São 28 anos que começaram a ser comemorados á 1 mês, quando o tricolor subiu para a série A. A exatamente um mês atrás o time desembarcava em Curitiba após conseguir o acesso – depois de dez anos na série B do campeonato nacional-. Hoje, um mês depois a torcida comemora o título do campeonato paranaense sub 19 e fecha o ano com chave de ouro. O ultimo final de ano que a torcida comemorava igual á hoje, aconteceu á 11 anos, quando o tricolor conseguiu a classificação para a Libertadores.
Seria injusto falar de 28 anos e citar apenas 2017, portanto vamos começar lá de 1989. Era 19 de dezembro de 1989, o Paraná Clube nascia e herdava o vermelho do Colorado e o azul do Pinheiros, nascia de forma simples, em um guardanapo de papel (imagem), em um almoço em Santa Felicidade.
Em dez anos o tricolor se tornou o time a ser batido.
Em 1990, no primeiro ano de clube, o tricolor participou do campeonato paranaense e terminou em terceiro lugar. Também em 1990, o clube terminou em primeiro lugar em um quadrangular denominado Seletiva Qualificatória Paranaense para a Série C. Essa foi a alavanca que levou o Tricolor a Série C do Campeonato Brasileiro de onde, novamente, acabou eliminado na semifinal, mas a equipe conquistou o acesso para a Série B em 1991 terminando em 3º lugar na classificação final, quando 4 equipes subiam. Sua primeira equipe tinha como treinador Rubens Minelli e tinha cerca de 50 jogadores, vindos do Colorado e do Pinheiros, mesclados entre atletas mais experientes e garotos revelados nas categorias de base.
Em 1991 o Paraná ganhava sem primeiro título, era um paranaense em cima de seu rival -Coritiba-. Foram 17 vitórias em 26 jogos e a goleada contra o Londrina por 6 a 1, iniciava seu período de triunfos.
Já em 1992 o tricolor foi derrotado na semifinal do estadual e então o clube jogou sua força na Série B de 1992, quando conquistou o título após eliminar, nas semifinais, o Santa Cruz fora de casa, no Estádio do Arruda e derrotar o Vitória, em Salvador, por 1 a 0 no Estádio da Fonte Nova. A partir de então, o clube paranista entrou na elite do futebol brasileiro.
De 1993 á 1997 o tricolor ganhou títulos em todos os anos, foi a era do pentacampeonato. O terceiro título consecutivo, em 1995 (e quarto de sua história), foi novamente contra o rival Coritiba, com placar de 1 a 0 e gol aos 45 minutos do 2º tempo no Estádio do Pinheirão, com quase 30 mil torcedores presentes. O tetra, em 1996, o Paraná repetiu o feito: vitória sobre o Coxa por 1 a 0, com um gol aos 43 minutos da etapa final por Ricardinho, no estádio do rival. Sob o comando de Rubens Minelli, em 1997, o clube paranista veio a conquistar o quinto título seguido, quando derrotou o União Bandeirante por 3 a 0.
Em 1994 a equipe participou da Copa do Brasil, quando empatou na estreia contra o Sport Club Internacional, em pleno Estádio Beira Rio, por 1 a 1. Em Curitiba, perdeu pelo placar mínimo e saiu ainda na primeira fase.
Em 1998, o Paraná perdeu a chance do hexa-campeonato estadual, terminando a competição em terceiro e no Campeonato Brasileiro, o clube conseguiu se manter na elite na última rodada, vencendo o Flamengo na Vila Olímpica do Boqueirão.
Em 1998, o tricolor do Paraná estreou contra o recém-rebaixado Fluminense, com vitória por 2 a 0 no Maracanã e eliminando a necessidade de jogo de volta. Depois, a vitória por 1 a 0 em casa e o 1 a 1 em Belo Horizonte bastaram para eliminar o Atlético Mineiro na Copa do Brasil, porém, o sonho acabou nas quartas de final, com duas derrotas pelo placar mínimo e diante do Santos.
1999 á 2000 foi contra tudo e contra todos. Foi no começo da década de 2000 que o clube recuperou seu momento de glórias, após uma estiagem de títulos estaduais que se iniciou em 1998. Pela Copa do Brasil, o Paraná ficou nas fases finais. Pelo Campeonato Brasileiro de 1999, com diversas intervenções da CBF para beneficiar os chamados “grandes” ou os integrantes do Clube dos 13 a se livrarem de uma segunda divisão, foi feito uma média de pontos do Brasileirão de 1998 e 1999, onde o Paraná terminou na 17º colocação em um torneio de 24, fazendo com que o clube fosse para a Segunda Divisão, que no ano seguinte, devido a esse e outros critérios, foi unificada como sendo a Copa João Havelange, dividida por módulos. Porém, foi na Copa João Havelange, realizada em 2000, que o Paraná retornaria ao cenário nacional.
