Valeu, foi bom, adeus
Se antes era um mistério, agora não é mais. Enderson Moreira deixa o América para assumir o Bahia no Campeonato Brasileiro. Muito foi falado sobre um suposto acordo desde o final de semana, quando enfrentamos o Grêmio. Particularmente, posso afirmar que recebi, dois dias antes do jogo, uma informação que confirmava que a negociação do técnico com o clube nordestino estava bem encaminhada. Optei por esperar, mas confiei.
A missão de Enderson Moreira, em 2016, era comandar uma equipe em estado crítico na Série A do Campeonato Brasileiro. Naquele ano, todos sabem o desastre que aconteceu dentro de campo, fazendo com que o Coelhão terminasse na última colocação na tabela ao fim da competição. É fato que o técnico teve pulso firme e ombridade para assumir o desafio, e a equipe correspondeu ao longo do tempo. O desempenho melhorou, mas não foi suficiente ao ponto de evitar a queda.
Parecia que a trajetória do Coelhão estava desenhada com Enderson Moreira. Para o ano seguinte, contratações pontuais foram realizadas, tais como a do zagueiro Rafael Lima, e a equipe continuou demonstrando o bom futebol implantado pelo treinador. Resultado: título brasileiro da Série B, após 20 anos da primeira conquista, superando o grande favorito, Internacional.
Só vou falar de números neste tópico. Não costumo ficar me lamentando por nada porque o futebol é dinâmico. Todos passam, mas o América fica. No Coelhão, Enderson comandou a equipe por 111 partidas e obteve um retrospecto de 43 vitórias, 32 empates e 36 derrotas. No total, o técnico obteve 48,34% de aproveitamento.
Por fim, desejo boa sorte ao Enderson Moreira nesse novo desafio. É um grande técnico, criou uma linda história pelo Coelhão e merece sucesso na carreira. Baseado na última partida antes da pausa para a Copa do Mundo, sua saída pode ser considerada pela porta dos fundos. Como um todo, o treinador tem que ganhar um reconhecimento de nossa parte.
Foto: Mourão Panda/América