagens pelo Galo, pelo Coelho a experiência de jogar num futebol desconhecido e como foi trabalhar com uma grande liderança em sua carreira, o Treinador Vanderlei Luxemburgo.
MF: Rafael, você foi revelado pelo Galo em 2010, numa equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo. O time tinha muitos medalhões como Ricardinho, Tardelli, Marques e cia.. foi fácil adaptar numa equipe tão experiente?
Rafael: Então, na verdade eu fui revelado pelo América-MG, onde joguei 8 anos, cheguei aos 12 anos e saí perto de me profissionalizar. logo depois fui para o Atlético-MG e aí trabalhei com o Luxemburgo e com todos esses jogadores medalhões, não tive nenhuma dificuldade para me adaptar até porque são jogadores muito profissionais, e que sempre respeitavam até os mais jovens; fiquei muito feliz porque aprendi bastante com eles e procurava sempre aprender mais, e sempre fui muito trabalhador e com isso ganhei o respeito de todos inclusive do Luxemburgo.
MF: O Luxemburgo foi embora no meio do ano bem questionado, como você entendeu a saída dele naquela época. como foi a experiência de trabalhar com o professor e qual a importância de um treinador dessa magnitude na sua carreira ?
Rafael: O Luxemburgo sempre foi um grande treinador, sabia bem como montar um time, mas as coisas não aconteceram naquela época , mesmo com grandes jogadores, acredito que quando ele quebrou a perna em um “rachão” as coisas fugiram um pouco mais do controle; e aí ele não conseguia dar os treinamentos mais efetivos que ele sempre dava; também tivemos muitos jogadores que se lesionaram e isso atrapalhou bastante. Eu fiquei muito feliz porque estava com 20 anos e já trabalhava com um dos maiores treinadores do Brasil e isso sem dúvida me acrescentou demais minha caminhada
MF: Recentemente houve um questionamento quanto ao trabalho do André Figueiredo (diretor da base do Atlético) você chegou a trabalhar com ele? Qual é a sua opinião quanto ao filtro dos atletas na base ?
Rafael: Trabalhei com o André e admiro o trabalho dele, acho ele um grande profissional e entende muito sobre gestão e sabe lidar com a molecada, e ele é uns dos responsáveis pela a estrutura que a base tem hoje e na formação dos atletas que eles revelam.
MF: Qual foi o atleta no seu trâmite base-profissional que mais te ajudou e orientou?
Rafael: Olha, eu sempre procurei ser um atleta profissional, não um jogador de futebol, então eu não precisei de ter muito conselho extra campo, mas na questão de campo, tática , posicionamento e etc, o Fred Ríncon que foi auxiliar na época do Vanderlei Luxemburgo me ajudou bem e sempre falava comigo; nós treinávamos chutes de fora da área lançamento e tal; coisas que um atleta da minha posição precisa.
MF: Qual foi o jogador que você se inspirou no futebol ?
Rafael: Quando era criança, gostava muito de ver o Ronaldo fenômeno jogar; pra mim, ele esta entre os melhores jogadores de todos os tempos. Com o passar dos anos e pela posição que eu jogo, sempre procurei ver o Marcos Senna (ex-Villareal e seleção espanhola) jogar; achava ele um jogador top da posição.
MF: Você teve uma passagem pelo futebol Israelense. Como foi a Experiência e quais as grandes dificuldades para adaptação num futebol que, de maneira literal, é tão distante do futebol brasileiro ?
Rafael: Eu amei Israel, tinha um sonho em conhecer a terra santa, passear por onde o Senhor Jesus passou e por ser cristão era um objetivo ir visitar; mas nunca imaginei que um dia iria jogar la, tive um pouco de dificuldade na questão da língua, o treinador de lá me viu jogando aqui e viu que eu tinha censo de liderança e posicionamento. isso para mim lá foi difícil porque não consegui executar bem, falar do jeito que eu queria com meus companheiros, mas me surpreendi bastante com o nível do futebol de Israel, principalmente, com as grandes equipes que jogam a Liga Europeia, tem bons jogadores no país; agora, sem dúvida, nosso futebol de série A aqui no Brasil esta bem acima, até mesmo pelo orçamento dos nossos grandes clubes.
MF: De volta à Minas Gerais agora pelo América MG, ainda não teve uma grande sequência de jogos até mesmo devido a lesão que sofreu, qual é a expectativa pra voltar atuar em alto nível?
Rafael: Eu voltei para minha casa, o América é meu clube de coração e não pensei 2 vezes em voltar para onde fui criado. Como eu disse: cheguei aos 12 anos de idade aqui, uma criança e saí daqui um homem; eu tive algumas lesões que fizeram com que eu perdesse um pouco de espaço mas já me recuperei a algum tempo e estou esperando minha oportunidade, o time esta bem, meus companheiros estão dando conta do recado e cabe a mim me dedicar e deixar sempre uma boa impressão, estou preparado para grandes desafios e contamos muito com esse acesso e poder colocar o América na Serie A aonde é seu lugar.
MF: o América vai muito bem obrigado na Série B do Brasileirão e deve subir pra Série A. qual a sua projeção pra 2018 e se o futuro vai continuar sendo no Coelho ?
Rafael: Acreditamos que vamos conseguir o acesso. E depois que acabar o ano, vou descansar alguns dias com minha família, e aí sim, entrar em 2018 forte para manter o nível. meu contrato se encerra agora no final da Série B e depois que terminar vamos analisar o que vai acontecer. espero sempre em Deus que é quem dirige minha vida e o que for melhor ele vai encaminhar.
O lateral-direito Rhuan, do Vila Nova, fez em 2024 a temporada com o maior número de jogos da carreira desde…
Revelado nas categorias de base do Cruzeiro, Breno atuou em várias posições do meio-campo e também até como centroavante, ao…
O experiente técnico Mauricio Souza, com passagens por Flamengo, Vasco, Botafogo, Athletico Paranaense e Madura United(Indonésia) comandou o Red Bull…