Atlético-MG recebe R$ 12 milhões que estavam retidos

O Atlético-MG recebeu um valor aproximado de R$12 milhões após vitória na Justiça sobre o Banco Central (Bacen). A entidade financeira promoveu execução fiscal, há mais de 15 anos, contra o clube por algumas irregularidades nas vendas de Taffarel e Renaldo. A informação foi divulgada pela Rádio 98.

O processo teve início em 2005, na 27ª vara federal de Belo Horizonte. O valor de R$12 milhões do Galo foi depositada em juízo. Em sua defesa, o departamento jurídico do Atlético demonstrou “inaplicabilidade do débito”.

O Bacen alegava que houveram irregularidades da diretoria do Galo na época nas transferências do atacante Renaldo ao Deportivo La Coruña, e tambémdo goleiro Taffarel ao Galatasaray, após a Copa do Mundo de 1998.

Na constituição da época, por exemplo, era proibido que os clubes mantivessem recursos oriundos de transferências internacionais em bancos fora do Brasil. Portanto, eles precisavam retornar com o dinheiro em contas nacionais e através do sistema bancário brasileiro. O Atlético-MG era um dos muitos devedores do Bacen entre a década de 1990 e o início dos anos 2000. Sua a multa aplicada chegava a 200% do valor das transações.

O Galo conseguiu vitórias na Justiça, e o Banco Central entrou com recursos – especial e extraordinário – que não foram acolhidos pelo sistema judiciário.

A situação foi explorada no relatório da gestão de Sérgio Sette Câmara e Lásaro Cândido, que deixaram a presidência do Galo no início de Janeiro, e elaboraram um documento abordando as ações propostas no triênio 2018-2020, tempo em que estiveram no poder.

“Foi também na atual gestão que o Atlético obteve importante vitória no caso BACEN, iniciado em 2005, cuja atuação do Departamento Jurídico articulada com escritório parceiro acarretou a inadmissão de Recursos Especial e Extraordinário do Banco, tendo o CAM por conseguinte obtido decisão que lhe permitiu o levantamento de depósitos que somam aproximados doze milhões de reais.”

Imagem: Reprodução/Atlético.