Jogamos como nunca. Perdemos como sempre

Não deu. Só que o sentimento que fica é de orgulho. Caímos, mas caímos de pé. Jogar de igual para igual com a equipe que tem o elenco mais qualificado do país nos faz ter uma boa perspectiva para o Campeonato Brasileiro. Agora, nos resta virar a página e focar apenas nesta competição.

Mantendo esse nível de atuação, podemos, sim, buscar uma vaga para a Taça Libertadores da América. No próximo domingo (27), às 19h, temos um jogo difícil contra o São Paulo na Arena Independência. A equipe paulista é a única invicta no Campeonato Brasileiro, e nós não sofremos nenhuma derrota em casa. A promessa é de uma grande partida.

Dividirei a análise em três partes: primeiro e segundo tempo, e, no fim, um comentário sobre a equipe com opiniões pessoais. Não vou pegar no pé do Enderson Moreira, mas pretendo apenas expor a verdade.

 

Superioridade e gol

Sem comentários táticos, o América foi, sim, melhor em campo no primeiro tempo. Fiquei surpreso com a excelente postura defensiva, que ocasionou vários erros de passe por parte do Palmeiras. A ótima marcação exercida pelos jogadores americanos fez com que o gol de João Ricardo não fosse ameaçado na pressão inicial do adversário.

A partida ganhou contornos pegados e as chances demoraram a aparecer. Quando aconteceram, foram nossas. A primeira no chute do Rafael Moura, após tabelar sem querer com o Leandro Donizete. Depois, Serginho recebeu de Norberto pelo lado direito e inverteu a jogada ao observar a passagem de Carlinhos, que cabeceou com perigo. Passei a sentir que o gol estava próximo.

Logo após as boas chances criadas, a rede balançou. E que golaço, diga-se de passagem! Numa linda troca de passes, Rafael Moura achou Carlinhos pelo lado esquerdo. Confesso que pensei que o lance seria anulado, mas a posição era legal. Com um toque na bola, o lateral, que aproveitou a paralisação da defesa do Palmeiras, tirou Jaílson do lance e deixou Serginho livre para concluir com o gol vazio. Belo e merecido gol.

Ainda poderíamos ter aproveitado mais uma chance. Após erro de passe de Felipe Melo, a bola sobrou para Leandro Donizete, que, de longe, chutou para defesa de Jaílson. No fim, o resultado era justo e traduziu o panorama da partida no primeiro tempo.

 

O preço do recuo

Como já era de se esperar, o adversário veio com tudo para pressionar o Coelho. Quando a transmissão anunciou a saída de Deyverson para a entrada de Guerra, fiquei preocupado. O Palmeiras ficou mais rápido e passou a ameaçar com perigo. Volto a afirmar que essa postura não foi surpreendente.