Com o campeonato inchado, devido a presença de 114 equipes divididas em módulos azul, amarelo, verde e branco, o Clube dos Treze recusou a presença do Paraná Clube entre as principais equipes, o colocando no Módulo Amarelo. Com o terceiro lugar no grupo classificatório, o clube conseguiu chegar na final do módulo após as fases eliminatórias e assim, como na Série B de 1992, o título veio fora de casa contra o São Caetano, com um gol de Frédson aos 41 minutos do 2º tempo, sacramentando a volta Paranista à “Elite” do futebol brasileiro pela porta da frente e jogando inclusive à elite no mesmo ano, essa que seria uma das melhores participações paranistas em Campeonatos Brasileiros, chegando as quartas de finais e eliminado pelo Vasco da Gama, que foi o melhor clube paranaense no Brasileirão daquele ano.
2001 á 2005 não foram bons anos para o Paraná. Em 2001 e 2002 o tricolor foi duas vezes vice-campeão paranense. Em 2004 um quase rebaixamento no estadual que rendeu a disputa e o “título” do Torneio da Morte.
No Campeonato Brasileiro foi o 10° colocado em 2003, com um elenco forte, obteve vaga da sua primeira Copa Sul Americana. Já em 2005, outra boa campanha e a 7º colocação no brasileirão Na Copa Sul Americana de 2004, segunda participação oficial paranista em torneios internacionais, o desempenho foi fraco. No primeiro jogo realizado no Pinheirão, vitória sobre o Santos por 2 a 1, mas na Vila Belmiro a equipe santista bateu o tricolor por 3 a 0.
2006 á 2007 – em 2006, o Paraná conquistou o 7º título estadual, com apenas 2 derrotas, após 9 anos sem títulos. No Brasileirão de 2006, o clube conquistou a vaga na Taça Libertadores da América de 2007.
Na Libertadores, enfrentou, na 1ª fase, o Cobreloa do Chile em duas partidas eliminatórias. A primeira, em Calama, terminou com uma vitória paranista por dois gols a zero. A segunda, em Curitiba, terminou num empate de um a um e consequentemente, a equipe do Paraná se classificou para a fase de grupos, onde enfrentou Flamengo,, Real Potosí e Maracaibo. Com uma campanha razoável, terminou a fase em 2º lugar, com 9 pontos, à frente de Real Potosí, que fez 6 pontos, e Maracaibo, que fez apenas 2, e atrás do Flamengo, que fez 16 pontos, classificando-se, assim, para as oitavas de final, onde enfrentou o Liberdad, do Paraguai, perdendo em Curitiba por 2 a 1 para os paraguaios e empatando, em 1 a 1, no Paraguai, sendo eliminado. No final de 2007 o tricolor acabou sendo rebaixado no Campeonato Brasileiro, terminando na penúltima colocação.
Desde o rebaixamento, 2013 foi o único ano que o clube realmente esteve perto de subir para a série A, mas o sonho acabou por conta de salários atrasados e greves de jogadores, nesse ano o Paraná terminou o campeonato na 8 colocação, apenas 3 pontos do sonhado acesso. Nos anos de 2012, 2014, 2015 e 2016 na Série B do Campeonato Brasileiro, o clube jogou para manter-se neste divisão, sem chegar a brigar por uma vaga a elite do brasileirão.
O acesso… o tão sonhado acesso aconteceu após 10 anos, aconteceu com uma rodada de antecedência ao derrotar a equipe do CRB, em Maceió, por 1 a 0.
2017 é realmente um ano para ficar na história, não só na história do Paraná Clube, mas também na história da nação paranista, na história de todos que participaram desse ano, que foram ao estádio, que fizeram com que 2017 Curitiba tivesse dono. Em 2017 o record dos três estádios -e do aeroporto- de Curitiba fosse do Paraná. 2017 serviu para mostrar que quando a torcida, diretoria e jogadores se unem, não tem para ninguém. Tentaram nos derrubar milhares de vez, tentaram nos rebaixar e falar que não temos importância, em 2017 CALAMOS QUEM DUVIDAVA centenas de vezes. Nesse 19 de dezembro de 2017, eu só tenho á te agradecer Paraná Clube, agradecer por formar caráter, por ser símbolo de luta, de amor, de raça. Se me perguntarem de amor eu irei falar de você. Se me perguntarem 3 cores, irei citar as suas. Se me perguntarem uma música, irei falar teu -nosso- hino. Se me perguntarem um lugar, irei citar sua casa, ou melhor, a minha segunda casa. Se me perguntarem um símbolo, logo irei citar aquele que tem o pinheiro e também a gralha azul, que por coincidência é o teu. É Paraná, são 28 anos e uma história que tá só começando.
Nesse dia tão especial não poderia deixar de agradecer a torcida, em especial a Torcida Furia Independente, desde 1993 a maior expressão de amor ao Paraná. Agradecer a torcida que semPRe apoiou o tricolor, nunca abandonou e que se não fosse ela, o dia de hoje talvez não fosse de festa. A torcida que em 2013 patrocinou o time. A torcida que fez do possível e impossível para apoiar o tricolor. Desejamos que 2018 seja um ano de glórias para a torcida paranista e também para o tricolor da vila. Parabéns tricolor, que venham muitos outros 28 anos e muitos outros anos como o de 2017.