Aconteceu a primeira derrota em casa. Venhamos e convenhamos que, num campeonato disputado e longo, é claro que nenhuma equipe vai conseguir se manter imbatível em seus domínios. Agora, não há tempo para lamentações, pois temos o Corinthians pela frente, na próxima quinta-feira (31), em São Paulo.
O que incomodou a Família Americana, de fato, foram os erros. Estes são os mesmos que já vêm prejudicando a equipe de frequentemente. Pretendo, nesta análise, expor algum deles e apontar algumas alternativas para solucioná-los.
A partida, no geral, foi bem disputada. Jogamos bem no primeiro tempo. Respondemos na mesma moeda o primeiro gol do adversário. O cansaço pela sequência de jogos pode ter atrapalhado o desempenho, mas não justifica alguns atos infelizes cometidos durante os 90 minutos que foram decisivos para o resultado.
Jogo movimentado e bom desempenho
Não imaginava que a partida começaria tão agitada. O primeiro gol saiu logo aos 7 minutos. No lance, fiquei extremamente irritado com a lentidão da equipe na recomposição. O São Paulo puxou um contra-ataque em velocidade com os seus principais jogadores ofensivos. No fim da jogada, eram 4 homens nossos contra 4 deles. Quando Everton chutou cruzado, achou Diego Souza livre nas costas de Giovanni, que ainda olhou para o centroavante deles e não acompanhou a jogada ao ponto de impedir que a bola chegasse até o camisa 9.
Pouco depois, veio o empate. Um dos motivos por qual defendo a titularidade incontestável do Norberto é a sua capacidade ofensiva. Após receber um belo passe de Serginho, o lateral deu um lindo drible em Reinaldo e achou o espaço ideal para tocar e encontrar Rafael Moura, que chutou colocado e empatou o placar. Foi um belo lance e uma resposta à altura para o São Paulo.
Passei a acreditar na virada, pois o América tomou conta da partida e construiu três boas chances. Não as aproveitar custou caro, e o preço foi pago ainda no primeiro tempo. Leandro Donizete, de longe, obrigou Sidão a fazer uma bela defesa. Rafael Moura, por duas vezes, também não conseguiu marcar o gol da virada. A primeira num chute de fora da área, após uma boa articulação ofensiva, e a última num chute cruzado que o goleiro do São Paulo jogou para escanteio.
Não costumo criticar ou atacar a arbitragem. A classe é perdida no Brasil. O pênalti é discutível, sim. Ao invés de falar tudo que tem de ser dito, proponho a leitura da situação a seguir: se a partida fosse no Morumbi, o placar estivesse 1 a 1 e acontecesse um lance igual a nosso favor, o juiz marcaria penalidade máxima? Creio que não, né? Portanto, é óbvio que há um critério oculto para os árbitros brasileiros. Não falarei, repito, mas todos nós já sabemos do que se trata.
O segundo tempo veio. O América, não
Já faz algum tempo que estamos percebendo que o América não rende na segunda etapa. Há uma série de razões para que isso venha a acontecer, mas a principal delas passa por Enderson Moreira. Não critico o trabalho dele no Coelhão, muito pelo contrário, sou defensor. Porém, quando tem que apontar algum erro, não deixo de fazer isso, independentemente de tudo.
O sistema defensivo foi muito bem. O pecado começa no setor de meio campo. A equipe ficou desorganizada e a área central do gramado foi facilmente dominada pelo São Paulo, que aproveitou mais uma bola parada e ampliou a vantagem sobre o América. Há algumas peças que podem ser testadas. Ademir, por exemplo, entrou muito bem. Judivan também vai brigar para ter uma vaga entre os titulares.
Serginho e Aderlan deixaram muito a desejar, mas não podemos criticar jogadores que vêm atuando bem, e condená-los por um jogo. Luan não se encaixa nessa ideia. Não é de hoje que o atacante prejudica a equipe. Lento, pesado e improdutivo, o camisa 11 vem deixando a desejar. Temos opções para a posição e não acho injusto barrá-lo nas próximas partidas.
A derrota aconteceu num domingo totalmente atípico. Temos um duelo bastante complicado pela frente. A equipe precisa esquecer o jogo de ontem e focar no Corinthians. Em São Paulo, não vamos enfrentar somente 11, mas, sim, 16, e isso não é novidade para ninguém.
Vamos Coelho!
Foto: Mourão Panda/América
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