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Cuca adverte sobre os riscos do 1 a 0 e revela sacrifício do zagueiro Réver

O Atlético vencia a Chapecoense, encaminhava a sua 4ª vitória seguida no Brasileirão e garantia a vice-liderança da competição até os 34′ do segundo tempo, no Mineirão, quando cedeu o empate a Chapecoense de Jair Ventura.

Em entrevista após o tropeço, o técnico Cuca realçou o jogo perigoso que o Galo fez, no Gigante da Pampulha, desperdiçando inúmeras chances de ampliar o placar ao decorrer dos 90′.

No segundo tempo, nós tivemos o controle do jogo. Só que esse tipo de jogo, 1 a 0, é perigoso. Qualquer lance pode te custar os três pontos. Já tínhamos tomado uma bola na trave um pouquinho antes. Eles não tiveram outras grandes oportunidades, mas é um jogo perigoso e numa jogada individual, nós acabamos cometendo o pênalti, que saiu o empate“, afirmou Cuca.

O técnico analisou o empate diante da Chapecoense e exaltou a raça do zagueiro, que atuou no sacrifício após sentir lombalgia no aquecimento
Foto: Pedro Souza/Atlético

Além disso, o treinador também falou sobre o sistema defensivo alvinegro, que hoje, especificamente, não se mostrou muito seguro e cedeu grandes oportunidades a equipe catarinense, principalmente nos primeiros 45′ de jogo. Em suma, um panorama que não vinha sendo visto nas últimas atuações do elenco.

Fugiu do nosso padrão de segurança. Nós sempre fomos uma equipe, na grande maioria dos jogos, que oferecemos pouquíssimas oportunidades ao adversário. Hoje não. Eles tiveram, inclusive, no primeiro tempo, as maiores chances. Depois que nós administramos bem no segundo tempo, nós tínhamos que ter matado o jogo. Perdemos chances com quase todos os jogadores do meio pra frente“, reiterou o treinador.

Por fim, o comandante atleticano lamentou os 13 desfalques (envolvendo Copa América, lesões e Covid-19), que o alvinegro teve hoje, e realçou a raça do zagueiro Réver, que sentiu uma lombalgia no aquecimento e ainda assim pediu para estar entre os 11 titulares.

A gente precisa ter jogadores para essa maratona de jogos. Hoje é a prova disso. Nós perdemos grande parte da equipe. No aquecimento, o Réver teve uma lombalgia, jogou praticamente no sacrifício. São coisas que o torcedor não sabe. Temos que valorizar o profissional, que poderia ter ficado fora do jogo. Mas se expôs e tentou ajudar da melhor forma“, elogiou.

O Réver hoje, a gente tem que enaltecer o espírito dele de capitão, de ir para o jogo mesmo sem estar no ideal dele. Muitos jogadores nessa condição ficam fora. Ele sabia que a gente precisava dele e se dispôs a jogar. Temos que enaltecer o espírito dele, mesmo sem fazer um grande jogo como fez contra o Internacional e contra o São Paulo. A gente não pode crucificar um jogador por um jogo que não venceu. A gente tem que ter equilíbrio, cobrar de forma interna, como a gente faz, e proteger como a gente protege“, acrescentou o treinador.

Foto: Pedro Souza/Atlético